Adubação a lanço não ajuda na produtividade da soja e desperdiça o fósforo

Publicado em 30/01/2020 14:30
Antonio Luiz Fancelli - Professor Doutor Universidade de São Paulo
Prof Antônio Luiz Fancelli diz que a prática usada no MT é um dos motivos para a produtividade não avançar das 55 sacas /ha

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Durante o Workshop da Big Safra, realizado em Mafra/SC, o professor doutor Antônio Luiz Francelli,  especialista em fisiologia vegetal da Universidade de São Paulo, falou sobre o manejo de adubação na lavouras. Segundo ele fazer adubação à lanço nem sempre é a melhor alternativa para a distribuição de nutrientes, principalmente para produtos fosfatados.

O Fósforo é um elemento químico que não possui mobilidade no solo, o que pode acarretar em concentração do nutriente nas camadas superficiais. A redução de raízes e o aumento de pragas e doenças do solo, como é o caso de nematóides, são consequências de um manejo equivocado. 

Para uma adubação à lanço adequada, recomenda-se a utilização de plantas que façam a ciclagem do Fósforo, como é  o caso da braquiária. Francelli lembrou que na safra passada houve clima favorável no Mato Grosso, mas que mesmo assim a produtividade média do estado se manteve em 55 sacas por hectare. Segundo ele, estudos demonstram que essa limitação na produtividade está relacionada ao uso excessivo do Fósforo.

Já no caso do Nitrogênio, a soja é uma planta que faz a fixação biológica do nutriente no solo. Em sua fase inicial, pode-se aliar a inoculação ou coinoculação com a distribuição de cerca de 15 a 20 kg por hectare de Nitrogênio.

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Por:
João Batista Olivi e Ericson Cunha
Fonte:
Notícias Agrícolas

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2 comentários

  • Elton Szweryda Santos Paulinia - SP

    Quem teve a oportunidade de ver no NA a exposiçao do prof doutor Antonio Luiz Franceli, deve ter aprendido muito, nossa vida é um aprendizado constante. Sugestão ao João Batista, reapresentação completa da palestra, assistirei novamente. E mais, deveria ser colocado no you yube, o expectador quase nem se mexe para prestar atenção nas sábias palavras desse grande pesquisador de soja.

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  • Elvio Zanini Sinop - MT

    Concordo com o Especialista: O Fósforo é limitande de penetração da Raiz das Plantas, quanto mais fundo melhor é o tamanho da raiz. Experiência Própria. em 1994 Plantamos soja na Estrada Rosa , Municipio de Sinop MT, , fosfatamos a área e incorporamos o Fostafo de Araxá com arado de aiveca

    Produtividade de 180 sc por alqueire paulista.; vamos passar a foto do ano 94. aguardem

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Acho que a falta de Fosforo e' limitante...

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    • Sandro Oliveira de Paula Goianésia - GO

      Sr. Elvio Zanine, não vi a palestra do Dr Fancelli, mas posso fazer uma observação quanto ao que você escreveu. Uma área que foi fosfatada, ela já foi preparada para a manutenção da disponibilidade de Fosforo no solo, assim esse solo, dependendo da análise química dele, pode receber uma adubação a lanço ou parte da recomendação para a cultura a lanço e no sulco de plantio. Temos que analisar vários fatores para uma análise mais assertiva quando à recomendação de fosforo e a forma de aplicação, Alguns deles: Tipo de solo; Cultura; sistema de plantio; qualidade química, física e biológica do solo; fonte de Fósforo e outras. Vale lembrar que o Solo é um organismo vivo e por isso ele pode demostrar formar diferentes de responder às nossas inintervenções... Parabéns pela produtividade alcançada e lembrando que, além da produtividade, também temos que analisar nossa rentabilidade por ha.

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Desde as aulas de Geologia dos Solos, ministradas pelo professor Guido Ranzani, recebi a informação de que as rochas que deram origem aos solos no Brasil são pobres em Fósforo (P). Logo, a necessidade de cultivar plantas de origens em outros continentes, cuja gênese dos solos são diferentes dos nossos. As práticas para se obter uma similaridade da fertilidade dos solos, onde essas plantas vão ser cultivadas é a chave do sucesso para os produtores rurais. É de extrema importância que a pesquisa nos mostre quais são as melhores práticas, para obtermos boas produções com baixos custos. Ou seja, que no "frigir dos ovos" o produtor rural fique com "Din-Din" nos bolsos.

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