DA REDAÇÃO: Nesta sexta-feira (13), soja recua na Bolsa de Chicago apesar de números altistas do USDA

Publicado em 13/09/2013 11:10 e atualizado em 13/09/2013 13:45
Grãos: Soja recua em Chicago nesta sexta-feira (13) apesar de números altistas do USDA. Mercado sente a pressão da proximidade da colheita e passa ainda por um movimento de realização de lucros depois da forte alta da sessão anterior. No milho, recuo continua ainda observando o aumento da produção norte-americana.

Nesta última quinta-feira (12), o novo relatório divulgado pelo USDA foi altista para os preços da soja e não tão favorável para o milho, uma vez que o Departamento de Agricultura dos EUA aumentou os seus números de estoque, produção e produtividade para o grão, enquanto reduziu as estimativas para a soja.

De acordo com o consultor de mercado, Glauco Monte, ontem (12) o reflexo da movimentação do mercado foi o relatório do USDA, apesar da redução nos números de produção da soja ter vindo em linha com o que o mercado esperava. Porém, o que surpreendeu foram os estoques finais dos EUA, com um número em torno de 4 milhões de toneladas, o que é um estoque próximo ao de 2012, quando os preços da soja bateram níveis recordes na Bolsa de Chicago.

No entanto, este ano o cenário é diferente porque os estoques ainda são maiores se comparados a 2012 e a produção também é maior, mas em relação à demanda, no ano passado o USDA cortou a sua estimativa quando ocorreu a projeção de quebra de safra e este ano, apesar da previsão de demanda ter sido um pouco reduzida, os números de exportação e esmagamento ainda continuam bem mais altos. Por isso, nesta sexta-feira (13), o mercado está mais calmo e parece estar consolidando os preços em US$ 14,00/bushel na CBOT.

Além disso, o que também é diferente do ano passado é a safra da América do Sul, que teve uma quebra em 2012 seguida também de uma quebra na safra norte-americana, o que desencadeou uma falta de soja no mercado internacional. Já este ano há uma safra recorde da América do Sul e uma safra maior dos EUA, com isso, esse conjunto apresenta um cenário bastante diferente de um ano para o outro.

Glauco afirma que olhando a atual tabela de oferta e demanda dos EUA, os preços da soja ainda poderiam subir um pouco mais. Porém, em curto prazo, as cotações no patamar de US$ 14,00/bushel não são ruins para o produtor norte-americano, que apenas vendeu cerca de 20% da safra e, com a entrada da produção no mercado, os preços podem ser um pouco descontados: “O mercado ainda tem algumas semanas para olhar a perspectiva de produção dos EUA e ver que a tabela de oferta e demanda está apertada, com isso poderão ocorrer algumas altas, mas que deverão ser aproveitadas pelos produtores norte-americanos para vender, o que pode segurar os preços e isso não deixaria a soja com valores mais altos do que os atuais”.

Milho: O grão tem um cenário diferente, com um número de estoques 3 vezes maior do que em 2012, em torno de 45 milhões de toneladas. Segundo Glauco, esse é um volume confortável para o mercado do milho, mesmo que haja um aumento na demanda. Além disso, a safra norte-americana já está mais consolidada com uma grande produção e outros países também tiveram boas produções. Frente a esse cenário, o consultor de mercado diz que se a soja não estivesse mais positiva, o milho poderia trabalhar em patamares mais baixos. Com isso, o Brasil terá um grande competidor nas exportações e os produtores irão sofrer com a concorrência, podendo até ter que baixar os preços para vender, o que não seria benéfico para os brasileiros.

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Por:
Carla Mendes e Paula Rocha
Fonte:
Notícias Agrícolas

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