Café: Consumo nos EUA deve ter queda de 2% em 2020; NY pode registrar mais baixas nos próximos dias
Para o analista de mercado Rodrigo Costa o cenário para o mercado de café na Bolsa de Nova York (ICE Future US), deve ser de pressão nos preços no segundo semestre. O analista destaca que diferente do que era esperado no começo de 2020, o setor não contava com uma pandemia tão severa e de grandes impactos, como a Covid-19.
Os preços do café voltaram a cair na última semana, após o USDA apontar uma safra de 67,9 milhões de sacas para a safra 2020/21. No entanto, Rodrigo destacou ainda que as quedas não podem ser atreladas apenas à isso, mas também pelas questões cambiais e também ainda pelas questões do Coronavírus.
Já para os cafés especiais e falando de consumo, Rodrigo acredita que esse seja o setor mais afetado pela pandemia. "A gente tinha no começo do ano de uma perspectiva de uma produção brasileira não muito diferente do que temos agora, mas o café vinha de anos seguidos de crescimento acima da taxa orgânica. Um dos segmentos que mais cresceram e que mais tem ajudado o mercado de café, é o de café especiais. Essa nova tendência, a terceira onda é importante e é um dos segmentos que está sendo mais atingido", comenta.
O analista afirma ainda que o café sempre se mostrou uma bebida resistente no período de crise, mas que nunca foi imaginado um cenário como o que está acontecendo. Rodrigo destaca ainda que o consumo mundial de café, que também vinha de anos de alta, não deve registrar aumento em 2020.
"O consumo é percebido que ele não vai crescer esse ano. Nos Estados Unidos tivemos uma palestra sugerindo que deve cair até 2%, diminuição de consumo, algo que a gente não vê há muitos anos no café", afirma. Destaca que a situação precisa ser avaliada de maneira particular para cada importante consumidor do café brasileiro.
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