DA REDAÇÃO: Mercado aguarda definição da safra de soja dos EUA e CBOT tem semana volátil

Publicado em 27/09/2013 13:26 e atualizado em 27/09/2013 17:12
Soja: Indefinição quanto ao tamanho da safra norte-americana, que começa a ser colhida, faz com que mercado fique volátil em Chicago. No entanto, demanda da China é grande e estoques estão baixos, o que pode impulsionar uma alta dos preços mais adiante.

Esta semana o mercado da soja na Bolsa de Chicago operou com volatilidade, uma vez que ainda existe uma grande expectativa sobre o tamanho da safra dos EUA, que está começando a ser colhida.

Segundo Vinicius Ito, analista da Jefferies, até o início da semana apenas 3% da safra havia sido colhida, o que é um atraso, e o mercado ainda não sabe qual rumo tomar porque não tem certeza sobre a taxa de produtividade da safra.

O contrato novembro em Chicago caiu do patamar de US$ 14,00/bushel para US$ 13,00/bushel, mas as cotações parecem que não irão cair mais do que isso, já que de um lado existe uma demanda robusta e, de outro lado, também há a implicação de estoques baixos. Com isso o mercado não cai muito e primeiro é preciso saber o tamanho da oferta para saber se haverá racionamento de exportação. No entanto, os preços também não sobem muito porque, nesse momento, há uma pressão sazonal da colheita.

Historicamente este ano a colheita está atrasada para essa época do ano, uma vez que a média dos últimos anos para o período é de 19% da safra colhida. Na próxima segunda-feira (30), haverá uma atualização dos dados de colheita e a expectativa é que esse número fique em torno de 6% a 8%.

Ito afirma que nessa época é difícil o mercado subir devido à pressão sazonal da colheita, em que, geralmente, tende a manter os preços pressionados. Para as cotações subirem seria necessário haver uma demanda maior ou uma oferta menor.

No Brasil, os produtores agora seguram um pouco as vendas, já que no mês passado a safra nova foi bastante comercializada com a alta do dólar e também das cotações em Chicago, o que trouxe um bom nível de preço para os sojicultores brasileiros. Desde então o mercado caiu e a comercialização travou com os produtores aguardando novas altas.

Por outro lado, o milho tem fundamentos mais baixistas porque tem uma safra e um estoque maior nos EUA e na América do Sul também há sobra da commodity, principalmente no Brasil. De acordo com Ito, a não ser que haja uma demanda maior, a tendência para o milho nessa época é ter mais pressão nas cotações frente ao avanço da colheita.

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Por:
Sebastião Garcia e Paula Rocha
Fonte:
Notícias Agrícolas

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