2013 foi bom para o agronegócio de Santa Catarina
Na última articulação do ano, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) promoveu dois eventos – o Seminário Estadual de Líderes Rurais e a assembleia geral ordinária – na semana passada, em Florianópolis, para aprovação da programação orçamentária para 2014 e avaliação do ano que se encerra.
Presidida por José Zeferino Pedrozo, a assembleia geral da FAESC deliberou sobre dois assuntos. Foi apresentada, discutida e aprovada a previsão orçamentária da Federação para o exercício de 2014 que prevê a receita e fixa a despesa em 1 milhão 832 mil reais. Também foram renovados os termos de cooperação técnica e financeira entre os Sindicatos Rurais e a administração regional de Santa Catarina do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). Essa cooperação permitirá beneficiar mais de 150.000 produtores e trabalhadores rurais através de 5.600 eventos que totalizarão mais de 118.000 horas de atividades. A maior parte dessas ações consistirá de formação profissional rural.
Num balanço do setor, o presidente José Zeferino Pedrozo e os vice-presidentes Enori Barbieri e Nelton Rogério de Souza destacaram que o ano de 2013 pode ser classificado bom para as cadeias produtivas da avicultura, da suinocultura, da pecuária leiteira e dos grãos. Houve equilíbrio entre oferta e demanda no mercado interno, com o consumo mantendo-se nos níveis históricos.
Na área de insumos, 2013 foi um ano tranquilo, ao contrário de 2012, quando o encarecimento dos insumos, colocou em situação de risco a avicultura industrial e a suinocultura industrial brasileira, levando muitas empresas à bancarrota. Em 2013, o custo do milho e do farelo de soja – principais componentes da nutrição animal – retornaram aos níveis habituais e restituíram a viabilidade econômica do setor.
O maior desafio foi manter e ampliar os níveis de exportação, enfrentando as deficiências estruturais e logísticas. O ponto forte foi avançar lentamente em novos mercados e nos mercados tradicionais. As projeções para 2014 são otimistas. Os preços dos grãos devem permanecer estáveis, pois a safra atingirá 196 milhões de toneladas, garantindo suficiente oferta de milho e soja para o suprimento da imensa cadeia produtiva de aves e suínos. Essa condição evitará surpresas, como o superencarecimento dos insumos que ocorreu em 2012.
As exportações de suínos para o Japão, iniciadas com timidez em 2013, devem crescer em 2014, bem como para a China continental. As exportações de frango avançaram para novos mercados, pois é um alimento barato e sem restrições em todo o mundo.
O vice-presidente Nelton de Souza informou que, atendendo pedido da FAESC, o governador Raimundo Colombo determinou que a Epagri elabore os cadastros ambientais para os produtores rurais catarinenses. O cadastro ambiental é uma exigência do Código Florestal Nacional, mas sua elaboração é complexa e muitos produtores rurais não teriam condições de fazê-lo.
Por outro lado, reclamou que a adaptação do Código Florestal Catarinense ao novo Código nacional, iniciada em abril passado, não está avançando na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Essa situação preocupa e prejudica os produtores rurais com aqueles encargos criados pela norma estadual e isentados pela lei federal, como é o caso da averbação da reserva legal.
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