Fala Produtor

  • Silvio Marcos Altrão Nisizaki Coromandel - MG 07/01/2009 23:00

    O TRISTE FIM DE UMA HISTÓRIA. Senhores cafeicultores de todo o Brasil, infelizmente a nossa situação pode ser dada como resolvida e perdida. Não quero aqui ser pessimista, mas sim realista. O que podemos esperar para nós, cafeicultores de tradição, que mantemos nossas atividades mesmo durante todos estes anos com prejuizo, sempre confiando no futuro e que algo poderia melhorar. Infelizmente estamos sem saída; nossas contas venceram no dia 30 ou 31 de dezembro (CPRs, custeios, alongamentos, securitização etc...) e agora o que fazer??? Nosso produto, o café, se vendido hoje ao preço em que se encontra não paga nem os postos de gasolina que devemos, não paga os supermercados, não paga nossos funcionários e ai por diante.

    Amigos, tenho certeza que mais de 80 % dos cafeicultores que tem o café estocado estão retendo o produto, esperando os preços que não vieram; ai a matemática é clara, pois estamos pagando juros também.

    Bom, algum leitor pode dizer, por que vc. não vendeu antes evitabdo este juro? A melhor resposta que posso dar é que, mesmo vendendo antes, não quitaríamos nossas dividas do ano passado, quanto mais estes alongamentos que venceram no dia 30, e as CPRs.

    João Batista, eu sabia que um dia isso ia acontecer, pois desde 2001 quando fizemos estas rolagens, ficamos esperando melhores momentos para a cafeicultura. Passaram-se anos e a coisa só piorou... bom, aí ficamos na seguinte situação: devendo os alongamentos e tendo que fazer novas dividas - pois os custos aumentaram (veja seu quadro) - e não podendo abandonar a lavoura (pois ja tinhamos um compromisso para 12 anos), a única forma de levantar o dinheiro foi através das CPRs. Sim, amigo, estas CPRs não foram feitas para vendermos os produtos em melhor momento e nos capitalizar..., esse dinheiro foi utilizado para pagarmos as novas dividas depois de 2001. O resultado esta ai, rolando CPRs , uma atras da outra... mas agora a coisa emperrou. Fazer o que? não tenho resposta.

    Não quero mais saber de rolagem de divida, quero apenas condição para quitar minhas dividas e, se Deus quiser, sair da atividade, pois hoje nem isso posso.

    Aqui em Coromandel, todos estão na mesma situação. E não adianta dar dinheiro para as cooperativas... estas vão sanar suas dividas (claro que feita com o objetivo de ajudar o cooperado), mas não vai ajudar o produtor, pois este não tem mais condição de receber novos créditos.

    A esperança está em transformas nossas dividas em produto, e que nos dêem um prazo para podermos nos adequar, pois hoje estamos negativados nos bancos. E o pior, João, é que para não deixar as coisas estourarem antes, fomos captando mais dinheiro a juros caros... Sim, tinhamos que pagar os postos de gasolina, funcionários etc. Entramos nos CDCs , custódia de cheques, papagaios e muitas outras operações de agiotagem. Agora, venceram as operações do Funcafé, estamos serasados e estas operações de credito pessoal tambem estão vencendo. Por isso acho que estourou a bolha do café. ESTOURO DA BOLHA DE CAFÉ.

    SE FIZERMOS UM LEVANTAMENTO, VERÃO QUE TODOS OS CAFEICULTORES AQUI DE NOSSA REGIÃO ESTÃO DEVENDO, CPRs, CUSTEIOS, CREDITO PESSOAL, CHEQUE OURO ETC, PORTANTO, AGORA EXPLODIU TUDO.

    E O TRISTE FIM DESTA HISTÓRIA É VER NOSSOS LIDERES EM BRASILIA CORRENDO ATRAS DE ESMOLAS, SE SUBMETENDO A FICAR ATRAS DE PORTAS ESPERANDO RESULTADO DE REUNIÃO.

    REALMENTE COMO VC DISSE HOJE, VAMOS SER REALISTAS , NÃO ESPEREMOS MUITA COISA PARA O CAFÉ.

    FICO TRISTE POIS A PARTIR DESTE MES JA ESTOU PARANDO MINHAS ATIVIDADES, COM AS ARVORES CARREGADAS DE FRUTO, FUNCIONÁRIOS ENTUSIASMADOS COM A SAFRA, MAS INFELIZMENTE TERÃO A TRISTE SURPRESA DO FINAL DESTA HISTÓRIA. PASSEI A BOLA PRAFRENTE.

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  • Luiz Vicente Kroetz Porto União - SC 07/01/2009 23:00

    João Batista, assisto ao seu programa todos os dias (já assistia vc. antes no outro canal), parabéns pelo seu sucesso. O que eu gostaria de mencionar é que os nossos governantes estão mais perdido que cego em tiroteio... crise eles vão ver a partir do segundo semestre. Por enquanto ainda temos algumas gorduras pra queimar. Quanto à perda da safra deste ano, a queda será de no mínimo 30% em termos gerais. Vai faltar tudo..., mas isso é bom porque plantamos caro e vendemos barato.

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  • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR 07/01/2009 23:00

    Se você leu e acreditou nas estimativas de safra da Conab, IBGE e Deral (Paraná), pode mandar uma carta para o Coelhinho da Páscoa e outra para o Papai Noel. Ah! E compre um adesivo para seu carro com os dizeres " Eu acredito em Gnomos".

    Porca miséria!!! Dizer que o Paraná perdeu 6,5% da safra de soja e 19% da safra de milho é palhaçada. P.A.L.H.A.Ç.A.D.A !!!!

    Eu já disse aqui que estes relatórios de safra só tem um objetivo: manter os preços baixos. É interesse do governo e é interesse dos atravessadores.

    Vamos torcer para nossos bravos representantes se manifestarem. Por enquanto só o João Batista tá carregando o piano sozinho.

    Deste jeito vamos ter que colocar ele lá na CNA.

    João, sem medo de errar: 40% da soja do Paraná foi " pro saco" e 60% do milho também.

    Ainda vem o Deral e diz que o agricultor vai recuperar no milho safrinha. De que planeta este povo veio mesmo??? PluTão??

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  • Fernando Diniz Belo Horizonte - MG 07/01/2009 23:00

    Joao Batista, sou produtor de cafe há mais de 50 anos, e nunca passei por isto que estamos vivendo agora. Queria que vc. convidasse aos produtores a largarem suas lavouras, pois só assim o presidente Lula terá a dimensão do desemprego que vai ser gerado. Ele precisa sentir o desaquecimento que vai trazer para o campo, tem que sentir sua popularidade caindo, enfim tem de sentir na pele o quanto é importante esta cadeia do cafe para o País. Entao vamos abandonar 50 % dos cafezais, pois não temos respostas do Governo. Portanto, só estamos aumentando nossos prejuizos. Acho que é fácil de entender, não é??!! Um grander abraço a vc. que luta com bravura pela nossa classe.

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  • Jane Gregorio Prela Andirá - PR 06/01/2009 23:00

    Sou filha de agricultor, e cresci vendo a dificuldade que se passamos ano após ano. Hoje sou casada tambem com um agricultor, e a nossa situação está muito dificil. Meu pai teve que diversificar a cultura, pois a area dele é pequena. Ele é produtor de limão taiti, e meu meu marido é de cereais. Pra se ter uma idea a área de meu pai e de 8 alqueires, e de meu marido é de 50 alqueires. Só que a renda do meu pai foi o dobro nesse ano de 2008. Fiquei com "vergonha" ao ver que a renda do meu pai foi 2 vezes maior que a nossa, com tão pouca terra.

    O programa de vcs é otimo. E me pergunto todos os dias se tem algum ministro, ou governante vendo a nossa dificuldade, o nosso dia a dia... Pois pra eles acho que pouco interessa a nossa situação. Para conseguirmos ter o que comer, corremos o risco de ter o nosso nome executado pelo Bancos. A unica coisa que nos resta ainda é o nosso nome, e estamos correndo o risco de perde-lo!!! Até quando, meu Deus, esse governo vai fazer de conta que nao existimos, que não somos parte desse Brasil???!!! Até quando????!!!

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  • Silvio Marcos Altrão Nisizaki Coromandel - MG 06/01/2009 23:00

    Olá cafeicultores, agora venho neste espaço fazer uma pergunta: Como a reunião com Lula, prevista para segunda, não aconteceu, como a de terça também não, nem a de quarta (e dizem que agora somente na segunda que vem), e, pelo que disse o deputado Odair Cunha, o ministro da Fazenda Guido Mantega não abre mão do pagamento das parcelas que venceram dia 30, e como não temos como pagar (tanto que estão em aberto CPRs, custeios, alongamentos, e muitas outras contas pessoais que agora vão ou ja estão estourando), a pergunta é essa: JOÃO, O QUE FAREMOS AGORA??? FECHAR AS PORTEIRAS??!!!

    POR FAVOR, ENTRE EM CONTATO COM O GILSON XIMENES OU O CARLOS MELLES PARA QUE ESTES POSSAM NOS DAR UMA LUZ SOBRE O QUE DEVEMOS FAZER ATE A PRÓXIMA SEMANA, POIS ESTAMOS DESESPERADOS. NÃO QUEREMOS MILAGRE, MAS QUEREMOS UMA POSIÇÃO PARA PODERMOS NOS DEFENDER.

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  • João Ademir da Conceição Barra do Garças - MT 06/01/2009 23:00

    Olá João Batista e amigos internautas, estou participando pela primeira vez deste espaço e é um prazer entrar nesse bate- papo dos agricultores e dividir nossos problemas pois a coisa tá feia... Será que algum dia esse governo vai olhar para nós, produtores, com o devido valor que temos? Morei no Paraguai durante 10 anos, fui produtor por lá e eu era tão FELIZ e não SABIA... Um abraço a todos

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  • Gustavo Slomp Vieira Santa Adélia - SP 06/01/2009 23:00

    A cafeicultura acabou!!! Caro João Batista, li recentemente em seu site que nos ultimos 14 anos o preço do café subiu para o consumidor 34%, para uma inflação de 250%. Acontece, amigo João Batista, que a inflação para produzir é outra; por exemplo, o salario minimo... quando entrou o plano Real era de R$ 68,00, hoje é de R$415,00, ( aumento de 610%); Oleo Diesel era R$ 0,23, hoje é R$2,10, (aumento de 913%); energia, era R$0,05 o KWh, hoje é R$0,29 (aumento de 580%); gás (que é muito usado na secagem de grãos) era R$ 5,50 o botijão, hoje é R$ 33,00 (aumento de 600%); a tonelada de adubo era R$ 300,00, hoje é R$1.250,00 (aumento de 415%); e só é mais barato para o cafeicultor que conseguiu comprar antes...

    Portanto, todos os produtos agricolas tiveram algum momento de euforia nos ultimos 14 anos, com subid de valor -- menos o café, que era R$ 200,00 e hoje a saca não passa de R$ 260,00.

    João Batista, espero que vc possa passar essas informações e questionamentos em seu programa, pois sou um telespector fanático pelo seu programa. Hamilton Vieira, agricultor de Garça (SP).

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  • Leandro Leonardi Toledo - PR 06/01/2009 23:00

    Gosto muito de assistir ao programa Noticias Agricolas no Terraviva. Acompanho a segunda edição (20 horas) com maior frequencia pois é um horario mais apropriado para o homem do campo. E ouço de pessoas do nosso setor que o problema de não acompanharmos a primeira edição é justamente o horario (13h30), pois nesse momento já estamos no trabalho... Mas sinto não poder assisti-lo principalmente por ter a previsão do tempo melhor detalhada. Acho que deveriam estudar algo em torno das 12h30, mesmo que Chicago ainda não estaja operando. Abraços.

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  • Waldir Sversutti Maringá - PR 06/01/2009 23:00

    SUGESTÕES PARA RESTABELECER A PAZ, A DIGNIDADE E A RENDA DO PRODUTOR RURAL. (PARA ALGUNS: CHOVER NO MOLHADO!) - No meu ponto-de-vista os três principais fatores que retiraram a renda do campo nos últimos anos e que provocaram o endividamento e o desânimo dos produtores foram:

    1-Cobrança de índices ilegais do Plano Collor pelo BB, nas dívidas;

    2-Política cambial do Plano Real, negativa e perversa para o setor;

    3-Desacertos com a desinformação na comercialização das safras;

    4-Ausência dos bancos públicos e privados no financiamento das safras.

    Com o intuito de contribuir para o debate dos pontos a serem discutidos no fórum proposto pelo sr João Carlos Saad, presidente do Grupo Bandeirantes, resolvi dar também a minha contribuição, para somar com as sugestões do srs. Climaco Cesar,Telmo Heinen e outros.

    Penso que o r João Batista, tornou-se, por merecimento, o porta-voz de todos os produtores brasileiros, tamanha a sua luta para levar ao conhecimento da sociedade os problemas do campo. Por isso seria a pessoal certa para sintetizar, aprimorar e reduzir as principais sugestões colocadas neste site, inclusive organizar a pauta para o fórum sugerido. Caso o Fórum não se realize, o trabalho poderá servir como sugestão e subsídio do site à Bancada Parlamentar da Agricultura, composta por alguns membros atuantes e combativos, que já demonstraram através de entrevistas aqui publicadas, as suas lutas na defesa dos interesses da Agropecuária.

    SÃO ESTES OS PONTOS QUE PENSO DEVEM SER DISCUTIDOS:

    1º. TOLERÃNCIA ZERO / VALOR DO DÓLAR - Diante do sumiço da renda agrícola, com a não-reposição da inflação integral na cotação do dólar (provocada deliberadamente pelo BC mediante a explosão da DPF e os juros reais malucos que praticou), a minha opinião é que, DAQUI PARA FRENTE, a agropecuária terá que recusar o papel de "boi de canga" ou de "piranha", tomando atitudes mais drásticas. Quando houver qualquer plano econômico ou qualquer medida que retire a renda do campo, a classe terá que se mobilizar, DURANTE e não depois, fazendo o que Lula sempre fez com competência para conseguir seus objetivos: Decretar GREVE GERAL. Desde o Plano Real passaram-se 14 anos sem que os produtores e entidades reagissem à altura. Não poderemos mais deixar o tempo passar sem reação. Se tivesse acontecido alguma, mecanismos de reposição das perdas teriam sido criados e não foram (enquanto para o mercado financeiro fizeram o Proer). É tarde para lamentar as perdas do passado, mas não para a reação. A Lei não protege aquele que dorme.

    2º. ESPANSÃO DO COOPERATIVISMO: Louve-se a iniciativa da Aprosoja em criar a sua cooperativa, pois em primeiríssimo lugar, se faz necessário expandir a implantação de Cooperativas centralizadas nos pólos de produção, a exemplo do que ocorreu no norte do Paraná, onde a Coamo, Cocamar, Corol e outras integraram milhares de produtores dos vários segmentos, com ganhos de escala na compra e venda dos produtos que comercializa, além de oferecer constantes palestras sobre o mercado, levando ao produtor informações que só lhes trazem benefícios. Ao incentivar a participação dos produtores nas reuniões, assembléias e dias-de-campo, ela promove uma troca de informações extremamente úteis para eles e para as Cooperativas, que são mais ágeis e indicadas para realizarem operações de hedge na BMF em favor dos produtores quando os preços estiverem bons.

    3º. FINANCIAMENTO DOS PLANTIOS: O agricultor teria que financiar o plantio de sua safra somente em Bancos, na hora certa e não nas multinacionais, através de vendas antecipadas com CPRs. Deveria livrar-se das CPRs. Ela já provou que é prejudicial ao produtor até aqui. Só não vê quem não quer. Disse isso aos funcionários do BB, em Balsas, quando me convidaram para assistir a palestra de implantação da CPR. Não deu outra. Ela amarrou os produtores e nos dois primeiros anos já provocava prejuízos, pois a soja subiu de preço e os produtores não puderam aproveitar as altas significativas que aconteceram. Quem ganhou com isso foram as multinacionais, que tomaram adiantamentos cambiais a 6% aa (do BC) e o repassaram a 15% ao ano nos adiantamentos ou compraram a produção a preços baixos. (culpa do sistema financeiro nacional omisso – FINANCIAR BEM A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS É UMA QUESTÃO DE SEGURANÇA ALIMENTAR DA POPULAÇÃO E NÃO UMA OPÇÃO DO GOVERNO DE PLANTÃO)

    4º. PRAZO DOS FINANCIAMENTOS: O vencimento mais indicado é 30/9, para que o produtor possa ter a oportunidade de aproveitar as altas que acontecem geralmente no começo do segundo semestre. No entanto, o produtor teria que se comprometer a vender no dia que o mercado estiver com o preço bom, para consolidar seu ganho e garantir a volta do dinheiro ao Banco, podendo ser, inclusive, no ato da colheita se o banco financiador assim o indicar, sabendo que a margem de lucro que o financiado está conseguindo já é boa, induzindo-o a vender. Exemplos: No início de 2.004 a cotação atingiu R$ 52,00 no centro-oeste e teve gente que não vendeu, esperando R$ 60,00. No início de março de 2.008, a soja chegou a US$ 36,00 nos portos, a maior cotação da história da soja no Brasil, e muita gente tb não vendeu.

    5º. INFORMAÇÕES DO MERCADO, SAFRA E FUTURO- O produtor que optar por não se associar à Cooperativa mais próxima, para não ficar isolado deveria se filiar à Associação de Produtores e participar ativamente das reuniões a serem realizadas na sua região ou estado, buscando constantemente informações atualizadas sobre as perspectivas do mercado dos produtos que planta, para não perder as oportunidades de poder vender a produção, no preço e na hora certa, com mais certeza do que estará fazendo e com menos erros na hora de vender, ao contrário do que tem feito até aqui, com algumas ressalvas. Acho que também cabe ao banco financiador zelar pela liquidez do financiamento, repassando ao financiado as boas oportunidades que o mercado estiver oferecendo, inclusive promover, se indicada, a operação de hedge com a venda a futuro na BMF, através de sua corretora, administrando e financiando as oscilações negativas diárias ou no mercado de opções, que dispensa essas coberturas, mediante a fixação de um diferencial como prêmio.

    6º. CUSTOS: O ideal é que o produtor consiga fazer seu custo de plantio em dólar, PORQUE É NESSA MOÉDA QUE AS COMMODITIES SÃO COMERCIALIZADAS NO MUNDO INTEIRO, comprando os insumos quando estes estiverem na menor relação de troca. Tem por isso a obrigação de conhecer a média histórica dos preços em dólar dos insumos, em relação ao produto que planta, não podendo repetir o exemplo deste ano, quando compraram adubo a R$ 1.800,00 antes da planta (quase o dobro da média histórica na relação de troca) e na hora da planta o adubo baixou 50%. Essa inversão era óbvia. Todo produtor teria que dispor de um limite de crédito adicional pré-aprovado no seu banco financiador para antecipar a compra dos insumos da próxima safra à vista, a exemplo do que faz o BB, de forma muito restrita para alguns de seus maiores e privilegiados clientes.

    7º. RISCOS - O produtor não pode fazer fixações antecipadas de preços quando estes estão com a cotação no chão, no piso mínimo. Tem de saber que, nestes casos, só tem uma possibilidade pela frente: a alta dos preços, por isso não pode fixar antecipadamente para conseguir recursos, sob nenhum pretexto, a menos que seu produto esteja com a cotação nas alturas. Deve recorrer a adiantamentos cambiais, pois nessa forma a hipótese de prejuízos será menor. Ainda que ele tenha como única opção a venda através da fixação no físico, se o preço está baixo deveria conseguir que a empresa fizesse um hedge de opção de compra na bolsa, casando as operações para ganhar a possível valorização, caso o seu produto venha a subir de preço. Outra sugestão importante que fizeram neste site: Não plantem em terras que não estiverem 100% aptas e bem corrigidas, caso não tenham a certeza de obterem produtividade acima de 40 sacas por há, pois abaixo disso é prejuízo certo.

    8º. SEGURO, SEGURINHO OU SEGURÃO : Aqui é preciso mudar tudo. O seguro que vem aí através de uma subvenção do governo divulgado pelo MAPA, é um arremedo de seguro agrícola. Pelo que li, dá para rir. Estudam limitar o valor segurado a R$ 32,000,00, apropriado apenas para a agricultura familiar. Temos que ter um seguro completo, INTEGRAL e eficiente. Aí o próprio seguro vai se negar a fazer a apólice em áreas de risco, onde já se sabe que dá seca num ano, no outro também, obrigando o produtor a diversificar para culturas mais resistentes ao seu clima. Além disso, o custo ficaria muito caro e sem o seguro o banco não financiaria as lavouras mais suscetíveis.

    9º. PREÇOS MÍNIMOS COMPATIVEIS COM OS CUSTOS DE PRODUÇÃO, SEGUNDO AS REGIÕES DE PLANTIO: Embora eles já sejam diferenciados por estados, não são atualizados com base nos preços reais dos insumos no ano safra e da região. Também não são honrados por inteiro no tempo certo das colheitas, deixando o produtor à espera de cotas insignificantes. Isso tem que mudar ! A Bancada Parlamentar da Agricultura deve isso aos produtores.

    10º. LEI 8.171 DE 1991 – RENDA COMPATÍVEL - REVISÃO PARA TORNÁ-LA GARANTIDORA DA RENDA AGRICOLA –

    Os preços mínimos ao serem fixados terão que levar em conta, além da cobertura dos custos, uma margem mínima de lucro ao produtor, como já prevê a Lei 8.171, que necessita ser revisada o quanto antes para deixar clararamente definida a garantia dessa renda mínima por unidade de produto colhido, estimulando assim uma maior produtividade, ao contrário do que é hoje ao se referir à renda de forma genérica, apenas nas entre linhas.

    Para finalizar, Economia de Mercado – Devemos reconhecer que ao governo não cabe arcar com os riscos de cada atividade econômica da iniciativa privada. Para evitar prejuízos é preciso uma boa gestão e seguro, o que não temos. No entanto, no mercado financeiro mundial, inclusive aqui, parece que não é bem assim, pois nele não parece haver riscos. Como se viu nos EUA e Europa, trocam as bolas à vontade, ou seja, deixam que privatizem os lucros e depois socializam os prejuízos com dinheiro público a rodo, como fizeram também aqui com o Proer. Quando o mercado financeiro quer aparece dinheiro à vontade para tudo.

    Quem quiser os bônus de um regime capitalista deve suportar os ônus que ele também traz, ou seja, como os riscos da atividade agrícola são maiores e mundialmente conhecidos devido aos vários fatores que precisam ser bem conduzidos para se ter sucesso, é preciso PLANEJAR, DISCUTIR E REDOBRAR OS CUIDADOS, COM NOÇÃO, DIREÇÃO E SENTIDO.

    waldirsversutti.spaces.live.com

    Waldirsversutti.blogspot.com

    www.imobiliariarural.net

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  • Gustavo Orlando Primavera do Leste - MT 05/01/2009 23:00

    Joao Batista, gostaria que vc relatasse para todo Brasil o drama que estamos vivendo no nosso estado do Mato Grosso; não bastasse todos os problemas deste ano (credito, preços, etc), agora estamos enfrentando um critico periodo de falta de chuvas. Em nossa região já estamos com 22 dias de puro sol.

    E posso afirmar, com certeza, que nossa safra já está comprometida. E agora, o que fazer?? Obrigado pela atenção.

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  • Renato Ferreira Dourados - MS 05/01/2009 23:00

    João Batista, por que só o campo tem que preservar? Estou de acordo com o reflorestamento e recomposição da mata ciliar em beira de nascentes, corregos e rios. E também estou aguardando para dar início na meu reflorestamento... Mas qual é a atitude dos URBANOS para com seus corregos e rios que cortam as cidades??? E das prefeituras que despejam esgotos nos rios??? E dos moradores que tem sua varanda às margens dos mesmos.

    Vejo todos os dias desperdicío de agua nas cidades, com URBANOS lavando calçadas, carros e muito mais e com muito esbanjamento. Dá para notar a sujeira das cidades que, além de ser poluição, gera altos índices de dengue e proliferação de insetos peçonhentos. Portanto, não é só o campo que deve preservar e sim toda a população de um modo geral. Nós, agropecuaristas, vamos fazer a nossa parte direito.

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  • Valmir Berle paranambu - PR 04/01/2009 23:00

    João Batista, nasci no Paraguai e planto soja há 15 anos e nunca vi seca como nesse ano. Queria ver se vc . podia passar uma previsao estendida (90 dias) para nós aqui do Parnanbu, Py. Estamos a 50 km de Foz do Iguaçu. E UM PROSPERO 2009!!!!

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  • Luis Clovis Gonzaga Pedregulho - SP 04/01/2009 23:00

    Amigo João Batista, em nome dos cafeeicultores que já perderam o sono a muito tempo, peço se possível, no próximo Noticias Agricolas, informações de como ficou a reunião hoje, em Brasilia, sobre o assunto que voce tratou com o deputado Carlos Melles!!!! PARABENS PELO TRABALHO E MUITO OBRIGADO

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  • Climaco Cézar de Souza Taguatinga - DF 04/01/2009 23:00

    DEZ PASSOS URGENTES E NECESSÁRIOS PARA SE CRIAR UM NOVO AGRONEGÓCIO - DE BAIXO RISCO E ALTAMENTE EFICIENTE E JUSTO - NO PAÍS (Sugestões)

    1) Disponibilizar já na Safra 2009/10 um novo Modelo Provisório de Crédito Rural Diferenciado (exceto PRONAF, no primeiro momento), iniciando pelos custeios da soja, milho e trigo, com taxa de juros fixada em 02 patamares, a saber:

    a) taxa nominal 11,75% a.a. (taxa real de 8,50% a.a., considerando uma inflação anual de 3,25%) com “RISCO ZERO” dos produtores rurais e "RISCO INTEGRAL” dos bancos e dos Governos. O diferencial de 5,0% da taxa a ser paga pelo produtor, ante a atual e a da proposta “b” abaixo, seria utilizado, obrigatoriamente, e somente pelos Bancos na contratação de seguro rural, na seguradora de sua preferência, e de hedge em qualquer Bolsa - no primeiro momento e enquanto não implementada a sugestão de no 3 a seguir. Tais bancos, inclusive poderiam leiloar as suas proteções necessárias para securitizadoras, re-seguradoras e outros bancos especializados interessados. Os produtores fariam a sua livre adesão e os Bancos não poderiam exigir limites de créditos e nem garantias de receitas e de outros seguros dos produtores (exceto o de penhor rural e o de vida e mediante acordo particular com as Seguradoras, com a concordância do Governo). O Governo Federal subsidiaria menos de ½, ou 4,0%, dos custos com seguro rural e hedge (custo total possível de 9,0% a.a., desde que com seguro rural obrigatório e prévio daqueles 3 produtos e em todos os Estados a financiar, inclusive pela proposta “b” a seguir), repassando os demais 4,0% diretamente aos Bancos; Poder-se-ia reduzir o encargo total (11,75% a.a.) se os Governos estatuais ou municipais participassem dos subsídios aos Custos. Obs: Segundo o próprio BB, em entrevista no “Valor Econômico” em 18/11/2008, a taxa de juros atualmente paga pelos produtores rurais flutua, na verdade, entre 15,4% no sul do País e 21,0% a.a. no Centro-Oeste;

    b) taxa nominal 6,75% a.a. (taxa real de 3,50% a.a.), com “RISCO INTEGRAL” dos produtores rurais e das empresas e desde que com seguro rural obrigatório (exceto demais produtos) - e custos incluídos nos financiamentos - e com limites de créditos em aberto nos Bancos e que continuarão exigindo comprovações dos dados financeiros, de movimentações, reciprocidades e prestações de garantias, inclusive hipotecárias.

    2) Criação em 2009 do Fundo Garantidor Pleno de Financiamentos Rurais – com direcionamento de recursos anuais ou subsídios - aprovados Câmara Federal, nas Assembléias e Câmaras de vereadores - e incluídos, de forma distributiva e obrigatória nos orçamentos federais, estaduais e municipais e destinados a cobrir parte de eventuais inadimplências de CUSTEIOS dos produtores rurais, no primeiro momento, e de CAPITAL DE GIRO das empresas, no segundo; há diversos Estados e até municípios com fundos já aprovados e em pleno funcionamento. O Governo Federal regulamentou em novembro último, via Decreto nº 6.628, o Fundo Garantidor de Financiamentos (FGF), que estava previsto na Lei 11.524, de setembro de 2007, que criou o FRA, mas que só incorpora 13% dos recursos totais necessários;

    3) Criação em 2009 de um Fundo de Financiamento Privado do Agronegócio, a ser gerido pela FEBRABAN, ou por um pool de bancos interessados inclusive oficiais, que receberia recursos anuais de venda intensiva dos novos títulos (CDCA, LCA ou CRA) aos investidores, sobretudo pessoa física no caso da LCA, e Fundos de Investimentos no caso do CRA e CDCA. As aplicações com tais recursos seriam equalizadas pelo Governo e que também garantiria parte dos seus retornos. O principal foco do Fundo seria financiar com juros subsidiados/equalizados as agroindústrias e as trading desde que, comprovadamente, nas compras “somente no pico da safra ou antecipadas” de produtos rurais no mínimo pelos preços mínimos locais, mas estas precisariam comprovar, previamente, a efetivação de hedge preventivo de produto e de câmbio, se for o caso, e SEMPRE VIA BM&F, de forma a ampliar a liquidez, e para todos os produtos rurais; Os custos comprovados do hedge e do seguro agrícola também poderiam ser financiados;

    4) Disponibilizarão já em 2009 do Fundo de Garantia contra Catástrofes Abrangentes, a ser gerido e fiscalizado pelo BB, e com mudanças no Projeto de Lei Complementar - PLP 374/08 do Executivo que apenas autoriza as seguradoras privadas a criarem tal Fundo e em substituição ao Fundo de Estabilidade do Seguro Rural (FESR). Tal novo Fundo receberia subvenções do Governo e será fundamental para o avanço do seguro agrícola do País, pois indenizaria automaticamente as perdas regionais comprovadas de produção acima de 50% e em eventos generalizados;

    5) Iniciar estudos para criação do famoso SEGURO DE RENDA DO AGRONEGÓCIO, abrangente e obrigatório e segundo os modelos espanhol e canadense e que poderia ser utilizado, inclusive, como Fundo Garantidor de Complemento de Aposentadorias Rurais (tipo Fundo de Pensão). Obs: para o caso, já tenho estudo completo e proposta pronta;

    6) Iniciar estudos para propor Projeto de Lei com uma Nova Legislação do Crédito Rural, vez que a atual é de 1965 e está totalmente fora da realidade;

    7) Propor mudanças significativas na atual Legislação Cooperativa de produção rural, de consumo e de crédito, adequando-a a realidade mundial e a conjuntura competitiva internacional e de forma a aproveitar melhor as parcerias externas e internas e reduzir riscos (o atual produtor rural brasileiro precisa muito das cooperativas e vai precisar muito mais a partir de 2009). O essencial é alterar o sistema de voto cooperativo atual de “01 homem = 01 voto” - que leva a usos políticos e de prestação de favores pessoais por grupos organizados que se apoderam do poder e que, na maioria das vezes, não estão interessados nos resultados e no sucesso da cooperativa, ou não têm conhecimentos/formação para tanto e nem humildade para admiti-lo. Nos países de sucesso hoje se utiliza a votação segundo “tantos atos cooperativos pessoais de compra ou de venda = tantos votos”, situação que impossibilita os usos pessoais e políticos e que dinamiza a atuação e os resultados da cooperativa; Também a legislação internacional privilegia e corta impostos de cooperativas, ao contrário da brasileira, e ainda possibilita que as cooperativas possam atuar como, ou em parceria, com empresas privadas, o que não acontece na brasileira; Contudo, estas propostas de modernas mudanças de cunho coletivas – embora essenciais – enfrentam muitas barreiras nos próprios dirigentes cooperativistas e por razões óbvias;

    8) Criação do PROGRAMA “AGF COOPERATIVO PRONAF” - e em que o Governo Federal garantiria, inicialmente, para o arroz, feijão, milho, trigo e fécula de mandioca: a) compra total dos produtos por preços de mercados de produtores rurais, comprovadamente pronafianos e interessados, desde que via suas cooperativas (lotes maiores); b) alternativamente, compra parcial dos mesmos produtos, via cooperativas, com receita total baseada não no preço vigente, mas no pagamento do crédito rural na forma de equivalência-produto + o equivalente a 2 SM mês para manutenção familiar e por até 6 meses no pós-colheita (até o dobro do ciclo do produto);

    9) Criação de PROGRAMA DE REFORMA AGRÁRIA COM PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO GARANTIDAS, baseado no modelo de produção colonizada ou de integração rural (fomento modelo Caliman - vide www.caliman.com.br) e em que: a) a posse definitiva da terra pelo assentado só ocorreria após 10 anos de uso e resultados comprovados; b) os produtores produziriam o que as empresas necessitassem e desde que estas garantissem o fornecimento de insumos e a compra dos produtos por preços de mercado; c) a empresas prestasse treinamentos intensivos mais prestação de assistência técnica de qualidade e constante e ainda cuidados com saúde, sanitários e ambientais; haveria uma avaliação anual de efetividades pelo Governo, Instituições e Conselho de assentados; d) as empresas produzissem o que o Governo quer, e em cada local, e que se basearia nos produtos indicados e recomendados pela EMBRAPA ou Instituições públicas regionais (Universidades ou Centros de Pesquisa estaduais e regionais); e) as Empresas recomendariam as terras a comprar pelo Governo e receberiam créditos de longo prazo (até 30 anos) para implementarem seus projetos agroindustriais e de logística, sobretudo voltados para processamentos de alto nível, rastreabilidade e qualidade e para exportações; Os créditos para custeios e investimentos pelos produtores seriam concedidos para os produtores assentados, mas via Empresas, e seriam garantidos por Fundos de retenção mensal da receita da venda individual (retenção de até 3%) e ainda por Fundos garantidores (retenção de 0,3%) ou Fundo de Aval (incentivos/garantias que também podem ser aprovados previamente pela Câmara de vereadores ou pela Assembléia Legislativa estadual); Obs: para o caso, já tenho estudo completo e proposta pronta;

    10) Compra imediata de terrenos e construção de pelo menos 200 “Casas Familiares Rurais Federais”, modelo educativo rural, prático, completo e de sucesso comprovado no sul do País (vide www.arcafarsul.org.br) e em diversas regiões carentes. O jovem – cursando algum curso de segundo grau - passa 15 dias morando e estudando na casa familiar e 15 dias com a família rural, trabalhando e cumprindo deveres e tarefas, simples, previamente estudadas e solicitadas. É o famoso FAZAP – “fazendo e apreendendo” e em parceria total, da seguinte forma: a) O Governo Federal compraria, receberia em comodato ou alugaria os locais, e bancaria os custos com professores/instrutores contratados; b) o governo estadual e/ou municipal mais entidades privadas, até escolas privadas, construiriam e equipariam as instalações; c) as associações de pequenos produtores rurais, pais dos alunos, e as comunidades urbanas, entidades proveriam o custeio mensal na forma de alimentos – não-produzidos pelos alunos no local - e de pagamento de funcionários e outros custos menores. Em terrenos maiores e próprios, podem funcionar, em conjunto, Escolas Agrícolas e Casas Familiares Rurais. Segundo tese recente – baseada em anos de pesquisas - do experiente consultor Polan Lacki o agricultor brasileiro mais pobre não precisa de financiamentos e nem de insumos e de garantia de preços (pois já os tem em suficiência e até de forma excessiva e perigosa, pois não sabe lidar com eles), mas de conhecimentos para saber utilizá-los adequada e prontamente, desde que na sua linguagem e segundo a sua condição social mais realidade local e sobretudo em autos-treinamentos (porque não via filhos ?). Para comprar e montar 200 casas familiares rurais por ano, como média de 10 há, o Governo gastaria somente cerca de R$ 500,00 milhões, apenas 0,3% do orçamento aprovado para 2009 de R$ 1,6 trilhão. Se fosse somente compra da área bastariam cerca de R$ 6,0 milhões. Na prática, junto com os Colégios Agrícolas e as Universidades rurais – públicas e privadas - já existentes, as CFR - Casas Familiares Rurais, estrategicamente localizadas, resolveriam de forma muito mais barata e efetiva a falta de conhecimento rural moderno e efetivo no Brasil (inclusive formação em turismo rural e agroecologia e em mecânica rural, agroindustrial e processamentos, bioenergias, produção ambientalmente responsável, DRS, “fair trade”, agregação local de valor e vendas grupais, vendas para o Governo, rastreabilidade, marcas e marketing rural, correta inserção mercadológica em supermercados, exportações, associativismo e cooperativismo, operações em bolsas, seguros etc..). Em 5 anos seriam 1.000 casas, mais que suficientes. Os alunos das Universidades, inclusive, poderiam dar aulas complementares e cursos especiais curtos no período de férias ou participarem de projetos conjuntos, inclusive do tipo Projeto Rondon.

    Prof. Clímaco Cezar

    AGROVISION - Brasília

    www.agrovisions.com.br

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