Fala Produtor

  • Emerson Ehlers Douradina - PR 20/08/2007 00:00

    João Batista, o produtor faz exatamente aquilo o que o Governo quer: produção em excesso. Para o Governo é interessante manter o produtor endividado, e também manter os sem-terras. Faz isso para obrigar o produtor a produzir mesmo sem ter renda e manter os alimentos baratos, pois isso dá votos. A lei do mercado é simples: oferta e procura. Enquanto o produtor não reduzir drasticamente a produção e pressionar os politicos para a securitização das dividas, continuarão a ser escravos do governo e da sua própria atividade.

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  • Osvaldo Antonio de Almeida ALPINÓPOLIS - MG 20/08/2007 00:00

    Olá queridos amigos da redação do Noticias Agrícolas, sou produtor rural no sul de Minas Gerais, queria saber como proceder com os seguintes assuntos; primeiro, vence agora no próximo dia 31 de agosto, aquelas parcelas alongadas do custeio das safras 2004/2005 e 2005/2006, fui ao banco do Brasil e eles me disseram que ainda não fo,i passado pra eles nem uma posição, vence também as parcelas referentes a investimentos e eu não sei como fazer, pois eu ligo pro banco pra pedir informações sobre como fazer, e eles também não sabem de nada, apenas dizem que é pra pagar as parcelas, pois segundo tenho lido na imprensa, o caso está no senado pra ser votado, por último tenho uma enorme dívida com um fornecedor de insumos e estou ancioso pra saber mais informações sobre o FRA,pois o banco do Brasil também não tem nenhuma posição sobre o assunto, por fim estou sem saber como fazer, peço o voçês si tiverem alguma informações sobre os assuntos abordados assima me passem pois estou totalmente sem saber o que fazer. Muito obrigado, voçês são verdadeiramente amigos do produtor rural, um abraço.

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  • José Walter de Oliveira Sacramento - MG 17/08/2007 00:00

    Mensagem para o analista Carlos Cogo: ouvi sua palestra no Not&iacute;cias Agr&iacute;colas e a considero excelente. Tenho um bom estoque de milho e gra&ccedil;as a Deus ele vai me ajudar a entrar na pr&oacute;xima safra mais independente. Carlos, voc&ecirc; como um grande homem do mercado sabe melhor do que ningu&eacute;m da desuni&atilde;o que existe entre os produtores... Com isto, o mercado deita em rola em cima de n&oacute;s, como, por exemplo, na quest&atilde;o dos fertilizantes. A &uacute;nica solu&ccedil;&atilde;o para n&oacute;s &eacute; criarmos uma Associa&ccedil;&atilde;o independente, como vem desenhando a Aprosoja, s&oacute; que tem de ser r&aacute;pido. O produtor &eacute; desinformado e n&atilde;o quer gastar um m&iacute;nimo para manter estas associa&ccedil;&otilde;es, mas gastam fortunas em suas lavouras por desconhecimento daquilo que est&aacute; fazendo. <br />Vamos criar fatos novos no mercado e voc&ecirc;, como pessoa influente, precisa disparar id&eacute;ias para o Jo&atilde;o Batista ou o pessoal da Aprosoja para fincar o p&eacute; em cada munic&iacute;pio, criar regionais e nos fortalecer. Seremos muito forte, pois produzimos coisa acima de 40% do PIB nacional. <br />O que voc&ecirc; acha da id&eacute;ia?

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  • Cleberson Sima Teixeira Soares - PR 17/08/2007 00:00

    Meu coment&aacute;rio se resume na problem&aacute;tica em que atualmente vivemos quando se procura uma ag&ecirc;ncia do Banco do Brasil, a fim de pedir um empr&eacute;stimo de custeio. Segundo funcion&aacute;rios, no momento a prefer&ecirc;ncia &eacute; para aqueles que est&atilde;o em dia com a institui&ccedil;&atilde;o no que tange &agrave;s parcelas de custeio e investimento. Estes ser&atilde;o &ldquo;agraciados&rdquo; primeiramente com os recursos destinados ao credito rural. Pergunto: t&aacute;, mas e os outros? N&atilde;o nos esque&ccedil;amos que estamos em pleno m&ecirc;s de agosto, onde praticamente tudo est&aacute; planejado para a pr&oacute;xima safra, mas como poderemos honrar os compromissos com fornecedores dos insumos agr&iacute;colas? Teremos de esperar at&eacute; quando? Dizem at&eacute; que, como n&atilde;o chegou nada de defini&ccedil;&otilde;es sobre as prorroga&ccedil;&otilde;es, n&atilde;o se pode contratar novos financiamentos. Isso pode significar: &ldquo;vamos esperar para ver se alguns pagam as parcelas atrasadas para depois liberamos os dinheiro&rdquo;???

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  • Jesus Adelungue Domingos Poços de Caldas - MG 15/08/2007 00:00

    A diferen&ccedil;a de Rs$ 100,00<br />Saiba a diferen&ccedil;a entre investir 100 reais e dever 100,00 pelo mesmo tempo.<br />ISTO &Eacute; BRASIL<br />Saiba:<br />Se um correntista tivesse depositado Rs$ 100,00 ( cem reais) na poupan&ccedil;a em qualquer banco, no dia 1&deg; de julho de 1994 (data de lan&ccedil;amento do real), teria hoje na conta a fant&aacute;stica quantia de Rs$ 374,00 ( Trezentos e setenta e quatro reais).<br />Se esse mesmo correntista tivesse sacado R$100,00(cem reais) no Cheque Especial, na mesma data , teria hoje uma pequena d&iacute;vida de R$ 139.259,00 ( cento e trinta e nove mil e duzentos e cinquenta e nove reais) no mesmo banco.<br />Ou seja : com R$ 100,00 do Cheque Especial , ele ficaria devendo 9 carros Populares , e com o da poupan&ccedil;a mal conseguiria comprar 2 pneus.<br />N&atilde;o &eacute; a t&ocirc;a que os Bancos Itau, Bradesco, Bco do Brasil. Unibanco,<br />etc, tiveram lucros Fara&ocirc;nicos, cada Bco com sua lucratividade apenas no semestre da pra comprar outro banco.<br />E os juros exorbitantes dos cart&otilde;es de cr&eacute;dito?<br />Visa cobra 10,40% ao m&ecirc;s Creditcard cobra 11,40 ao m&ecirc;s, tamb&eacute;m dobraram sua lucratividade no semestre<br />Em contrapardida a Poupan&ccedil;a ofere&ccedil;e 0,62%ao m&ecirc;s . O presidente mandou voc&ecirc; tirar &quot; O BUMBUM&quot; da cadeira , lembra ????!!!!<br />Detalhe: O Mantega deve apresentar a proposta hoje ao Congresso , querendo mais 04 (quatro anos de prorroga&ccedil;&atilde;o para a cobran&ccedil;a da CPMF(contribui&ccedil;&atilde;o Provis&oacute;ria sobre movimenta&ccedil;&atilde;o financeira. e os Sindicatos por terem recebido polpudas verdas deste gov&ecirc;rno esta apoiando a id&eacute;ia.<br />E mais : o Congresso Nacional acaba de conceder aumento de 28,5% para eles o Presidente da Republica e o Vice Presidente , mas os aposentados tiveram 3% ao ano.<br />O Brasil s&oacute; cresce porque os Brasileiros s&oacute; falam, n&atilde;o fazem !!<br />Vamos obede&ccedil;er ao Sr. Presidente Vamos tirar o BUMBUM da cadeira!!!<br />Vamos protestar contra essa situa&ccedil;&atilde;o!!!!

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  • Dário José Magnani Pranchita - PR 14/08/2007 00:00

    Oi Jo&atilde;o tudo bem? Aqui ta mais dez. Lembra que em fevereiro eu te mandei um e-mail dizendo que eu ia vender o soja a 18 d&oacute;lares? J&aacute; deixei de vender nesse pre&ccedil;o porque esta no meu armaz&eacute;m e vai subir mais porque vai faltar soja no mundo, que nem est&aacute; faltando trigo, pode crer. <br />Quer outra? O mercado acion&aacute;rio est&aacute; procurando um argumento pra cair porque est&aacute; super valorizado e vai achar argumento. Te segure que as a&ccedil;&otilde;es v&atilde;o cair e muito delas est&atilde;o muito valorizadas no mundo inteiro e o mercado quando quer encontrar argumento ele encontra qual quer um &eacute; motivo pra cair ou subir e chegou a vez de cair, e no Brasil essas reservas de d&oacute;lares que temos algo entorno de 160 bilh&otilde;es isso &eacute; troco se a crise chegar. Quer mais? O d&oacute;lar vai a 2,10. Jo&atilde;o um grande abra&ccedil;o do teu amigo e admirador e que Deus te ilumine. <br />

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  • Jesus Adelungue Domingos Poços de Caldas - MG 14/08/2007 00:00

    <p>Como pode uma atividade n&atilde;o produtiva lucrar tanto as custas das atividades PRODUTIVAS, estamos h&aacute; muito tempo transferindo renda sem que ningu&eacute;m fa&ccedil;a alguma coisa , estou apavorado, assustado ao ver a lucratividade do banqueiros a nossas custas veja: Banco Brasil 2,5 bilh&otilde;es, Ita&uacute; 4.016 bilh&otilde;es, Bradesco 4.007 bilh&otilde;es, Unibanco 1.422 bilh&otilde;es , estes s&atilde;o apenas os quatro 1&deg; Bancos sem contar os demais <br />e somente no primeiro semestre, voc&ecirc; pode me dizer quantas loterias seria necess&aacute;rias para conseguir isso? <br />Quando baixa o d&oacute;lar eles vendem ao governo com um lucro fant&aacute;stico quando sobe eles antecipadamente j&aacute; sabem e compram, lucro astron&ocirc;mico, as taxas de servi&ccedil;os s&atilde;o as mais caras do mundo, os juros s&atilde;o os mais caros do mundo, a lucratividade dos Bancos brasileiros supera a dos EEUU, e ningu&eacute;m fala nada, e n&oacute;s agricultores, nem sequer conseguimos uma prorroga&ccedil;&atilde;o satisfat&oacute;ria , pois eles os banqueiros pressionam o Governo, (e n&oacute;s Agricultores produtores, pagamos) at&eacute; quando? <br />Por gentileza fa&ccedil;a seu coment&aacute;rio, pois &eacute; o &uacute;nico canal que podemos falar a verdade sem interfer&ecirc;ncia da m&iacute;dia (comprada) que somente divulga aquilo que interessa aos banqueiros e ao Governo. <br />Na campanha o Sr. Luizinho, dizia vou acabar com esta farra dos banqueiros, e agora Jos&eacute;?</p>

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  • Antônio Tarcízio Rezende Belo Horizonte - MG 14/08/2007 00:00

    Caro Comentarista e jornalista Jo&atilde;o Batista. Grande maioria dos telespectadores do seu progama, sentiram sua falta durante sua mais que merecidas f&eacute;rias. Nesta maioria me incluo h&aacute; muito tempo que n&atilde;o perco seu progama. Seja bem vindo ao Mercado &amp; Cia, estamos felizes, voc&ecirc; sem a menor d&uacute;vida estimula com garra e muita luta a for&ccedil;a do campo. Na sua primeira apresenta&ccedil;&atilde;o ap&oacute;s per&iacute;odo de f&eacute;rias, ouvi mencionar carinhosamente sobre a cidade de Sacramento MG, sinceramente me emocionou n&atilde;o nasci naquela pequena e aconchegante cidade sou nascido na vizinha Conquista. Entretanto tenho um grande carinho tamb&eacute;m pela Sacramento cidade fundada pelos meus anntepassados nos meados do c&eacute;culo XIX dezenove. Possui um museu em homenagem ao seu fundador Vigario Herm&oacute;genes. Tenho amigos por l&aacute; e sempre nas minha ida a fazenda no munic&iacute;pio de Conquista n&atilde;o deixo de passar por Sacramento. Era o que desejava lhe informar. Pela aten&ccedil;&atilde;o meu muito obrigado.

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  • João Fernando Taques castro - PR 14/08/2007 00:00

    Caro joao, vai aí um pedido, para que no seu programa, seja passado aos ouvintes os valores dos prêmios, sendo isto muito importante na formaçao do preço da soja

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  • José Fernando Sanson Pimenta Bueno - RO 13/08/2007 00:00

    Fa&ccedil;amos os seguintes c&aacute;lculos: 1) uma r&ecirc;s gorda para abate (boi ou vaca), tem na pra&ccedil;a de SP, pre&ccedil;o em torno de R$ 60,00 reais por arroba. O que equivale a R$ 900,00 por cabe&ccedil;a, em media -- isso ap&oacute;s 42 meses (da concep&ccedil;&atilde;o ao abate), numa condi&ccedil;&atilde;o &oacute;tima. Dividindo 42 por 900, teremos R$ 21,40 de renda bruta por m&ecirc;s, sem computar o valor da propriedade (exce&ccedil;&atilde;o aos bois do Renan, que d&atilde;o 70% de renda l&iacute;quida). N&oacute;s, os demais mortais, teremos, numa situa&ccedil;&atilde;o muito boa 15% de renda l&iacute;quida, ou seja, R$ 3,21 por m&ecirc;s. Portanto, com um plantel de 1.000 cabe&ccedil;as, teremos uma &ldquo;bela&rdquo; renda l&iacute;quida de 3.210 reais por m&ecirc;s. Gostaria que aparecesse algum especialista que me provasse o contr&aacute;rio.

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  • Polan Lacki Curitiba - PR 13/08/2007 00:00

    O que os agricultores mais reivindicam nem sempre &eacute; o que eles mais necessitam. Se os agricultores me pedissem sugest&otilde;es para resolver seus cr&ocirc;nicos problemas eu lhes diria algo muito diferente do que eles est&atilde;o acostumados a ouvir. Em primeiro lugar lhes recomendaria que n&atilde;o continuem esperando que os problemas da agricultura ser&atilde;o solucionados pelos seus governos atrav&eacute;s de cr&eacute;ditos abundantes e baratos, subs&iacute;dios, redu&ccedil;&atilde;o de impostos e ped&aacute;gios, melhor cota&ccedil;&atilde;o do d&oacute;lar e garantias oficiais de comercializa&ccedil;&atilde;o de suas colheitas; e lhes insinuaria que se o cr&eacute;dito rural fosse t&atilde;o eficaz n&atilde;o ter&iacute;amos tantos agricultores t&atilde;o endividados. Em segundo lugar lhes sugeriria que considerem como muito remotas as probabilidades de que os governos dos paises ricos deixar&atilde;o de subsidiar e proteger os seus agricultores; porque eles t&ecirc;m poderosas raz&otilde;es internas, al&eacute;m de muitos d&oacute;lares, euros e yenes, para continuar fazendo-o. Em terceiro lugar mencionaria que estas duas ajudas externas &agrave;s suas propriedades, embora desejadas, n&atilde;o s&atilde;o t&atilde;o imprescind&iacute;veis como os agricultores imaginam; pois existe uma outra ajuda, ou melhor dizendo, uma auto ajuda, que produz resultados econ&ocirc;micos muito mais eficazes com a vantagem de que n&atilde;o s&atilde;o ef&ecirc;meros nem espor&aacute;dicos e sim permanentes e at&eacute; definitivos. <br /><br />Concluiria as minhas sugest&otilde;es dizendo que eles necessitam tornar-se t&atilde;o eficientes e profissionalizados a ponto de prescindirem das ajudas paternalistas dos seus governos e de serem menos vulner&aacute;veis aos subs&iacute;dios e &agrave;s medidas protecionistas adotados pelos paises ricos. Afirmaria, com extrema honestidade e franqueza, que os pr&oacute;prios produtores rurales ter&atilde;o que solucionar os seus problemas e que dever&atilde;o faz&ecirc;-lo, corrigindo ou eliminando as suas pr&oacute;prias inefici&ecirc;ncias. Diria categoricamente que a globaliza&ccedil;&atilde;o dos mercados (estejamos de acordo com ela ou n&atilde;o) est&aacute; impondo aos nossos agricultores os seguintes desafios, reais e concretos: <br /><br />a. os produtores rurais ineficientes simplesmente n&atilde;o sobreviver&atilde;o na agricultura; e n&atilde;o sobreviveriam mesmo que lhes fossem proporcionadas as duas ajudas externas analisadas no primeiro par&aacute;grafo deste artigo. <br /><br />b. sobreviver&atilde;o economicamente apenas os agricultores muito eficientes. Assim considerados como aqueles que sejam capazes de adotar de maneira correta a maioria das seguintes medidas tecnol&oacute;gico-produtivas, gerenciais, organizacionais e comerciais. <br /><br />---incrementar os rendimentos por unidade de terra e de animal para reduzir os custos por quilo produzido; <br /><br />---diversificar as esp&eacute;cies cultivadas e integr&aacute;-las com a produ&ccedil;&atilde;o pecu&aacute;ria para reduzir a excessiva e as vezes desnecess&aacute;ria depend&ecirc;ncia do cr&eacute;dito rural; e tamb&eacute;m para evitar riscos de pragas, de clima e incertezas de mercado; o milho, o sorgo, a soja, a mandioca e a alfafa que eles colhem nas suas propriedades n&atilde;o deveriam vend&ecirc;-los ao primeiro intermedi&aacute;rio e sim deveriam &quot;vend&ecirc;-los&quot; &agrave;s suas pr&oacute;prias vacas, galinhas, frangos e su&iacute;nos com a finalidade de reduzir os custos das ra&ccedil;&otilde;es balanceadas; <br /><br />---Realizar a reconvers&atilde;o produtiva substituindo esp&eacute;cies menos rent&aacute;veis por outras mais rent&aacute;veis ( diferenciadas, mais sofisticadas ou de maior densidade econ&ocirc;mica ); devido &agrave; globaliza&ccedil;&atilde;o dos mercados &eacute; dif&iacute;cil que um pequeno agricultor possa sobreviver economicamente produzindo mandioca, algod&atilde;o, milho, batata, feij&atilde;o ou arroz; especialmente se os vende tal como os colheu ( sem adicionar valor ) e se o faz ao primeiro intermedi&aacute;rio que lhe compra diretamente na propriedade; <br /><br />---melhorar a qualidade dos bens produzidos e, sempre que poss&iacute;vel, submet&ecirc;-los a um m&iacute;nimo processamento inicial ( limpeza, classifica&ccedil;&atilde;o, secagem/desidrata&ccedil;&atilde;o, fracionamento, etc ) visando obter melhores pre&ccedil;os na comercializa&ccedil;&atilde;o e, especialmente, <br /><br />---organizar-se com os seus vizinhos para realizar em conjunto e com menor intermedia&ccedil;&atilde;o a aquisi&ccedil;&atilde;o dos insumos, a comercializa&ccedil;&atilde;o das colheitas e a realiza&ccedil;&atilde;o daqueles investimentos que, devido ao seu alto custo e baixa freq&uuml;&ecirc;ncia de utiliza&ccedil;&atilde;o, economicamente n&atilde;o se justifica faz&ecirc;-los individualmente.. <br /><br />Infelizmente muitos agricultores, mesmo que quisessem, n&atilde;o poderiam adotar estas medidas &quot;eficientizadoras&quot; do seu neg&oacute;cio agr&iacute;cola porque n&atilde;o foram formados nem capacitados para saber e poder faz&ecirc;-lo. Por esta raz&atilde;o, os produtores rurais dever&atilde;o abandonar definitivamente as ing&ecirc;nuas utopias paternalistas que os mant&eacute;m esperando por humilhantes migalhas governamentais; e, em substitui&ccedil;&atilde;o, dever&atilde;o adotar uma atitude mais construtiva de organizar-se para exigir e participar ativamente na ado&ccedil;ao e implanta&ccedil;&atilde;o de algumas medidas mais concretas, eficazes e definitivas que os emancipem das depend&ecirc;ncias e vulnerabilidades &agrave;s quais est&atilde;o submetidos na atualidade. Entre outras, as descritas a seguir: <br /><br />1. A agricultura brasileira necessita, em car&aacute;ter de prioridade e urg&ecirc;ncia, de algo que os agricultores quase nunca reivindicam: um renovado servi&ccedil;o de assist&ecirc;ncia t&eacute;cnica e/ou extens&atilde;o rural -SATER. Renovado no sentido de que seja &aacute;gil, &quot;desburocratizado&quot;, descentralizado em sus decis&otilde;es e opera&ccedil;&otilde;es, &quot;despolitizado&quot; e, especialmente, muito eficaz na solu&ccedil;&atilde;o dos problemas concretos e cotidianos dos produtores rurais. Com tal fim dever&aacute; ser capaz de manter os seus extensionistas permanentemente no campo e dot&aacute;-los de conhecimentos e habilidades para que tenham real capacidade de ensinar aos agricultores algo t&atilde;o elementar como o seguinte: o que e como os produtores rurais dever&atilde;o fazer para que possam solucionar os seus problemas de maneira mis aut&ocirc;noma ou aut&aacute;rquica. Isto &eacute;, que possam resolv&ecirc;-los sem depender das cada vez mais improv&aacute;veis ajudas dos seus empobrecidos, burocratizados e inoperantes governos. No entanto, para que tal autonomia/emancipa&ccedil;&atilde;o seja poss&iacute;vel, os extensionistas dever&atilde;o estar realmente aptos a ensinar-lhes, em primeiro lugar, a identificar e a utilizar plena e racionalmente os recursos que os produtores rurais realmente possuem e, em segundo lugar, a aplicar de maneira correta tecnologias de baixo custo a fim de que sejam compat&iacute;veis com os esassos recursos que est&atilde;o dispon&iacute;veis nas suas propriedades. Muitos dos atuais extensionistas t&ecirc;m baix&iacute;ssima produtividade porque permanecem burocratizando nos escrit&oacute;rios e nas poucas vezes que v&atilde;o ao campo, difundem &quot;receitas&quot; para cuja ado&ccedil;&atilde;o os agricultores n&atilde;o disp&otilde;em dos &quot;ingredientes&quot; necess&aacute;rios. Este renovado SATER dever&aacute; ser co-financiado pelo Estado e pelos integrantes das cadeias produtivas da agricultura; e dever&aacute; ser administrado por uma organiza&ccedil;&atilde;o privada e sem fins de lucro, pertencente aos pr&oacute;prios integrantes das mencionadas cadeias. Dever&aacute; ser privado e &quot;despolitizado&quot; para que esteja imune &agrave;s mudan&ccedil;as de governos e &agrave;s perniciosas interfer&ecirc;ncias pol&iacute;tico-partid&aacute;rias na designa&ccedil;&atilde;o dos seus dirigentes e na execu&ccedil;&atilde;o dos seus programas. Entretanto, a fim de que este novo servi&ccedil;o seja realmente eficaz ser&aacute; necess&aacute;rio..... <br /><br />2. Capacitar os milhares de profissionais e t&eacute;cnicos em c&igrave;&ecirc;ncias agr&aacute;rias, que est&atilde;o desempregados ou trabalhando com baix&iacute;ssima efici&ecirc;ncia e produtividade, porque n&atilde;o possuem os conhecimentos nem as habilidades necess&aacute;rias para corrigir os erros mais freq&uuml;entes que a maioria dos agricultores normalmente comete. &Eacute; inaceit&aacute;vel que tenhamos tantos extensionistas desempregados ou improdutivos enquanto os produtores rurais n&atilde;o conseguem fazer uma agricultura rent&aacute;vel, exata e coincidentemente, porque lhes faltam os conhecimentos agron&ocirc;micos, zoot&eacute;cnicos e veterin&aacute;rios que os referidos profissionais e t&eacute;cnicos deveriam proporcionar-lhes. Felizmente esta incoer&ecirc;ncia pode ser atenuada, atrav&eacute;s de uma medida emergencial de f&aacute;cil execu&ccedil;&atilde;o e baixo custo, proporcionando-lhes uma capacita&ccedil;&atilde;o eminentemente pr&aacute;tica, a fim de que dominem as t&eacute;cnicas fundamentais de produ&ccedil;&atilde;o, administra&ccedil;&atilde;o rural e comercializa&ccedil;&atilde;o; e tamb&eacute;m os m&eacute;todos e meios de extens&atilde;o rural para que adquiram maior efici&ecirc;ncia na difus&atilde;o das suas recomenda&ccedil;&otilde;es aos agricultores e consigam que eles as adotem de maneira correta. Os capacitadores destes extensionistas dever&atilde;o partir da premissa de que a grande maioria dos produtores rurais disp&otilde;e de recursos financeiros muito limitados para adquirir insumos de alto custo e para realizar investimentos. Devido a estas restri&ccedil;&otilde;es, a capacita&ccedil;&atilde;o dever&aacute; ser gradual ou paulatina, iniciando com aquelas medidas corretivas de baixo custo e m&iacute;nima depend&ecirc;ncia de ajudas externas &agrave;s suas propriedades. Atrav&eacute;s de cursos intensivos com 2 ou 3 meses de dura&ccedil;&atilde;o, eminentemente pr&aacute;ticos, realizados diretamente nas propriedades eficientes, nas comunidades organizadas e nos mercados rurais, e adotando o m&eacute;todo de &quot;ensinar e aprender fazendo&quot;, ser&aacute; poss&iacute;vel transformar profissionais desempregados e improdutivos em extensionistas eficientes e altamente produtivos. Depois que os agentes de extens&atilde;o rural receberem esta capacita&ccedil;&atilde;o gradual, as suas recomenda&ccedil;&otilde;es iniciais ser&atilde;o t&atilde;o elementares e de t&atilde;o baixo custo, que poder&atilde;o ser adotadas por todos os agricultores, por mais escassos que aparentemente sejam os seus recursos produtivos. Estes extensionistas tecnicamente auto-suficientes, devidamente &quot;renovados&quot; e &quot;energizados&quot; dificilmente continuar&atilde;o desempregados porque encontrar&atilde;o muitos empregadores &aacute;vidos de contratar os seus &uacute;teis e produtivos servi&ccedil;os de assessoramento t&eacute;cnico. Entretanto, n&atilde;o &eacute; razo&aacute;vel que o SATER seja obrigado a corrigir, ano ap&oacute;s ano, as inefici&ecirc;ncias de forma&ccedil;&atilde;o das faculdades de ci&ecirc;ncias agr&aacute;rias, tendo que capacitar os profissionais j&aacute; formados em conhecimentos e habilidades que eles deveriam ter adquirido enquanto estavam realizando seus estudos universit&aacute;rios. Por este motivo se recomenda &quot;cortar o mal pela raiz&quot; adotando a sugest&atilde;o descrita no pr&oacute;ximo item. <br /><br />3. Em boa medida o pragmatismo recomendado no item anterior para a capacita&ccedil;&atilde;o dos extensionistas j&aacute; formados, tamb&eacute;m dever&aacute; imperar na forma&ccedil;&atilde;o dos atuais estudantes das faculdades de ci&ecirc;ncias agr&aacute;rias, porque elas est&atilde;o formando profissionais t&atilde;o te&oacute;ricos que, reconhecida e categoricamente, est&atilde;o sendo recha&ccedil;ados pelos empregadores. As mencionadas faculdades devem reconhecer que o elevado desemprego dos seus egressos se deve muit&iacute;ssimo mais &agrave; inadequada oferta dessas institui&ccedil;&otilde;es educativas que &agrave; insuficiente demanda do mercado de trabalho; igualmente devem reconhecer que as oportunidades de emprego nos organismos p&uacute;blicos/estatais s&atilde;o cada vez mais limitadas. Por estas duas raz&otilde;es elas devem formar egressos com um perfil mais criativo, executivo, pragm&aacute;tico e empreendedor pois s&atilde;o estas as &quot;qualidades&quot; que o grande empregador da atualidade ( o setor privado ) deseja encontrar nestes profissionais. Para form&aacute;-los com este perfil, as referidas faculdades dever&atilde;o &quot; desurbanizar-se&quot; e oferecer uma forma&ccedil;&atilde;o mais pr&aacute;tica e com maior viv&ecirc;ncia dos problemas cotidianos que ocorrem nos distintos elos do neg&oacute;cio agr&iacute;cola; conseq&uuml;entemente a forma&ccedil;&atilde;o dos profissionais dever&aacute; ser realizada muito mais nas propriedades, nas comunidades e nos mercados rurais que nas salas de aula, nos computadores e nos laborat&oacute;rios urbanos. Elas devem adotar o m&eacute;todo de &quot;ensinar e aprender fazendo&quot; com a finalidade de estimular a criatividade e a engenhosidade t&atilde;o necess&aacute;rias aos engenheiros; e tamb&eacute;m com o objetivo de desenvolver as suas habilidades manuais que s&atilde;o necess&aacute;rias para a eficiente execu&ccedil;&atilde;o ( e demonstra&ccedil;&atilde;o aos agricultores) das pr&aacute;ticas agron&ocirc;micas, zoot&eacute;cnicas e veterin&aacute;rias. Entretanto, n&atilde;o ser&aacute; suficiente formar e capacitar adequadamente os extensionistas se os seus futuros clientes/usu&aacute;rios/benefici&aacute;rios ( os alunos das escolas fundamentais rurais ) continuarem recebendo uma educa&ccedil;&atilde;o de m&aacute; qualidade e com conte&uacute;dos curriculares inadequados &agrave;s necessidades imperantes na agricultura e nas comunidades rurais; pois o processo de ensino-aprendizagem ser&aacute; realmente eficaz e produtivo quando os extensionistas souberem ensinar e os agricultores souberem aprender. Para que ocorra esta sinergia entre educadores e educandos se requer a ado&ccedil;&atilde;o da medida descrita no pr&oacute;ximo item. <br /><br />4. Efetuar uma profunda modifica&ccedil;&atilde;o nos conte&uacute;dos curriculares das escolas fundamentais rurais. Se elas s&atilde;o rurais dever&atilde;o &quot;agriculturalizar-se&quot; e &quot;ruralizar-se&quot;. Se recomenda extirpar dos seus programas o ensino &quot;decoreba&quot; dos conte&uacute;dos de escassa ou nula relev&acirc;ncia para as necessidades de vida e de trabalho imperantes no campo ( e tamb&eacute;m nos centros urbanos ), como por exemplo: a hist&oacute;ria do Imp&eacute;rio Romano e Bizantino, a hist&oacute;ria de Luis XIV, Luis XV y Luis XVI, os fara&oacute;s e pir&acirc;mides de Egito, os Jardins Suspensos da Babil&ocirc;nia, a hist&oacute;ria da Mesopot&acirc;mia, as guerras de Napole&atilde;o e de outros &quot;her&oacute;is&quot; de pa&iacute;ses long&iacute;nquos, as altitudes do Everest e das Montanhas Rochosas dos EUA, a extens&atilde;o do Rio Nilo, etc. Em vez de ensinar sobre o Rio Nilo estas escolas dever&atilde;o ensinar como proteger as nascentes/vertentes e n&atilde;o contaminar o rio da sua comunidade. Em vez de ensinar sobre os Jardins da Babil&ocirc;nia dever&atilde;o ensinar &agrave;s crian&ccedil;as como instalar hortas caseiras e motiv&aacute;-los a plantar &aacute;rvores frut&iacute;feras nas suas propriedades para melhorar a ingest&atilde;o de vitaminas e sais minerais das sus fam&iacute;lias. Em vez de ensinar sobre os &quot;her&oacute;is&quot; que promoveram guerras em pa&iacute;ses distantes dever&atilde;o ensinar &agrave;s crian&ccedil;as a hist&oacute;ria dos her&oacute;is das suas comunidades que se destacaram como produtores rurais muito eficientes, bons pais e m&atilde;es de fam&iacute;lia que outorgaram uma educa&ccedil;&atilde;o exemplar aos seus filhos, que contribu&iacute;ram ao desenvolvimento da comunidade, etc. As escolas fundamentais rurais dever&atilde;o incluir nos seus curr&iacute;culos conte&uacute;dos utiliz&aacute;veis pelos futuros agricultores e suas fam&iacute;lias, como por exemplo: conceitos e no&ccedil;&otilde;es b&aacute;sicas sobre produ&ccedil;&atilde;o agr&iacute;cola eficiente, administra&ccedil;&atilde;o rural, preven&ccedil;&atilde;o contra perdas pos-colheita, incorpora&ccedil;&atilde;o de valor agregado, organiza&ccedil;&atilde;o das comunidades para comercializar e solucionar em conjunto outros problemas de interesse comum, educa&ccedil;&atilde;o familiar, higiene, preven&ccedil;&atilde;o de enfermidades e cuidados com a sa&uacute;de, produ&ccedil;&atilde;o e uso de ervas medicinais, primeiros socorros em casos de acidentes rurais, intoxica&ccedil;&otilde;es com pesticidas, picadas de serpentes, etc. Igualmente dever&atilde;o form&aacute;-los para que adquiram valores de aplica&ccedil;&atilde;o permanente e universal, como honestidade, disciplina, pontualidade, responsabilidade, desejo de supera&ccedil;&atilde;o para triunfar na vida atrav&eacute;s do trabalho honesto e bem executado, solidariedade e associativismo, cumprimento dos seus deveres como membros da fam&iacute;lia e da comunidade, respeito pelos direitos de terceiros, a pr&aacute;tica da poupan&ccedil;a, do investimento e da previs&atilde;o para a velhice, etc. Estas escolas dever&atilde;o advertir as crian&ccedil;as sobre os riscos e perigos das drogas, do alcoolismo, da viol&ecirc;ncia, da delinq&uuml;&ecirc;ncia, das pr&aacute;ticas sexuais prematuras, imprudentes e irrespons&aacute;veis, etc. Dever&atilde;o proporcionar-lhes uma educa&ccedil;&atilde;o que eleve o ego, a auto confian&ccedil;a e a autoestima dos futuros agricultores, ao demonstrar-lhes o quanto eles s&atilde;o importantes para o desenvolvimento econ&ocirc;mico e social do munic&iacute;pio e do pa&iacute;s; tamb&eacute;m dever&atilde;o demonstrar-lhes que as atividades agr&iacute;colas e pecu&aacute;rias oferecem reais oportunidades de prosperidade econ&ocirc;mica e de realiza&ccedil;&atilde;o pessoal para quem trabalha com dedica&ccedil;&atilde;o, efici&ecirc;ncia, honestidade, coopera&ccedil;&atilde;o e profissionalismo. Sempre que poss&iacute;vel, as suas atividades educativas dever&atilde;o ser realizadas fora das salas de aula, em primeiro lugar para que as crian&ccedil;as conhe&ccedil;am, vejam e vivenciem procedimentos, atividades e comportamentos positivos adotados por outras fam&iacute;lias e propriedades existentes na sua comunidade que possam servir de excelentes exemplos a serem seguidos pelos alunos; e em segundo lugar para que possam aplicar e executar na pr&aacute;tica os conhecimentos te&oacute;ricos e abstratos que est&atilde;o adquirindo na escola. <br /><br />5.Capacitar e adequar a forma&ccedil;&atilde;o dos professores das escolas fundamentais rurais. A reformula&ccedil;&atilde;o dos conte&uacute;dos curriculares e dos m&eacute;todos pedag&oacute;gicos destas escolas exige que os atuais professores rurais tamb&eacute;m sejam capacitados e que as faculdades de educa&ccedil;&atilde;o/pedagogia passem a formar os futuros professores rurais com conhecimentos e viv&ecirc;ncias da realidade agr&iacute;cola e rural. Enquanto esta medida n&atilde;o for adotada os professores simplesmente n&atilde;o saber&atilde;o o que e como dever&atilde;o ensinar &agrave;s crian&ccedil;as rurais. Em outras palavras, &eacute; recomend&aacute;vel adotar com os professores das escolas fundamentais rurais, atuais e futuros, medidas de capacita&ccedil;&atilde;o e forma&ccedil;&atilde;o similares &agrave;s que, nos itens 2 e 3 deste artigo, se prop&otilde;e adotar para os extensionistas agr&iacute;colas, <br /><br />Textos gratuitos que descrevem como levar &aacute; pr&aacute;tica as sugest&otilde;es deste artigo est&atilde;o dispon&iacute;veis nos sites http://www.polanlacki.com.br e http://www.polanlacki.com.br/agroesp

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  • Cláudio Sérgio Pretto Água Boa - MT 08/08/2007 00:00

    Um abraço ao João Batista Olivi e sua equipe, obrigado pela visita ao vale do Araguaia(Canarana, Água Boa, Nova Xavantina e Barra do Garças).<br />

    Volte sempre, será sempre bem vindo.

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  • Guilherme Frederico Lamb Assis - SP 08/08/2007 00:00

    &Eacute; um absurdo esse governo, que nos afeta por todos os lados, ainda por cima manipular, distorcer, confundir e nos roubar... Leiam esta reportagem sobre um caso grav&iacute;ssimo: <br />(publicada na Rural Business): <br /><br />Milho &ndash; Brasil (7/8/2007 14:03:44) - Conab amplia proje&ccedil;&atilde;o de estoques em mais de 90% em 10 meses, iludindo o mercado e pressionando os pre&ccedil;os -- O mercado de commodities agr&iacute;colas opera com uma triste coincid&ecirc;ncia no Brasil: quanto mais o consumo em quest&atilde;o tem seu dom&iacute;nio no mercado interno, maior a manipula&ccedil;&atilde;o para que o quadro de oferta e demanda do pa&iacute;s permane&ccedil;a frouxo, sem qualquer amea&ccedil;a ao abastecimento. <br /><br />Para os analistas de mercado da Rural Business, tal fato &eacute; bastante f&aacute;cil de ser entendido. &ldquo;Basta deixar um pouco a ingenuidade de lado para perceber a realidade dos fatos e a profunda manipula&ccedil;&atilde;o para se manter os pre&ccedil;os os mais achatados poss&iacute;veis aos produtores&rdquo;, diz T&acirc;nia Tozzi. <br /><br />Um caso cl&aacute;ssico est&aacute; no mercado do milho, dominado por poucas empresas e onde tudo se faz para manter os estoques em cen&aacute;rio altista, numa tentativa de se mostrar que h&aacute; grande sobra de mercadoria e nenhum fundamento para qualquer press&atilde;o nos pre&ccedil;os. <br /><br />Para se ter uma id&eacute;ia, nos &uacute;ltimos 10 levantamentos referentes &agrave; safra 2006/07, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) ampliou em 90,5% suas estimativas de estoques finais para o Brasil, contra um aumento de pouco mais de 17% nas proje&ccedil;&otilde;es de produ&ccedil;&atilde;o. &ldquo;E isso tudo indicando hoje um volume de exporta&ccedil;&atilde;o quase 67% maior que o apontado em novembro do ano passado&rdquo;, enfatiza Tozzi. <br /><br />A matem&aacute;tica &eacute; f&aacute;cil: apesar de todo o crescimento na produ&ccedil;&atilde;o de carnes, bem como dos demais setores que dependem do gr&atilde;o para sua subsist&ecirc;ncia, o consumo interno brasileiro continua sendo previsto hoje na casa de 39,50 milh&otilde;es de toneladas, praticamente o mesmo de dois anos atr&aacute;s. Para o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), este consumo j&aacute; estaria no patamar de 41,50 milh&otilde;es de toneladas em 2006/07, devendo chegar a 42 milh&otilde;es na pr&oacute;xima temporada. <br /><br />Em oito anos (1999/00 a 2006/07) o governo brasileiro aponta um crescimento de 60% na produ&ccedil;&atilde;o brasileira de milho, contra um aumento de consumo interno inferior a 15%, o que teria gerado uma amplia&ccedil;&atilde;o de quase 154% nos estoques no per&iacute;odo. <br /><br />Vale destacar que segundo os dados da pr&oacute;pria Conab, a produ&ccedil;&atilde;o de carne de frango, que em 2001 era de 6,567 milh&otilde;es de toneladas, deve dar um salto de quase 50% em 6 anos e fechar 2007 na casa de 9,821 milh&otilde;es de toneladas. Enquanto isso, a produ&ccedil;&atilde;o de ovos deve crescer 63% neste mesmo intervalo; a de carne bovina cerca de 56% e a de carne su&iacute;na outros 8,9%. <br /><br />Atualmente, as proje&ccedil;&otilde;es da Conab indicam que o Brasil finalizar&aacute; a atual safra 2006/07 com estoques de 9,112 milh&otilde;es de toneladas de milho, os maiores de uma s&eacute;rie hist&oacute;rica de 8 anos, enquanto para o USDA estes ficar&atilde;o em 5,370 milh&otilde;es, o que revela uma diferen&ccedil;a de 3,742 milh&otilde;es de toneladas, ou 70%. <br /><br />Para T&acirc;nia Tozzi, a&iacute; vem a pergunta que n&atilde;o quer calar: por que tanta diferen&ccedil;a e o que levaria o produtor nacional a aumentar de tal forma sua produ&ccedil;&atilde;o, sem ter em contrapartida uma amplia&ccedil;&atilde;o de demanda?! <br /><br />Para a analista, todos os dados s&atilde;o colocados de forma a iludir o mercado de que os estoques do gr&atilde;o s&atilde;o enormes e que, portanto, n&atilde;o h&aacute; a menor necessidade do comprador ampliar suas indica&ccedil;&otilde;es de pre&ccedil;os para conseguir o produto. <br /><br />Tozzi lembra que um levantamento realizado pela Rural Business, tendo como base os pr&oacute;prios dados da Secex (Secretaria de Com&eacute;rcio Exterior) provam que em todo o ano de 2000 e praticamente 2005 h&aacute; erros nos dados de exporta&ccedil;&atilde;o, at&eacute; hoje n&atilde;o corrigidos, a fim de que a demanda se mantenha abaixo da realidade, pressionando para cima os estoques. <br /><br />&ldquo;Se pegarmos o volume de faturamento registrado pela Secex em fevereiro de 2000, por exemplo, de US$ 886,86 milh&otilde;es, e dividirmos pelo volume apontado de embarques, na casa de 478,83 toneladas apenas, vemos que o exportador brasileiro conseguiu a fa&ccedil;anha de vender uma tonelada de milho por mais de US$ 1.852, um verdadeiro espet&aacute;culo frente a m&eacute;dia registrada neste ano de 2007, quando mesmo com pre&ccedil;os internacionais muito acima da m&eacute;dia, o setor opera com cota&ccedil;&atilde;o na casa de US$ 162,81 por tonelada&rdquo;, enfatiza Tozzi. <br /><br />&ldquo;&Eacute; um absurdo&rdquo;, diz Tozzi, que enaltece que a &ldquo;Rural Business j&aacute; entrou em contato com a Secex e com a Conab, e at&eacute; mesmo com a CNA (Confedera&ccedil;&atilde;o Nacional de Agricultura e Pecu&aacute;ria do Brasil), que deveria pressionar para que tais dados fossem revistos para n&atilde;o modificarem de forma negativa o quadro de oferta e demanda aos produtores, mas al&eacute;m de nada ter sido feito, sequer recebeu retorno sobre o assunto&rdquo;. <br /><br /><a href="https://www.ruralnetwork.com.br/noticia.asp?numero=146678&amp;secao=3">https://www.ruralnetwork.com.br/noticia.asp?numero=146678&amp;secao=3</a>

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  • Donizete Candido de Figueirdedo Ivaiporã - PR 08/08/2007 00:00

    A situa&ccedil;&atilde;o dos produtores de trigo est&aacute; dif&iacute;cil de engolir. Veja o exemplo: para se adquirir um saco de semente de 50 kg paga-se cerca de 45 reais; mas quando vamos negociar uma saca do nosso produto na cooperativa o pre&ccedil;o pago n&atilde;o ultrapassa a faixa de 26 reais. Por qu&ecirc; essa diferen&ccedil;a t&atilde;o absurda??? Tamb&eacute;m quero deixar claro para o Governo do Brasil que &eacute; grande a indigna&ccedil;&atilde;o do triticultor brasileiro em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; situa&ccedil;&atilde;o do mercado nacional do trigo, devido &agrave;s importa&ccedil;&otilde;es de trigo da Argentina. Na verdade, o Brasil vem se tornando a cada dia uma vergonha... Primeiro o caos a&eacute;reo e, junto, vemos a fal&ecirc;ncia completa da agricultura brasileira -- que &eacute; quem sustenta esse Brasil nas costas e ningu&eacute;m d&aacute; valor. Infelizmente esse &eacute; o nosso governo...

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  • Renato Ferreira Rezende Jatai - GO 07/08/2007 00:00

    &Agrave; reda&ccedil;&atilde;o do Noticias Agr&iacute;colas. Se v&ecirc; falar muito em prorroga&ccedil;&atilde;o da divida dos produtores, sabemos que &eacute; muito dif&iacute;cil a situa&ccedil;&atilde;o. Gostaria de saber em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s revendas, se h&aacute; um estudo do governo para pagamento das d&iacute;vidas dos produtores para com as revendas. Em Jata&iacute;-GO est&atilde;o passando por muitas dificuldades por motivo de grande inadimpl&ecirc;ncia.

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