Pesquisa pretende elevar potencial produtivo das lavouras em MT
Com aproximadamente 70 milhões de toneladas, Mato Grosso é o maior produtor de grãos do país. Só que essa capacidade produtiva pode aumentar ainda mais. É o que propõe uma pesquisa acadêmica que será desenvolvida entre a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) e a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq). O estudo vai identificar e quantificar quais são as causas de Yield-Gap [quebra de produtividade] das lavouras de soja e milho do Estado.
De acordo com o professor, pós-doutor em Modelagem Agrícola e Agrometeorologia, Fabio Marin, da Esalq, a pesquisa vai ajudar no desempenho produtivo. “Queremos ouvir o produtor rural, saber quais práticas e tecnologias são utilizadas na lavoura, bem como os principais entraves no cultivo dos grãos, sobretudo na hora do manejo”, explicou.
Apesar de os índices apontarem que o Estado tem a quarta maior produção de grãos do mundo, o pesquisador afirmou que Mato Grosso ainda não atingiu sua produtividade potencial. “O estudo quer provar que o agricultor pode produzir mais na mesma área, ou seja, no mesmo talhão que produz 50 sacas, poderia chegar a 80, 90 ou até 100 sacas por hectare”.
A metodologia da pesquisa consiste em um questionário online, enviado aos produtores de todas as regiões de Mato Grosso, com perguntas específicas sobre a produção agrícola nas fazendas. Vão ser analisadas as culturas em duas safras diferentes: a soja na colheita de 2019/2020 e 2020/2021; a do milho, na safra de 2020 e 2021.
Segundo a gerente de Defesa Agrícola da Aprosoja, Jerusa Rech, o ideal é que a pesquisa seja realizada com pelo menos 100 produtores de cada região. “Quanto mais dados obtivermos, maior será a base de informações para cruzamento e validação do estudo”, ressaltou.
Com o resultado, será possível conhecer quais práticas proporcionam ganho de produtividade e, consequentemente, maior lucro ao produtor de Mato Grosso. “E a melhor forma para legitimar os dados é alinhar às práticas agrícolas com o embasamento científico. Por isso é importante que o agricultor responda ao questionário com exatidão, sendo fiel ao que acontece na lavoura, para obtenção de uma resposta assertiva”, garantiu Jerusa.
0 comentário
Ibovespa tem oscilação tímida sem sinais do BC sobre queda da Selic
Aprosoja MT reporta atrasos e dificuldades de plantio da soja em Rondonópolis, Juscimeira e Campo Verde
Chinesa Sinograin vende estoques de soja antes da chegada de carga dos EUA
Trump teve várias interações construtivas com Lula sobre comércio, diz representante comercial dos EUA
3tentos inicia processamento de canola em unidade gaúcha e vê expansão da safra
MAPA e MDA recebem representantes da Fetag e Federarroz em Porto Alegre