Retração vendedora faz cotações do milho reagirem em plena colheita e tendência é de preços em alta

Publicado em 21/07/2016 12:39
Mercado interno está muito acima da paridade de exportação e deve favorecer permanência do cereal no país. Mas produtor precisa cautela para não provocar uma concentração de oferta e pressionar cotações. O preço do milho será definido pelo comportamento das vendas

Os preços do milho voltaram a reagir em diversas regiões do país. Segundo o Cepea, mesmo com o avanço da colheita de segunda safra, as cotações do cereal se valorizaram em todos os estados, com exceção do Rio Grande do Sul.

Para o analista da Safras & Mercado, Paulo Molinari a resposta das cotações ocorreu antes do esperado, uma vez que "em função da produtividade mais baixa os produtores estão cumprindo os contratos e retendo o restante da produção".

Dessa forma a oferta voltou a ficar restrita no interior dos estados, impulsionando o valor de negócios. Na sexta-feira, 15, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (região de Campinas-SP) fechou a R$ 43,86/saca de 60 kg, reação de 5,3% frente à sexta anterior

Assim, novas altas "vão depender da intenção do produtor, porque não se trata mais de mercado internacional, câmbio, ou qualquer outro indicador", afirma Molinari.

Por outro lado, o analista lembra que os preços nos portos estão menos atrativos neste momento, reduzindo a competitividade com o mercado interno. "Mas, se não exportarmos um volume razoável entre 15 a 16 milhões de toneladas poderemos ter um estoque de passagem maior que o esperado", destaca.

Até o momento o país exportou 4 milhões de toneladas do cereal, sendo mais 2,7 milhões esperando na fila para ser embarcado. Dessa forma, Molinari orienta os produtores "a realizarem vendas conforme as altas de preço".

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Por:
Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Leandro Carlos Bondezam Primeiro de Maio - PR

    A quebra na safrinha de milho é generalizada, em todas as regiões está abaixo das expectativas. Por isso, quando acabar a colheita, o preço vai subir, pela falta de produto.

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    • Alcides Antonio Aranda Alvares Machado - SP

      Concordo, mas não se esqueça que aqui tudo é possível, pois é Brasil!

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