Fala Produtor - Mensagem

  • Eduardo Lima Porto Porto Alegre - RS 14/12/2018 11:13

    Apesar de não ser especialista na área ambiental, me aventuro a dar um pitaco a título exclusivo de contribuição com os Amigos para construção de argumentos que possam ser úteis nos embates.

    Tenho uma visão um pouco diferente da controvérsia com essas ONG’s. Minha linha de pensamento converge em torno da questão da reciprocidade e uniformidade que deve ser obedecida por todos os signatários desses acordos.

    Hoje, o Brasil tem condições plenas de aderir à qualquer acordo climático e ambiental, mas com uma postura de líder e não de “culpado”.

    Nesse sentido, a abertura de novas áreas, apesar de ser um Direito inquestionável e soberano, não tem lógica econômica e na atual conjuntura de preços internacionais geraria mais prejuízo do que benefício.

    O Dr. Evaristo de Miranda tem absoluto domínio técnico dessa questão, possui equilíbrio e reconhecimento internacional. Um interlocutor desse gabarito precisa ser nomeado para ser o porta-voz, não só do setor, mas do País.

    Ele e outros cientistas da área, com o apoio dos valorosos economistas da nova equipe, possuem capacidade de sobra para posicionarem corretamente o assunto e em benefício para o País. Uma das alternativas seria a de criar um mecanismo de compensação financeira nos moldes obtidos pelo setor de algodão quando conseguiram ser indenizados pelos prejuízos causados pelos americanos.

    Outra coisa, o saudoso Dirceu Gassen me contou certa vez que estava trabalhando num estudo para demonstrar a capacidade da soja no sistema de plantio direto de absorver CO2. Na ótica dele, e pode ser que o tempo da conversa me confunda em algo, haveria um “serviço ambiental” ativo com o cultivo, talvez superior a capacidade de uma floresta. Não sei se houve avanço nesse estudo e nem as eventuais conclusões obtidas. O fato é que temos diversas experiências que precisam ser devidamente coordenadas.

    Façamos como o Bolsonaro que sabiamente remete assuntos de economia mais complexos ao seu Posto Ipiranga.

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    • Carlos Massayuki Sekine Ubiratã - PR

      Já passou da hora do Brasil assumir o protagonismo nessas questões ambientais no mundo. Temos a maior área de florestas do mundo, a maior reserva de água doce do planeta, temos a matriz energética mais diversificada do mundo com 45% de participação de fontes renováveis, fomos pioneiros na utilização do etanol como combustível em larga escala. Temos o maior potencial hidroelétrico do mundo. Nossas matas ciliares são preservadas e temos a maior proporção de plantio direto do mundo.

      É importante que o Brasil assuma esse protagonismo porque é preciso desenvolver soluções inteligentes que contemplem tanto a preservação quanto a geração de riquezas. Meio ambiente é coisa séria, para profissionais e não para ONGs interesseiras nem para entusiastas sem noção que mais atrapalham do que ajudam.

      Quanto à fixação de carbono pela soja, Sr. Eduardo, ambientalistas desonestos nunca se lembram que qualquer plantação fixa carbono enquanto cresce. Só se lembram das emissões.

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