Alta técnica da soja nesta 4ª em Chicago pode se transformar em tendência por demanda e atrasos no Brasil
Nesta quarta-feira (1), o mercado da soja caminhou para uma leve alta nos principais vencimentos. De acordo com Mário Mariano, analista da Novo Rumo Corretora, a demanda chinesa persiste nos Estados Unidos e a somatória de compras do país asiático deve chegar às 100 milhões de toneladas ao final do ano. Por sua vez, o Brasil mostra um atraso no plantio que coloca em risco uma oferta restrita.
A tendência é que, a partir de hoje, o mercado tenha uma sequência de alta mais consolidada, a depender dos números da safra norte-americana a serem divulgados no próximo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A colheita deve atingir 95% na próxima semana. Contudo, o volume esperado a nível global não é suficiente para interromper a sequência na CBOT.
Os fundos, por sua vez, trabalham com uma consciência coletiva de que a safra americana não poderia ter perdas de rendimento, caso contrário, este fator geraria novas altas. O número de contratos é bem menor do que janeiro de 2016. Por sua vez, as compras podem aumentar se for confirmado que o período climático é ruim na América do Sul, bem como a demanda aquecida dos chineses.
Ele salienta o problema enfrentado pelos produtores brasileiros com o atraso do plantio, especialmente em Goiás e Mato Grosso, que pode afetar a janela do milho safrinha. Logo, a possibilidade de um estoque menor se esvai e a indústria já compreende que pode faltar mercadoria, fatores que podem render uma comercialização mais aquecida no próximo ano.