Fala Produtor

  • Carlos Novaes São Joaquim da Barra - SP 22/12/2008 23:00

    CHAMO DE MALANDRO OS GRANDES DEVEDORES QUE DIFICULTAM A VIDA DOS MEDIOS E PEQUENOS(Por favor leiam meus e-mails com calma e tomem cuidado com o João B. que não esta explicando direito o que disse só fala a parte que dá ibope). Ve se não tem que desanimar: Faço 4 perguntas ninguém responde nada com nada, ficam me atacando feito criança e ainda para acabar com tudo não entenderam nada.

    COBREM OS GRANDES DEVEDORES JÁ.

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  • Silvio Marcos Altrão Nisizaki Coromandel - MG 21/12/2008 23:00

    Sr. Carlos Novaes, sou produtor de café aqui no Triangulo Mineiro, tenho 33 hc de café, altamente tecnificado, produção média de 40 scs/ha, 2 funcionários que trabalham conosco há 22 anos, e estou abandonando a atividade.

    Sei que cada atividade tem seus problemas, e não estou aqui para dizer que a pecuária seja mais facil do que a cafeicultura, sei que vcs também enfrentam grandes problemas.

    Só gostaria de dizer e explicar que não sou nenhum malandro, assim como muitos amigos que aqui estão nesta atividade.

    E para adiantar, aqui vai o significado da palavra malandro:

    Malandro é o cara que sabe das coisas

    Malandro é aquele que sabe o que quer

    Malandro é o cara que ta com dinheiro

    E não se compara com um Zé Mané

    Malandro de fato é um cara maneiro

    E não se amarra em uma só mulher."

    1- Olha não sabemos das coisas não, também como saber? Um belo dia o governo nos apóia em plantar café aqui no cerrado, pois os cafesais da alta paulista estavam condenados pela nematóide, e o Brasil necessitava de uma nova fronteira para a cafeicultura. Aqui estamos nós, os idiótas que poderiam ter feito como o senhor, ficado em nossa região e arrancado o café e demitindo nossos empregados.Alias, aqui emprego em 33 ha de café uma média de 40 empregados durante o ano, qts o sr emprega??????

    2- Nesse itém, onde o malandro é aquele que sabe o que quer, ai sim posso me considerar um malandro. Eu, e muitos outros amigos aqui queremos apenas que o nosso produto (café) tenha preço, e possamos pagar nossas contas. Não sei se o Sr. tem consciencia, mas a cafeicultura está em crise há mais de 14 anos, e não tivemos anos bons como a soja, milho, boi, para podermos reservar gordura. Estamos trabalhando no vermelho há mais de 14 anos.

    Entendo também que não é culpa do governo o fato do preço do café estar onde esta, mas é culpa sim por não controlar o preço dos insumos; não modernizar as leis trabalhista. Por falar nisso o Sr. tem funcionários registrados??? se tiver, sabe do que estou falando. Aqui registramos na epoca da colheita, pagamos médicos, contador, carteira etc, e o empregado trabalha dois dias e some....

    Nesse quisito sou malandro como qualquer homem de bem deste país, pois sei o que quero, quero pagar minhas contas. Sei também que não quero ser como este senhor de mais de 80 anos que vc viu ai no banco de sua cidade pagando uma conta para não deixar o nome sujo. Quero lutar para que cada produtor deste Pais não precise estar indo a banco nenhum pagar dividas, pois nesta idade é mais que merecido o descanso pelos tantos anos prestados a este Pais. E se não começarmos a lutar por isso, garanto que não seremos nós com 80 anos que estaremos pagando as contas, mas sim os nossos filhos, netos e que sabe bisnetos.

    3- Malandro é aquele que está com dinheiro: Bom, aqui se algum dos meus amigos cafeicultores estiverem com dinheiro, e preferem passar por toda esta humilhação que passamos nos bancos, cooperativas, vou chama-los de burros e não de malandros.

    Ai em sua cidade eu não sei, mas se quiser vir ate aqui e perguntar aos nossos gerentes de bancos e cooperativas sobre os cafeicultores que estão endividados, eles sem sombra de duvida dirão que são pessoas honestas e não deram conta de quitar seus compromissos.

    Hoje se tivesse dinheiro, com certeza seria malandro, pois venderia minha fazenda, pagaria minhas contas, mandaria meus funcionários embora, compraria uma casa próximo a uma represa no sul de minas, plantaria menos café (um vicio que corre nas veias, fazer o que???), não daria emprego para ninguem, e viveria minha vida.

    4- Não vou me comparar a um zé mané, também nem sei o que é isso. Acho que o zé mané é aquele que não corre riscos na vida. E nunca serei um Zé mané, pois: " É muito melhor correr riscos, sujeito a vitória ou a derrota do que ficar na fila daqueles que vivem na penumbra cinzenta da improdutividade, ou que se acham os unicos capazes de fazer a diferença.

    5- Sim, não somos malandros pois nos amarramos em uma só mulher, pelo menos os cafeicultores que conheço, pois todos são casados e além de suas esposas possuem também as filhas, netas, sobrinhas ....

    O Sr. que é pecuarista ainda tem o privilégio de se amarrar as vacas tbm, ETA MALANDRO BOM

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  • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR 21/12/2008 23:00

    Este Carlos Novaes ainda está falando? João, coloque aí no site aquele comparativo de preços dos produtos agrícolas e dos insumos, do começo do Plano Real até agora. A resposta para os Carlos da vida está lá. Ele que é um gênio da pecuária brasileira vai entender rapidinho.

    Só pra lembrar quem pensa como ele. O risco de uma lavoura é de 100%. Até no dia da colheita pode-se perder tudo. O risco da pecuária é de no máximo 5%. O animal pode morrer de uma doença, raio, quebrar uma perna. Mas os fatores envolvidos são na sua maioria controláveis pelo produtor. Eu também sou pecuarista e agricultor.

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  • Cupertino Fontolan Presidente Prudente - SP 21/12/2008 23:00

    Texto sobre a Crise Mundial

    Texto do Neto, diretor de criação e sócio da Bullet, sobre a crise mundial.

    "Vou fazer um slideshow para você.

    Está preparado?

    É comum, você já viu essas imagens antes.

    Quem sabe até já se acostumou com elas.

    Começa com aquelas crianças famintas da África.

    Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele.

    Aquelas com moscas nos olhos.

    Os slides se sucedem.

    Êxodos de populações inteiras.

    Gente faminta.

    Gente pobre.

    Gente sem futuro.

    Durante décadas, vimos essas imagens.

    No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.

    Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.

    São imagens de miséria que comovem.

    São imagens que criam plataformas de governo.

    Criam ONGs.

    Criam entidades.

    Criam movimentos sociais.

    A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá sensibiliza.

    Ano após ano, discutiu-se o que fazer.

    Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta.

    Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo.

    Resolver, capicce?

    Extinguir.

    Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta.

    Não sei como calcularam este número.

    Mas digamos que esteja subestimado.

    Digamos que seja o dobro.

    Ou o triplo.

    Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.

    Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse.

    Não houve documentário, ONG, lobby ou pressão que resolvesse.

    Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia. Bancos e investidores.

    Como uma pessoa comentou, é uma pena que esse texto só esteja em blogs e não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar tapa e afagar.

    Se quiser, repasse, se não, o que importa?

    O nosso almoço tá garantido mesmo...

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  • antonio padovan Ribeirão Preto - SP 21/12/2008 23:00

    Renegociação da dívida agrícola intensificará transferência de recursos ao agronegócio 30-Mai-2008

    Entrevista com o professor do departamento de geografia da USP Ariovaldo Umbelino sobre o novo pacote anunciado pelo governo para a renegociação da dívida do setor agrícola nacional. Gabriel Brito e Valéria Nader.

    Por Gabriel Brito e Valéria Nader

    Na semana em que o governo federal anunciou um pacote recorde de renegociação da dívida do setor agrícola nacional, no valor total de 75 bilhões de reais, muito se proclamou que tais medidas, viabilizadas pela assinatura da Medida Provisória 432, dariam novo fôlego ao setor e permitiriam ao país superar sua crise na produção, além da realização de novos investimentos na área.

    No entanto, em entrevista ao Correio da Cidadania, o professor do departamento de geografia da USP Ariovaldo Umbelino considera que todas as medidas servem apenas para refinanciar os grandes produtores, pois são estes os verdadeiros grandes portadores da dívida, já que os pequenos são responsáveis por no máximo 5% dos débitos renegociados. Além do mais, de acordo com Umbelino, a própria medida em si atesta a incapacidade do agronegócio brasileiro em se sustentar de forma competitiva sem subsídios governamentais, como ocorre nos países desenvolvidos.

    Correio da Cidadania: Como você avalia a renegociação da dívida agrícola proposta pelo governo, através da Medida Provisória 432?

    Ariovaldo Umbelino: Antes de qualquer coisa, devemos entender estruturalmente essa questão da dívida rural brasileira.

    Não é a primeira vez que acontece isso. A primeira grande renegociação foi em 1996. Depois, foi repetida em 2000, quando o Fernando Henrique fez a securitização de parte dessas dívidas, e em 2003 e 2004, quando outras negociações também se realizaram.

    Todas elas revelam que, na realidade, a agricultura capitalista, dentro do bojo das políticas neoliberais, não tem nenhuma possibilidade de se desenvolver e se realizar sem subsídio público ou governamental.

    O que a renegociação mostra é exatamente a falência da política neoliberal voltada à agricultura. Em todos os países desenvolvidos do mundo - EUA, Japão, os europeus -, a agricultura é fortemente subsidiada, pois, de uma maneira geral, os preços agrícolas até esse ano sempre foram descendentes em relação aos produtos industriais consumidos pela agricultura, sempre ascendentes por sua vez.

    Na verdade, esse papel da agricultura como produtora de alimento barato para os trabalhadores - que de preferência precisam receber salários baixos a fim de permitir altos lucros aos empreendedores em geral - revela a necessidade do subsídio público. Esse é o primeiro ponto a ser destacado.

    O segundo é que vai por água abaixo aquela máxima do agronegócio brasileiro, a de que eles são competitivos e capazes de competir com a produção agrícola de qualquer outro lugar do mundo. No entanto, a verdade é que a agricultura brasileira, de forma indireta e através desta renegociação, revela que também é subsidiada. É evidente que nesse bojo entram os grandes, mas também fazem parte os médios e pequenos produtores, sobretudo aqueles provenientes da reforma agrária.

    Portanto, a renegociação revela esse lado da crise e sinaliza que daqui a quatro, cinco anos ela terá de ser feita novamente. Os pequenos não têm como fazê-lo e os grandes simplesmente se habituaram a não pagar, pois sabem que o governo cede e que possuem uma forte base parlamentar de pressão, que obviamente é posta a reivindicar tais tipos de renegociação.

    CC: No atual momento, em que o país se beneficia, ao menos economicamente, do mercado de commodities, essa renegociação não é inoportuna?

    AU: Os capitalistas nunca querem pagar nada ao Estado. Nem imposto, nem empréstimos, nada. Então, essa postura ‘anti-pagamento’ é comum entre os setores das elites brasileiras, que sempre transferiram à União os custos de seus investimentos. A base do enriquecimento das elites sempre se fez na apropriação do fundo público, como muito bem

    estudou o professor Chico de Oliveira. Sendo assim, é uma prática cotidiana do setor empresarial brasileiro, sobretudo dos que são ligados à agricultura. Esse é o principal ponto que enxergo.

    De qualquer forma, se olharmos a MP 432 que o governo encaminhou ao Congresso e que já foi aprovada pela Câmara dos deputados e pelo Senado, poderemos conferir que, na parte que trata dos objetivos da lei, eles justificam que haverá redução dos encargos por inadimplência incidentes em prestações vencidas e não pagas.

    Veja só. Eles não pagam e o governo ainda reduz o imposto, que tem a ver com os juros sobre essa dívida não paga e que não pertence somente aos devedores das parcelas futuras. Há ainda a concessão de prazo adicional, redução das taxas de juros das operações e concessões de desconto para liquidação de dívidas. Ou seja, reduzem os encargos, os juros e ainda dão desconto para pagarem.

    Portanto, trata-se de uma ação que fortalecerá o caixa do agronegócio. Por exemplo, um dos descontos, esse para liquidação de dívidas que vencem em 2008, 2009 ou 2010: se aqueles que devem mais de 200 mil reais pagam o débito em 2008, a dívida sofre 15% de desconto. E, como se não bastasse, depois há a bonificação, que pode chegar a 35% de desconto sobre o que deve ser pago mais um bônus de 6.000 reais.

    Quer dizer, há um conjunto de ações que representam transferência de recursos públicos para o caixa do agronegócio.

    CC: Pudemos ver que a mídia e o governo têm ressaltado que essa medida beneficiaria 1,8 milhão de pequenos produtores. O que você diria sobre isso?

    AU: Pois é, esse 1,8 milhão de contratos de pequenos produtores na realidade envolvem um total de apenas 3 bilhões de reais da dívida. Ou seja, a verdade é que os pequenos são os únicos que pagam, os mais adimplentes. E o número de pequenos produtores inadimplentes gira entre 3% e 5%. Portanto, a dívida não é dos pequenos. Estes sempre são utilizados como bode expiatório para refinanciarem e perdoarem as dívidas dos grandes.

    O que de fato está em jogo é a enorme diferença entre os 73 bilhões de reais em dívida que pertencem aos grandes e médios produtores e os 3 bilhões que pertencem aos pequenos.

    CC: Ressalta-se ainda o aspecto de que a renegociação vai incidir no combate à crise dos alimentos.

    AU: É curioso, pois até agora o governo dizia que o Brasil não passava por crise de alimentos, que estava imune. Porém, a MP evoca exatamente o cenário de crise nacional, e que, então, o refinanciamento da dívida seria uma contribuição.

    Há ainda um terceiro objetivo, que diz: "o esforço do governo federal, além de visar a recuperação da renda agrícola e o retorno de recursos públicos esterilizados e onerosos para o novo período, pode ser entendido no campo das relações internacionais como contribuição da sociedade brasileira no sentido de ampliar a oferta mundial de alimentos".

    Quer dizer, o povo brasileiro paga para que o mundo tenha comida mais barata. É o fim da picada.

    CC: Mas existiria algum mínimo benefício no controle da crise interna?

    AU: Na realidade não vai mudar absolutamente nada. Aprovadas as medidas, os produtores vão aos bancos aos quais devem e repactuam tudo. O que acontece com eles? Hoje, são inadimplentes; com a repactuação, tornam-se adimplentes. Ou seja, saem da condição de devedores e ainda estão livres para fazerem novas dívidas, pois é isso que acontecerá. Farão novos empréstimos e não pagarão, como fizeram em todos os casos anteriores, já que sempre dizem estar sem condições. A rigor, nada mudará.

    ESPERO QUE LEIAM ESTA ENTREVISTA,PROVA QUE CARLOS NOVAES ESTA CERTO.

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  • antonio padovan Ribeirão Preto - SP 21/12/2008 23:00

    PELA COBRANÇA DOS 10% DOS MAIORES DEVEDORES JÁ. Pelo amor de Deus João Batista, leia o recado do senhor Carlos Novaes, ele esta tentando abrir os olhos dos produtores. Precisamos de mais gente combatendo e lutando. Até agora não teve uma resposta que preste porque ele esta certo. Eu estou com ele e sou produtor de soja e milho já fiz muita burrada e estou tentando melhorar.

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  • Zilto Donadello Claudia - MT 21/12/2008 23:00

    Ao senhor Carlos Novaes: caro "produtor", a desculpa do senhor é de ser pecuarista..., mas será que o senhor investe na recuperação de suas pastagens? O senhor tem tem trator, colhedeira e outros implementos? Caso tenha, sabe guanto custa manter tudo isso e sabe que eles ficam velhos e sucateados? Pois muito bem, se o senhor é pecuarista porque está critando os produtores de grãos???, ponha-se no seu lugar, ou está chorado porque o boi bateu a 90,00 a @ neste ano??, (quando a soja que foi a R$ 60,00 a saca veja onde estava o preço dos insumos no plantio??), Ora, boi não apodrece com excesso de chuvas, no abate não tem ferruguem na pele, para cuidar de uma boiada é necessário apenas um bom cavalo que, estando bem caro, vale por volta de 3.000,00... então vá cuidar de sua vida ao invés de falar de quem produz.

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  • Angelo Miquelão Filho Apucarana - PR 21/12/2008 23:00

    É com grande procupação que vejo o nosso futuro e permanencia na agricultura. Aqui em Apucarana não chove com regularidade há mais de 30 dias. O milho já requeimou até a espiga, o soja precoce está com o crescimento totalmente comprometido e já está florando, sendo que nem fechou as ruas. Na ultima quarta feira, fui para o Mato Grosso e durante a viagem contei umas tres ou quatro lavouras que estavam em boas condições, o resto estava sumindo com o sol. A situação é extrema e perigosa! A blindagem verde que sempre protegeu o Brasil, está se desfazendo. Quero ver o que vamos fazer para pagar nossas contas e preservar nosso nome. O que nos resta é rezar e pedir a Deus que ele interceda por nós quando tivermos que encarar nossos fornecedores, visto que não contamos com o financiamento dos bancos. É Lula, a crise chegou e veio de todos os lados, até do céu.

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  • Carlos Novaes São Joaquim da Barra - SP 21/12/2008 23:00

    Uma ultima pergunda João, será que as dividas não são consequencia de problemas, alguns faceis e outros dificeis, que temos que discutir???!!

    Eu u pecuarista sim, sofredor e lutador, com total ou quase descrença da capacidade da minha classe de lutar por seus direitos.

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  • Carlos Novaes São Joaquim da Barra - SP 21/12/2008 23:00

    Já que agora sou o exemplo do preconceito e falta de conhecimento gostaria de fazer algumas perguntas que não consigo entender.

    1ª Na agropecuaria não existe incompetencia por parte do produtor? É sempre culpa do tempo, governo, multinacionais e etc; nunca culpa de falta de planejamento, reciclagem de conhecimentos e etc.

    2ª Quando a soja estava a $ 60 o que fizeram com todo o dinheiro que ganharam ? Alguns amigos meus investiram certo e estão bem até hoje. Lembro das fotos na Veja de MT mostrando dentistas, advogados que estavam ganhando rios de dinheiro.

    3ª Quando da venda, o produtor é leal a sua cooperativa e mesma a multinacional pagando $10 centavos a mais nunca sai correndo para vender para a multinacional ?

    4º Se os 10% que devem 90% não prejudicam todo uma cadeia? Gerando problemas como juros altos,desconfiança e preconceito.

    5ª Se nossa liderança não é reflexo de nós mesmos? Velha, agarrada ao poder ou corrupta.

    Obrigado João pelo espaço e espero as respostas, porque como nossos agriculturos são genios que nunca fazem nada de errado será facil obte-las.

    Útima pergunta: será que as dividas não são consequencias de problemas, alguns faceis e outros dificeis que temos que discutir? E sou pecuarista sim, sofredor e lutador, com total ou quase discrença da capacidade da minha classe de lutar por seus direitos.

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  • Waldir Sversutti Maringá - PR 21/12/2008 23:00

    SACO VAZIO NÃO PÁRA EM PÉ

    Vejam as frases da nota que o Sr João Batista emitiu no final do comentário do Sr. Paulo Sebastião Paes Leme Quirinópolis – GO, PUBLICADO no dia 11/12/08.:

    1ª. “Saco vazio não para em pé “

    2ª. “ Por isso, contamos com o apoio de todos. Quem puder nos ajudar é só clicar no ícone "associe-se" (exibido no alto da home-page). A todos, nosso muito obrigado “

    Gostaria de lembrar aos colegas que a interatividade proporcionada por este site, é, provavelmente, inédita no Brasil. Hoje, que eu saiba é a única. A postagem diária e instantânea, das mais diversas manifestações, reclamações, críticas e sugestões dos produtores rurais são de extrema utilidade e devem continuar, pois acho que é a única forma dos diversos segmentos que compõe a agropecuária se expressarem, reclamarem, transmitirem informações de suas regiões e dos problemas que enfrentam.

    Não vejo outro site, além deste, que proporcione tamanho interesse do produtor, justamente pelo prestígio e trabalho incansável do Sr João Batista e sua equipe, diuturnamente. Esse carismático, perspicaz e brilhante jornalista tornou-se o mais expressivo, útil e confiável PORTA VOZ DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA, contudo, já prestou relevantes serviços para os produtores. Se nós não aproveitarmos essa interatividade e oportunidade para irradiar nossas queixas, deixando calar essa voz ativa do campo, que recém aflorou, os problemas a serem enfrentados serão maiores.

    As excelentes informações que o site vem prestando, tais como entrevistas, diálogo com autoridades do governo e da Frente Parlamentar da Agricultura, diversas informações sobre o agronegócio, artigos técnicos, cotações, informações do mercado e tempo, além dos comentários dos internáutas de todo o Brasil, com certeza são muito importantes e valiosas para os produtores. Penso que não podemos abrir mão dessa valiosa ajuda às nossas causas, pois, apesar das diversas revistas e programas agrícolas existentes no país, sites de entidades representativas, federações e da CNA é aqui que nos sentimos em casa, já que eles não interagem com os produtores da forma que João Batista o faz.

    COTAÇÕES EM TEMPO REAL DA BMF:

    Para a manutenção da TRANSMISSÃO AO VIVO das cotações diretas da BMF, será necessário, pelo menos, que o site consiga restabelecer o número original de sócios com pagamento mensal de R$ 65,00, porque, da lista inicial, muitos pararam de pagar, e o Sr João Batista só manterá as informações das cotações em tempo real da BMF se puder manter o custo inicial de R$ 10.000,00 mensais, sem prejuízos financeiros para si. Do contrário, veja a famosa frase do presidente !

    Se a informação traz benefício para o produtor, e ele a quer, como vimos, deve arcar com uma pequenina fração desse custo e se cadastrar em uma corretora que opere na BMF, para estar apto, e, no momento certo, aproveitar o melhor preço para vender sua safra com maiores lucros ou pelo menos sem perdas, da forma mais consciente e oportuna.

    Mesmo aqueles que não puderem fazer assinatura anual, que a façam por 6 meses, no mínimo, mas o interessante é ficar ligado desde julho, com o planejamento da planta, até junho do outro ano, para aqueles que preferirem aguardar até essa data para venda da sua colheita.

    Por outro lado, o site terá que angariar mais publicidade de empresas do setor, e aqueles que puderem ajudar nesse objetivo em conversas com suas empresas de insumos estariam contribuindo para viabilizar a permanência no ar, do site que mais vem lutando para desenvolver o agronegócio. Como o número de acessos divulgado é muito bom, creio que tendendo a expandir, tenho a certeza que esse investimento compensaria plenamente às empresas. Peço tb aos produtores que quiserem vender suas máquinas e fazendas, que anunciem na janela de CLASSIFICADOS, o custo é pequeno.

    Waldir Sversutti

    www.imobiliariarural.net

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  • Climaco Cézar de Souza Taguatinga - DF 20/12/2008 23:00

    Amigos do Noticias Agrícolas: Como um dos primeiros analistas a alertar sobre as sérias dificuldades da atual crise mundial e de seus possíveis efeitos na agricultura (03 dias após a quebras do Lehman Brothers e aqui neste site - vide histórico) sentimo-nos na obrigação de tentar auxiliar, agora, neste inicio de extremas dificuldades no Brasil, “o momento de inicio da comercialização agrícola em 2009”.

    A crise ainda não se instalou totalmente no Mundo. Ela iniciou-se por absoluta perda de confiança pelo consumidor no sistema financeiro e nos lideres de seus governos e entendemos que só haverá inicio de reversão, e de forma lenta, após a posse de Obama. Portanto, é de pouca valia o atual socorro financeiro a qualquer setor - e muito menos promover o consumo - quando se rompe a barreira da quebra de confiança nas instituições financeiras e em seus dirigentes, pois as famílias planejam seu dia de amanhã levando em considreração se terão ou não emprego..., e com isso, consomem muito menos e procuram poupar mais (vide crise de 1929).

    Assim, seus principais efeitos para o agronegócio brasileiro estão apenas começando, pois, infelizmente, ainda haverá muito redução de consumo e de demanda pelos produtos brasileiros lá fora, e aqui dentro. O que também leva à necessidade de ações serias do Governo e das Entidades, de forma a tentar minimizar as conseqüências contra nosso comércio exterior e agronegócio, qual numa verdadeira estratégia de guerra comercial (nossos concorrentes já estão fazendo isto e nós ainda estamos parados e só observando).

    Assim, não é preciso dizer que a crise e seus efeitos no Brasil estão ainda apenas começando e que teremos um muito difícil quadrimestre inicial em 2009, após passar a euforia de consumo externo e interno do Natal, do Ano Novo e da volta das férias (algumas já até coletivas e obrigatórias).

    Entretanto, certamente, esta crise vai ser vencida entre 2 e 5 anos, segundo as análises atuais e conforme cada País, e o agronegócio brasileiro vai triunfar após e por muitos anos, tornando-se a crise uma boa lição para todos.

    A nosso ver, o futuro do agronegócio brasileiro é o Cooperativismo e que precisará mudar muito doravante, com menos shows e mais efetividades, mas isto só ocorrerá após a urgente mudança da Legislação Cooperativa atual (e que, incrivelmente, muitos dirigentes não querem mudar..). É preciso abandonar a antiga e não funcional legislação de 01 cooperado = 01 voto, (que possibilita usos politicos das cooperativas e por pequenos grupos) e mudá-la para a legislação moderna e adotada em diversos países de "tantos atos cooperativos de compra ou venda" = tantos votos por cooperado, e que valoriza o verdadeiro associado participativo e que dinamiza as cooperativas sérias.

    O QUE FAZER ?

    Ninguém tem bola de cristal, mas algumas atitudes por parte dos produtores podem ser esperadas e levar a bons resultados - sobretudo se coordenadas e em grupo -, a saber:

    a) só vender com lucro e no mínimo de 25%, pois cerca de 15% já estará comprometido com o pagamento dos juros de endividamentos anteriores, mais seguros e/ou os atuais;

    POrtanto, pare um pouco e calcule, obrigatoriamente, o teu custo mínimo de produção (cada um tem o seu) e como resultado da soma de pelo menos os seis seguintes itens POR PRODUTO e SAFRA: 1) valores pagos pelos fertilizantes mais calcário; 2) dispêndios com agroquímicos; 3) custos com combustíveis e lubrificantes; 4) idem com sementes; 5) valores pagos pela mão-de-obra contratada mais encargos; 6) previsão de manutenção familiar nos próximos 12 meses e de no mínimo 3 salários-minimos por mês; Para embasar seus cálculos, a CNA disponibiliza em seu site ferramentas para calcular o custo para as culturas anuais e os "Ativos do Campo" mais direcionados para a pecuária em um Boletim citado no site. Vide em (www.cna.org.br/campofuturo). Para Telmo Heinen, “Quem não sabe quanto gasta, não sabe quanto ganha, por isto é essencial saber o CUSTO para poder efetuar uma venda, principalmente no mercado futuro”.

    b) estabeleça, então, o preço-minimo de venda com base num lucro mínimo de 25% por saca, acrescentado o valor ao custo detectado. Se não obter tal preço, não venda e espere pela ajuda do Governo; vender por menos pode significar não honrar com as dividas e as despesas familiares, futuras, e iniciar a quebradeira. Não aceite pressões dos credores, sobretudo de Bancos;

    c) não tenha pressa para vender e se possível venda aos poucos e faça armazenagem própria (mesmo que em silos bag, galpões, armazéns simples, sacas etc..) ou nas cooperativas; no caso da soja, não entregue e nem armazene nas trading, pois o interesse delas tende a aumentar muito após abril;

    d) retarde a colheita do milho. Haverá muito excesso de produto e de estoques e que somente serão enxugados se o Governo agir e iniciar comprando já ( agora em janeiro) ou auxiliando as exportações. É importante também lembrar que o setor mundial de aves, suínos e leite também estará passando por extremas dificuldades e comprando muito pouco até abril. Quanto ao milho safrinha ou sorgo, se possível não plante ou reduza o cultivo, pois dificilmente haverá lucro, pois o mercado precisará ser enxugado dos excessos (a demanda por aves, suínos e pecuária de leite deve reduzir pelo menos 20% no primeiro quadrimestre, no minimo igual a redução já em andamento dos alojamentos). Se for o caso, substitua o safrinha por uma oleaginosa para biodiesel, como o girassol, ou mesmo por uma gramínea rápida para pastagens, ou pelo trigo ou o milheto; no biodiesel, os subsídios dos leilões da ANP garantirão as compras e os preços mínimos, o que pode ampliar a renda com o segundo cultivo. Aliás, esta vertente também poderá ser a salvação de grande parte da soja, ou seja, vender, paulatinamente, para as esmagadoras produzirem biodiesel (o Governo poderia até lançar um plano inédito de estocagem preventiva e estratégica de biodiesel); também, o preço do trigo em 2009 tende a ser bem melhor do que o do milho-safrinha, embora tenha recuado muito recentemente (safra 2008), mas o Brasil precisará de muito mais trigo e o Governo terá que intervir e auxiliar o próximo plantio e sua comercialização, senão os preços dos derivados levarão a inflação ás alturas;

    e) se não obtiver a margem mínima acima descrita (que não remunera, realmente, a atividade sobretudo os custos fixos e financeiros) só venda para pagar as despesas imediatas e com o comércio local; o custeio alongado nos Bancos ainda vai demorar a vencer e os fornecedores sempre podem esperar um pouco, pois a situação deles pode estar melhor do que a tua e o Governo vai ter que agir também para eles (volta e liberação efetiva dos recursos do FRA); também, com certeza, o Presidente Lula irá afinal bater o martelo bem forte na cabeça dos dirigentes dos Bancos e do BACEN (seria desobediência civil ?) e exigir que os recursos cheguem, realmente, aos produtores rurais (quem sabe com o Tesouro assumindo até parte dos riscos de crédito, ou, realmente, mandando nos Bancos como precisaria/deveria), invés de os Bancos priorizarem as grandes empresas e o varejo (como querem) e inclusive mais que dobrando os atuais "spreads" (margens de lucro) ante os praticados antes das crise;

    f) as cotações futuras na BM&F e as Opções da CONAB neste momento ainda apontam para bons preços no inicio de 2009, mas tendem a terem fortes recuos proximamente. Assim, se já conhecer bem como funciona – ou tua cooperativa – faça estas vendas antecipadas e não demore muito.

    Infelizmente, as noticias não são boas, mas Deus, certamente, nos ajudará, sendo nosso único aliado e que nunca falta. NÃO DESANIME.

    FELIZ NATAL, BOAS FESTAS E UM BOM INICIO DE 2009.

    Atenciosamente

    Prof. Clímaco Cézar de Souza

    AGROVISION – Brasília

    www.agrovisions.com.br,

    Telmo Heinen

    ABRASGRÃOS

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  • Leandro Leonardi Toledo - PR 20/12/2008 23:00

    João Batista, sou produtor rural de Toledo Oeste do Paraná, acompanho sempre que posso o seu programa, normalmente a segunda edição, porque a primeira é um pouco fora do nosso horário e a gente tem que ir pro pé eito (trabalho). Esses dias eu ouvi um cidadão se queixando que você defendia os grandes produtores a respeito das dividas agrícolas. Você sabe a que eu me refiro.

    Olha, no meu ponto de vista, esse rapaz é meio revoltado com algum fato que aconteceu na sua região, e está muito mal informado. Claro que existiram casos de produtores que venderam até um pouco de suas terras para liquidar suas dividas e depois elas foram de certa forma negociadas ou perdoadas. Por isso, peço encarecidamente que você, João Batista, continue com esse trabalho que, para nós ou pelo menos pela grande maioria, fala aquilo que nós - produtores esquecidos pelo governo - gostariam de estar ai falando e insistindo na UNIÃO QUE DEVERIA HAVER ENTRE NÓS, PRODUTORES RURAIS.

    Ah!, e não esqueça: até o maior homem que passou pela terra, que foi Jesus Cristo, não agradou a todos... então, imagine nós, pobres mortais.

    Um ótimo Natal e próspero ano novo para toda a equipe do Noticias Agrícolas.

    Grande abraço e tenhamos sempre muita Fé

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  • Milton da Silva Terra Roxa - PR 20/12/2008 23:00

    AO NOTICIASAGRICOLAS: Quero relatar a situação que estou vivendo, por estar trabalhando na agricultura. Estamos passando por uma estiagem muito forte, com altas temperaturas..., tivemos uma chuva boa no dia 10 (12). Depois disso, João Batista, não choveu mais nada. Hoje a temperatura chegou a 37 graus. As lavouras de soja estão se deteriorando... As perdas aqui já passam de 30%, e quem plantou semente variedade a perda passa de 50%. Aí eu pergunto: como vamos pagar as contas??, tivemos os custos mais altos da historia quando implatamos a lavouras, e agora vem este sr. Carlos falar que somos "malandros"??!! Fico triste em saber que ainda existem pessoas mal-informadas da realidade do homem do campo..., Não temos seguro, nao temos garantia de preços minimo -- quando nao colhemos bem, por problemas climaticos, temos um descontrole nas dividas -- e a politica agricola que ai está não dá nenhuma garantia para o produtor, e quem nos emprestou quer receber de qualquer jeito. Não sei como vamos continuar plantando sem renda, sem credito, sem dinheiro, e ainda sendo chamado de malandro... Está dificil ser agricultor neste Pais.

    TERRA ROXA 21 DO 12 2008 MILTON DA SILVA AGRICULTOR

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  • Clovis Wazilewski santa cruz de la sierra - SC 20/12/2008 23:00

    Desirée Brandt, sou produtor na Bolivia e, estou buscando infomaçoes sobre a LA NIÑA. Tivemos algo de irregular em 2007, como vai ela se em comportará em 2009??, qual a relação que poderá ter 2007 com 2009???

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