Boi: mercado interno se prepara para o dia das mães com correção na carne e suporte para o boi comum

Publicado em 29/04/2022 12:54 e atualizado em 29/04/2022 16:34
Yago Travagini Ferreira - Analista de Mercado da Agrifatto
Enquanto mercado físico tenta evitar novas baixas, futuro na B3 sinaliza reação do boi para o segundo semestre

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Entrevista com Yago Travagini Ferreira - Analista de Mercado da Agrifatto sobre o Mercado Do Boi Gordo

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O mercado peucária está vivendo dois cenários em que o mercado físico segue com uma tendência de queda por conta da entrada de animais terminados e o mercado futuro que já começa precificar com base no cenário para segundo semestre. De acordo com o analista de mercado da Agrifatto Consultoria, Yago Travagini, sazonalmente o mês de maio é um período em que a pressão negativa sobre os valores da arroba aumentam. "A nossa  percepção aponta que os valores do mercado físico não devem sofrer uma pressão altista neste momento, mas devemos ver o mercado se justando a demanda e a oferta em maio", comentou. 

Para o segundo semestre, o mercado futuro está precificando valores maiores e isso tem atraído muitos pecuaristas interessados em travar negócios. "Apesar dos preços futuros valorizando, ainda não temos um grande estímulo para confinar um grande volume de animais. Esse cenário pode ser revertido se tivermos uma mudança na demanda chinesa, nós temos uma estimativa que a China deve vir com mais voracidade ao mercado por conta de dois grandes feriados que vão ocorrer nos próximos mesese e os chineses precisam formar estoques", afirmou.  

O pecuarista precisa ficar atento aos custos de produção, principalmente os valores da ração que devem seguir elevados no segundo semestre. "Os custos com a diária do confinamento não está dando sinais de que vai dar uma folga para o pecuarista e essa conta vai precisar ser reajustada para um dos lados. Nós estamos no maior valor histórico com R$ 23,00 por dia, mas uma diária abaixo dos R$ 21,00 torna o confinamento bem mais atrativo ao pecuarista pensando 
em rentabilidade. A conta vai precisar reajustada de um lado do setor". apontou. 

A tendência é que a carne bovina ganhe mais competitividade no atacado frente as demais proteínas que estão passando por um processo de recuperação, principalmente a carne suína que registrou um preujízo de até R$ 400,00 e estão reduzindo a produção para ajudar as contas. "Isso deve contribuir para uma sustenção da demanda pela a carne bovina no atacado, mas podemos ver esse cenário se intensificar nas próximas semanas já que o mercado do frango e suínos devem seguir com os preços elevados", destacou.

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Por:
Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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