Soja em Chicago tem dia de realização de lucros, mas cotações encerram em níveis técnicos que mantém tendência de alta para o grão

Publicado em 18/05/2022 17:11 e atualizado em 18/05/2022 17:46
Aaron Edwards - Consultor de Mercado da Roach Ag Marketing
Riscos na produção americana e uma nova onda de demanda chinesa poderiam impulsionar altas nos preços

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Entrevista com Aaron Edwards - Consultor de Mercado da Roach Ag Marketing sobre o Fechamento de Mercado da Soja

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A quarta-feira (18) foi de intensa realização de lucros no mercado da soja na Bolsa de Chicago, com o dia terminando com perdas de 15,25 e 26 pontos nos principais vencimentos. Assim, o julho encerrou os negócios com US$ 16,62 e o agosto com US$ 16,07 por bushel. 

Como explicou o consultor de mercado Aaron Edwards, da Roach Ag Marketing, depois de "ganhos dramáticos", principalmente no trigo, os traders deram uma pausa, tomam fôlego e têm espaço para voltar a subir na sequência. "O mercado caiu até um limite técnico de compra e, de fato, apareceram compradores. Foi a realização de lucros clássica", disse. 

Todavia, Edwards não acredita que esse recuo sinalize uma inversão de tendência e afirma que o mercado pode seguir sua trajetória de alta, ainda apoiado em fundamentos importantes. Entre eles está o atraso do plantio que ainda se observa para a soja 2022/23 dos EUA, bem como uma força da demanda global por soja que "ainda não vimos, o que deve beneficiar tanto os EUA, quanto o Brasil". 

"Havendo, de fato, essa demanda firme e qualquer susto na produção dos EUA, os patamares de preços têm chance de subir. A única palavra de alerta é a janela para essa leitrua altista cada vez mais apertada", afirma o consultor. 

Ele explica ainda que embora o plantio tenha evoluído bem na última semana, as condições de clima adverso ainda podem comprometer o potencial produtivo da soja, já que os trabalhos de campo já começaram 'com o pé esquerdo'. O excesso de umidade durante o período da semeadura preocupa e a possibilidade de uma safra cheia e totalmente saudável, ao passo em que o clima não se firma, acaba ficando cada vez mais difícil de se concretizar. 

Do mesmo modo, do lado da demanda, Edwards enxerga uma queda de braço entre compradores e vendedores, mas ainda assim reforça essa "onda de demanda que o mercado ainda não viu", e que a China ainda precisa garantir alguns bons volumes nos próximos meses para estar adequadamente abastecida.

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Por:
Aleksander Horta e Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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