Se a demanda para ração continuar aquecida, estoque de trigo será suficiente para abastecer mercado somente até meados de junho
Os preços do trigo em grão estão em alta no mercado nacional, impulsionados pela baixa oferta e o aumento na demanda por parte das indústrias de ração. De acordo com o Cepea, na parcial de maio, o preço médio subiu 8,93% no Rio Grande do Sul e 6,66% no Paraná.
No mercado gaúcho o trigo ração é comercializado a R$ 850,00/tonelada, contra R$ 800,00/t de valor máximo praticado pelas indústrias moageiras. De acordo com o corretor de mercado, Marcelo De Baco, embora o preço do trigo esteja bastante elevado, à competitividade ainda se mantém devido à falta de milho no mercado interno.
"Da mesma forma que o estoque de trigo definhou o de milho também", explica. Segundo ele, na comparação anual a saca do cereal saiu de R$ 25,00/sc para R$ 60,00/sc no estado.
Para o especialista, a demanda pelo trigo ração deve permanecer aquecida, considerando que a oferta de milho segunda safra será abaixo do esperado. "Até meio de junho o trigo do Rio Grande do Sul será destinado à ração", afirma De Baco.
Além disso, o corretor lembra que a próxima oferta significativa no estado deverá ser da nova safra de trigo.
"Mesmo que todo o trigo seja destinado para a ração, ainda faltaria 2 milhões de toneladas para a indústria de ração se abastecer", explica De Baco.
Segundo ele, as moageiras demandam anualmente 1,8 milhão de toneladas, ao mesmo passo que o setor de ração consome 8 milhões de toneladas de milho.
A estimativa de maio da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) projetou para a safra 2016 um total de 2,44 milhões de hectares semeados, alcançando uma produção de 5,82 milhões toneladas no país.
Para o Rio Grande do Sul, a companhia estima uma área de 725 mil hectares, produzindo em média 1,9 milhão de toneladas.
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