DA REDAÇÃO: Política de câmbio e custos de frete tornam preços dos grãos menos competitivos no mercado internacional
Os preços de exportação das commodities brasileiras têm sido desvalorizados com a política adotada pelo Governo Federal em utilizar o câmbio como forma de estabilizar a inflação. Para o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, apesar do câmbio contribuir para a falta de competitividade dos preços, os custos de frete também influenciam negativamente no cenário.
Com os custos de produção cada vez maior, assim como o frete, os produtores acabam pagando para realizar o escoamento. Para o produtor de Mato Grosso o frete gira em torno de U$ 100 para o Porto de Santos, rendendo apenas U$ 80, o que não cobre os custos de produção.
Castro explica que essa política escolhida para o controle do câmbio, faz com os preços se tornem poucos competitivos para o mercado internacional, afetando toda a cadeia. “Ele esquece que setor exportador não tem preço exportar, sem exportação não gera receita, e sem receita não estimula produtor a comprar e a plantar”, lamenta o presidente.
Para Castro, o produtor deve brigar por seus direitos, visto que o Brasil possui o custo de logística mais caro do mundo e que depende de ótima infraestrutura.