Presidente da Farsul classifica como “argentinização” tentativa de taxação das exportações de soja

A inserção de um artigo na MP 627/2013, pelo relator do projeto na Câmara dos Deputados, deputado Eduardo Cunha, (PMDB-RJ) trouxe insegurança aos produtores rurais do país. O dispositivo, que altera a redação do artigo 29 da lei 12.865/2013, abre brechas para possível taxação, com 9% de PIS/Cofins, das exportações de soja in natura. “São fatores que trazem mais uma vez perturbação ao campo, em um momento de colheita. Isso já havia ocorrido no final do ano passado, quando o governo isentou de TEC (Tarifa Externa Comum) as importações de trigo de fora do Mercosul, trazendo-nos um problema que persiste até hoje, já que temos ainda 1,2 milhão de toneladas estocadas, à espera de preços para exportação. Agora, quando vamos colher a soja, surge essa tentativa de ‘argentinização’, de sobretaxação de nossos produtos”, afirmou o presidente do Sistema Farsul, Carlos Sperotto, referindo-se à política econômica argentina dos últimos anos, que trabalhou com taxação de exportação de produtos primários e levou o país vizinho a uma crise. Sperotto prometeu iniciar diálogo com parlamentares e representantes do governo para evitar a taxação, que acarretaria em redução do preço pago ao produtor.