Fala Produtor - Mensagem

  • José Cordeiro Santo Ângelo - RS 22/03/2018 09:04

    Chega ser ingênuo esse texto, poético. Que realidade você quer transmutar, ou quem você pretende enganar? Vir com esse papinho de agroquimíco, que isso é benéfico, indispensável, e todos que usam, sabem como usar e proceder! Peraí... que país você vive? Pega os 10 alimentos que compõe a mesa do brasileiro, principalmente hortifruti, todos eles apresentam concentração maior de veneno que o permitido, isso sem contar produtos que são proibidos e ainda assim utilizados, que aliás me lembra outra coisa, o Brasil ainda usa 14 moléculas que são banidas em todo o globo. E essa balela de moléculas modernas e mais eficientes!!! Com o surgimento de daninhas resistentes ao glifosato, o que mais se vê é mistura de venenos e produtos que simplesmente caíram em desuso com a entrada do glifosato e agora são utilizados indiscriminadamente. Ou 2-4 D é molécula nova??? Agente laranja, herbicida hormonal, causador de graves mazelas aos aplicadores. Sem contar toneladas e toneladas de veneno contrabandeado que muitos usam... tive a oportunidade de morar no sul do país e vi, pessoalmente, inumeros agricultores contrabandearem. Benzoato de amamectina, esse nome soa familiar a alguém??? Tem gente usando até hoje. Gente, vocês podem até dobrar uma meia dúzia de desinformado com esse texto de revista caras. Mas defender veneno... sinceramente.. não consigo entender. O modelo de agricultura adotado exige o uso, isso é fato! Mas concordar com esse modelo e defender uso e aplicação de agrotóxico, agroquimico ou veneno, não resolve o problema que o mundo enfrenta hoje. Nossos recursos estão acabando a passos largos e não é trocar 6 por meia dúzia que vai resolver o problema. A questão exige muito mais criatividade que troca de nomenclaturas!

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    • Petter Zanotti Assis - SP

      José Cordeiro, é evidente que você não faz parte do nosso meio rural, muito menos se informa corretamente sobre esse assunto, que por si só gera muita polêmica, muito em função da abordagem errada e distorcida sempre usada pelos ecologistas bancados por nossos concorrentes no mercado mundial: não se iluda... muito do que se fala sobre o 'mal uso' de defensivos no Brasil tem como único objetivo nos trazer dificuldades no comércio mundial. Quer informação confiável e isenta? Consulte o site da Anvisa... Lá você vai verificar que a maior parte de tudo o que escreveu em seu post é 'fake news'! Para se ter uma ideia, no último relatório divulgado pela Anvisa apenas 1,11% das amostras de 25 tipos de alimentos, que compõem 70% de nosso consumo, apresentaram potencial risco agudo, ou seja, poderiam causar agravo à saúde 24 horas após o consumo! Uso indiscriminado de produtos!? Você sabe quanto custa uma aplicação de herbicida? Você acredita mesmo que um agricultor possa fazer uso indiscriminado de produtos que chegam a custar centenas de reais o litro sem ter uma prescrição técnica que garanta sua eficácia? 2,4D é causador de graves mazelas nos aplicadores? De onde tirou isso? A OMS e o IARC já concluíram que ele não é carcinogênico nem mutagênico, além de ter uma meia-vida de 4 a 10 dias... A questão aqui não é defender o uso de defensivos! Muito menos tem a ver com o 'modelo adotado'... Vivemos no maior produtor tropical de alimentos do mundo! E se saímos de importadores de alimentos na década de 70 para o segundo maior exportador de alimentos foi em função da adoção de tecnologias, entre elas os defensivos, que possibilitaram aumentar nossa produtividade 5 vezes além do aumento de área cultivada que experimentamos neste período!

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    • José Cordeiro Santo Ângelo - RS

      Meu caro amigo, concordo com você nas suas colocações. Sei que para se produzir num país tropical os desafios são maiores. Sei dos custos dos produtos, das tecnologias, da falta de apoio do governo, sei de tudo isso, e trabalhei por 5 anos na monsanto implementando a tecnologia Intacta RR2 Pro. Falo com propriedade de causa e de quem esteve de dentro participando das decisões e implantações das plataformas, round up ready plus (nada mais que rotação de princípios ativos) reutilizando princípios já existentes. Pois como sabe pela nossa legislação até aparecer uma molécula nova levaríamos de 10 a 15 anos para que a mesma fosse aprovada. Sem contar que empresa alguma do setor investe recursos para pesquisa e desenvolvimento de novos herbicidas. O que se tem de novo parte da própria monsanto em aplicar um RNA ao glifosato para reverter o processo de resistência desenvolvido pela buva, capim amargoso e azevém, aqui no Brasil. Em pesquisa realizada pela Universidade do Mato Grosso, num universo de 200 gestantes, as 200 apresentaram resíduo de glifosato no leite materno (http://www.ufmt.br/ppgsc/arquivos/857ae0a5ab2be9135cd279c8ad4d4e61.pdf) segue link para verificar a veracidade da informação.

      O que não consigo entender é como vocês saem em defesa dessas empresas, que mais exploram do que trazem benefícios, e desse modelo de agricultura que está arruinando e desequilibrando todos os ecossistemas do planeta. Mas preocupar com isso é ser ecologista, comunista, petista, etc, etc, como muitos gostam de esbravejar ao serem questionados ou simplesmente alertados sobre os moldes de produção que existem hoje e devem ser repensados. As transformações não acontecem da noite para o dia, mas devemos nos preocupar com o futuro, e esse futuro parte de uma consciência mais equilibrada sobre como estamos tratando nosso planeta. Finalizo com uma frase do papa Francisco para que você compreenda meu questionamento, não quero a polêmica, quero realmente que as coisas mudem com o tempo, e tenho feito minha parte pra que isso aconteça.

      ''Os rios não bebem sua própria água; as árvores não comem seus próprios frutos; o sol não brilha para si mesmo; e as flores não espalham sua fragrância para si. Viver para os outros é uma regra da natureza. A vida é boa quando você está feliz, mas a vida é muito melhor quando os outros estão felizes por sua causa.''

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