Fala Produtor - Mensagem

  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC 27/02/2015 00:00

    A diferença entre a direita e a esquerda costuma ser caracterizada com chavões do tipo: A direita é contra os pobres e a contra a distribuição de riqueza, a esquerda é a favor dos pobres e a favor da distribuição de riqueza. No entanto se analisamos as políticas que são defendidas pela direita e as que são pela esquerda, facilmente verificamos que na prática as coisas não são bem assim.

    A Petrobrás é um exemplo, em que a esquerda considera a área energética como “estratégica”, vital para o desenvolvimento nacional, o que então justificaria políticas de conteúdo nacional. Ou seja, a política é desconsiderar o fator financeiro e econômico da empresa em favor dos empregos, diretos e indiretos – dessa maneira, argumentam eles, estamos “criando” empregos para o trabalhador brasileiro, sempre desconsiderando que outros trabalhadores brasileiros pagarão mais caro por salários, produtos e serviços, para que o governo possa distribuir benefícios às classes ou individuos que quiser, aumentando seu poder e comprando votos com dinheiro da própria população trabalhadora do setor privado, ou o que é pior, usando esse poder para alimentar a corrupção dentro do governo e das estatais, para aumentar o poder de partidos, como fez o PT. Ou ainda, não levando em consideração custos mais elevados na constituição de novas empresas estatais, em detrimento da contratação direta de empresas privadas a preços menores, a Sete de Lula é um exemplo de exuberante fracasso de política governamental esquerdista.

    Deixando de lado a politica energética, vamos para a política econômica Keinesiana, política eminentemente esquerdista, que consiste basicamente no aumento de consumo, através do uso de políticas monetária e fiscal. A política monetária é, basicamente, liberação de dinheiro ao mercado via empréstimos, e a política fiscal consiste, na política Keinesiana, em aumento de gastos governamentais.

    Aqui abro um parêntesis, para explicar que a política de direita, contrária a essa, é a de diminuição dos gastos do governo e não interferência no mercado, ou ausência de estímulos econômicos e financeiros.

    Existe uma série de políticas econômicas que são conflitantes entre si, e que produzem diferentes resultados, já bem conhecidos pela ciência econômica.

    Como não é meu objetivo apenas explicar as diferenças entre as políticas de direita e esquerda, e explicar seus efeitos exigiria um texto longo demais, paro por aqui, para entrar na questão política propriamente dita.

    A bem da verdade, nem mesmo vou tratar de alguma questão política particular, mas especificamente do comportamento dos políticos diante dos problemas que surgem, seus discursos e idéias.

    O caso da paralisação dos caminhoneiros serve bem a esse propósito, pois é de fácil observação que, políticos que tomam posição a favor do movimento tem como discurso único a cobrança de uma solução por parte do governo, como o governo é socialista, vai tentar solucionar o caso com o uso de uma política socialista. De preferência programas que aumentem o poder e a influencia desse mesmo governo ainda mais no setor do transporte e de forma indireta de todas as empresas do País, já que todas dependem dos nossos motoristas, trabalhadores de um elo vital para toda a economia.

    O discurso de nossos políticos, mesmo os a favor da paralisação, não passa de uma explicação superficial sobre a política adotada pelo governo nos transportes.

    Em nenhum momento ouvimos de nossos representantes que essas políticas estão repletas de falácias e fantasias, e que o dinheiro é injustamente retirado daqueles que o ganharam e injustamente entregue àqueles que fazem lobby por ele. E, efetuando essas transferências o próprio governo se torna rico e poderoso, enquanto a maior parte do País sofre uma queda de produtividade, e há uma diminuição na liberdade das pessoas.

    Exceções são os senadores Aécio Neves, Álvaro Dias, José Serra, Agripino Maia, e seus respectivos grupos políticos que defendem algumas políticas completamente opostas a política adotada pelo PT e sua base aliada, senadores estes que não tem força, apoio, voto, da maioria da FPA e da bancada ruralista.

    Isso em um País em que muitas pessoas são contra o socialismo esquerdista, às vezes até anti-PT, e que sem saber, defendem as mesmas políticas do socialesquerdismo. Muitos por desconhecerem que a direita também possui políticas sociais, e que os resultados de suas aplicações são muito superiores às das outras políticas.

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