Preços da soja recuam e negócios estão travados na região de Passo Fundo (RS)
O produtor rural Dilermando Rostirolla, que também é tesoureiro da Associação dos Cerealistas da região de Passo Fundo (RS), disse que as chuvas atrapalharam o trabalho da colheita da soja no último final de semana, mas que com o aparecimento do sol nesta segunda-feira (10), será possível seguir com os trabalhos. A região de Passo Fundo já colheu mais de 70% da oleaginosa - a soja que ainda está para ser colhida é aquela que é plantada logo após o trigo.
Alguns municípios sofreram com falta de chuvas, o que ocasionou em quebras de safras, mas o quadro, no geral, foi bom, de acordo com Rostirolla. A produtividade foi de 10% a 15% maior do que no ano passado. O produtor tem fechado sua lavoura, ainda não finalizada, em torno de 70 sacas por hectare, mas a média geral da região é de 65 sacas por hectare. Nesses locais que sofreram com quebras, a média ficou por volta de 45 sacas por hectare.
Em termos de comercialização, "existe uma queda de braço", segundo ele. Por um lado, o produtor não quer vender, enquanto os exportadores precisam cumprir contratos. O mercado está travado com os preços atuais em torno de R$55. Nessa situação, os produtores vendem apenas para cumprir suas contas.
Depois da soja, o plantio do trigo deve entrar em campo. No ano passado, a produção de uma qualidade superior e uma oferta grande entrando nos moinhos, os preços ficaram abaixo de R$30, comprometendo a rentabilidade dos produtores. Por essas motivos - que levam o trigo a, daqui para a frente, chegar perto do preço mínimo - poderá haver uma redução de área plantada com o cereal no estado, embora os custos de produção tenham sofrido uma queda em função do dólar mais baixo.
O preço base para o trigo na região, hoje, fica em torno de R$34 a R$35. Caso contrário, os compradores não acham mais vendedores, como descreve Rostirolla.
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