DA REDAÇÃO: Mercado opera de forma técnica na CBOT e investidores liquidam posições
Nesta terça-feira (8), o mercado da soja na Bolsa de Chicago operou de forma técnica porque trabalhou com os fundamentos na primeira fase do pregão, quebrando a barreira dos US$ 13,00/bushel e, no decorrer do dia, com notícias dos campos norte-americanos de que a colheita está evoluindo em boas condições e as novas previsões de clima no Mato Grosso (MT) apontando chuvas nos próximos dias, os grandes investidores liquidaram as suas posições em busca dos lucros da operação diária.
Além disso, a falta de informações do USDA sobre as exportações e condições da colheita e a indicativa de que na próxima sexta-feira (11) o relatório de oferta e demanda não será divulgado serve de argumento para que os grandes investidores operem basicamente nas operações diárias e de forma técnica.
De acordo com o analista de mercado, Vlamir Brandalizze, os indicativos que chegam do campo mostram que cerca de 22% da safra de soja dos EUA já foi colhida e o ritmo está crescendo, o que serve como fator de liquidação no mercado, apesar de ser não ser uma informação oficial.
No entanto, no Brasil os números em Chicago não estão influenciando porque as negociações com a safra nova estão paradas há quase 1 mês, após cerca de 40% da safra já ter sido comercializada antecipadamente, o que é um número um pouco abaixo da média dos anos anteriores, quando nesse mesmo período em torno de 45% da safra já havia sido negociada. Porém, com a perspectiva de um aumento na área de plantio de soja e uma possível safra recorde, o volume comercializado até o momento é maior do que a média dos outros anos.
Para a soja disponível, Brandalizze afirma que o mercado está descolado de Chicago, com isso as cotações internas trabalham acima do mercado internacional, sendo que os poucos negócios realizados hoje (8) tiveram uma alta de 1 a 2 reais em relação ao dia anterior.