Milho sobe na B3 e em Chicago nesta 5ª feira, porém, ainda pressionado pela oferta

Publicado em 03/07/2025 17:47
No BR, montanhas de milho a céu aberto são principal preocupação

Logotipo Notícias Agrícolas

O mercado do milho fechou a sessão desta quinta-feira (3) em alta na B3. Os ganhos dos principais vencimentos terminaram o dia variando entre 0,7% e 1,4%, levando o julho a R$ 62,55 e o setembro a R$ 62,65 por saca. O janeiro segue acima dos R$ 70,00 e fechou a sessão com R$ 71,70/saca. 

Os preços subiram em um movimento de ajustes, porém, seguem pressionados pelos fundamentos. "A colheita da safrinha avança, mas os custos logísticos e o real valorizado mantêm o milho brasileiro pouco competitivo. O mercado aguarda os dados de exportação de junho, com expectativa de volume abaixo dos anos anteriores", afirmam os analistas da Agrinvest Commodities. 

Esta menor competitividade e o programa de exportação brasileiro menos intenso agora são refletidos também pelas montanhas de milho a céu aberto que, mais uma vez, se registram pelo Brasil, em especial em Mato Grosso. Com o déficit de armazenagem que chega no país a cerca de 120 milhões de toneladas, há quase que imposta uma necessidad de comercialização pelo produtor brasileiro, que o faz participar do mercado mesmo com a pressão do pico da colheita. 

No mercado físico, os preços do milho no interior do país variam de R$ 39,60 a R$ 63,00 por saca, a depender da região, das condições de pagamento e entrega e do próprio grão. Nos portos, Santos fechou com referência de R$ 64,00 e Paranaguá com R$ 67,00. 

BOLSA DE CHICAGO

Na Bolsa de Chicago, os futuros do cereal também terminaram o dia em alta, porém, perdendo um pouco do fôlego ao longo do dia. O combustível principal para o cereal na CBOT veio da demanda pelo grão norte-americano, com o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trazendo a melhor semana de vendas para exportação do país. 

"Nesta semana, os EUA voltaram a ficar mais competitivos do que o Brasil, dado o atraso da colheita do milho safrinha, real valorizado e custo logístico elevado, reduzindo a competitividade do Brasil na exportação", complementa a Agrinvest. 

Assim, as altas entre os principais vencimentos foram de pouco mais de 2 pontos, levando o julho a US$ 4,32, o setembro a US$ 4,20 e o dezembro a US$ 4,37 por bushel. 

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário