Soja: Em movimento técnico, mercado recua pelo 3º dia consecutivo
Pelo terceiro dia consecutivo, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam em baixa. As cotações da commodity até tentaram esboçar uma recuperação, porém ampliaram as quedas ao longo das negociações. Por volta das 11h39 (horário de Brasília), as principais posições da oleaginosa apresentavam quedas entre 7,50 e 15 pontos.
O analista de mercado do SIMConsult, Mauricio Correa, as perdas nas cotações da soja são estimuladas por uma realização técnica, mas os preços devem se manter acima do patamar de suporte de US$ 14,50 por bushel. Além disso, o mercado aguarda o novo relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será divulgado nesta sexta-feira (9).
A expectativa dos participantes do mercado é que o departamento norte-americano deva aumentar as projeções para a safra mundial de soja. Os estoques globais também poderão ser revisados para cima, para 79,68 milhões de toneladas. No último boletim, o órgão reporte os estoques mundiais em 69,42 milhões de toneladas e a produção foi estimada em 284,05 milhões de toneladas.
Em contrapartida, as especulações de importação de soja por parte dos EUA também contribuem para pressionar as cotações futuras, segundo informações da agência internacional Bloomberg. Com o produto vindo, principalmente do Brasil e Canadá, os prêmios nos portos norte-americanos acabam ficando mais fracos.
Outro fator que começa a ganhar força no mercado são as previsões climáticas para os EUA. O plantio da oleaginosa foi indicado em 5% da área projetada até o último dia 4 de maio, segundo o USDA. O percentual está acima da média da semana anterior, de 3% e do mesmo período do ano passado, de 2%. E para os próximos dias, as previsões indicam chuvas limitadas e temperaturas mais altas, situação que se confirmada, irá contribuir para o avanço da semeadura.
Apesar da realização de lucros, o analista ressalta que os fundamentos para o mercado da soja ainda são positivos. Frente à escassez do produto no país, a demanda não dá sinais de enfraquecimento, mas esses fatores já são conhecidos pelos participantes do mercado. “Mas o mercado deve melhorar nos próximos dias e pode trabalhar nas máximas próximas de US$ 15,50 por bushel”, ressalta Correa.
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