Volume pouco maior de animais e demanda fraca no mercado interno justificam pressão negativa na arroba do boi

Apesar da demanda externa estar aquecida neste início do ano, o mês de janeiro está sendo marcado por um volume maior de animais de pastos e com um consumo interno mais restrito. Além disso, o escoamento lento da carne no atacado tem deixado as indústrias cautelosas na compra de matéria-prima.
Segundo o Analista de mercado da Scot Consultoria, Felippe Reis, as escalas de abate estão curtas ao redor de 2 a 3 dias úteis, mas as indústrias não tem necessidade de alongar as programações. “A estratégia das indústrias é trabalhar com escalas mais moderadas e escoar a carne nos melhores preços possíveis”, afirma.
As capacidades de suporte das pastagens estão melhores e o volume de boiadas de pastos deve aumentar daqui pra frente para as próximas semanas, na qual isso deve manter os preços menores até final de janeiro. “No fechamento de hoje, os preços para o boi gordo em São Paulo estão ao redor de R$ 192,00/@, à vista e livre de impostos”, comenta.
No entanto, tem ofertas de compras em patamares maiores do que essa referência e algumas indústrias tentam comprar em valores menores. “Tem indústrias que fazem tentativas de compras com preços de R$ 2,00 a R$ 3,00 abaixo da referência e a pressão baixista continua”, relata.
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