Safra de 43 milhões de sacas de café e baixos estoques no Brasil deixam quadro de oferta mundial apertado

Publicado em 18/03/2015 13:16
Safra de 43 milhões de sacas de café no Brasil deixa quadro de oferta mundial apertado. Sem estoques e com demanda crescente, atuais preços em NY entre US$1,30 e US$1,40/lbp não traduzem realidade do mercado
A cada ano a Femagri (Feira de Máquinas, Implementos e Insumos Agrícolas), realizada na cidade de Guaxupé (MG) tem um acréscimo de participantes e negócios. Em 2013 a feira contou com a visitação de 23 mil pessoas, rendendo um faturamento de 53 milhões. Neste ano, a organização do evento espera receber 25 mil pessoas, movimentando 60 milhões.
 
Para Carlos Paulino, Presidente Cooxupé (Cooperativa de Cafeicultores) a tecnologia tem se mostrado necessária em todas as atividades e na cafeicultura não é diferente. O produtor já está consciente desta realidade, pois "mesmo que o cafeicultor não venha até a feira para fazer negócio, ele quer tomar conhecimento das inovações e talvez adquirir um equipamento mais tarde", explica.

A concorrência no mercado do café é muito grande, e a inovações contribuem para o melhor desempenho das lavouras. Mesmo o Brasil sendo líder na produção e exportação mundial de café, outros países também vem se aprimorando.
 

"Amanhã teremos alguns visitantes da Colômbia, que querem tomar conhecimento das inovações e equipamento, verificar as lavouras e o espirito dos produtores. Eles estão atentos e querendo conquistar mais mercados", ressalta.
 
Segundo Paulino, o produtor está esperançoso com melhoras de rendimentos para as próximas safras. Mas neste ano a previsão da Conab calculou uma produtividade de 45 milhões de saca e Procafé 42 milhões.
 
De qualquer forma, Paulino considera que a produção deve ficar abaixo da necessidade de consumo interno e exportação, que no ano passado ficou em 56 milhões e neste ano estima-se 53 milhões de sacas. Com isso, o suprimento do grão em 2016 deve ficar comprometido.
 
Além disso, os preços praticados não são remuneradores ao produtor. Em NY a comercialização está em torno de U$ 1,30 a R$ 1,40 cents/lb. No mercado interno os preços são praticados a R$ 450 a R$ 470 a saca. Dessa forma, "é preciso garantir uma boa produtividade", afirma Carlos.
 
Entretanto, os insumos - necessários no desenvolvimento da cultura - também tem subido de preço, pressionados pela valorização do dólar frente o real.
 
"Esses insumos, eu tenho a impressão que são estoques remanescentes, quando entrar produto novo o preço deve subir ainda mais", considera.
 
Paulino alerta que os cafeicultores devem ficar atentos a comercialização, realizar as recomendações técnicas, e vender seus produtos conformes suas necessidades, não segurando muito estoque, mas também não precipitando suas vendas.

 

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Por:
Aleksander Horta // Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário