Falta de comprador faz agricultores doarem feijão no PR
O agricultor Ivan Hesser colheu um caminhão de prejuízos: foram dez toneladas de feijão que o agricultor não consegue vender. “Se não acharmos de fazer outra coisa, vamos ter que acabar trocando para criação. Alguma coisa teremos de fazer”, disse.
No Paraná, a estimativa é que a produção da safra das águas seja 11% maior em relação ao ano passado, atingindo 541 mil toneladas. Com produto de sobra no mercado, houve queda nos preços.
Na época do plantio, a saca de 60 quilos custava uma média de R$ 160. Hoje, o produtor não recebe mais do que R$ 40.
“Estão pedindo para segurar para ver o que vai acontecer. O feijão é bom de qualidade e não tem preço, não tem mercado”, explicou o agricultor Amilton Back.
Mesmo com o preço mais baixo está difícil de achar comprador. Por isso, alguns agricultores de Pitanga resolveram doar o feijão. O medo é que o produto estrague e os prejuízos sejam ainda maiores.
“Se for para jogar, a gente doa para a população mais carente”, justificou o agricultor Maurício Stipp.
“Seria interessante que o governo entrasse comprando para que o produtor pudesse vender a safra. Já que principalmente os agricultores familiares não têm condições de armazenar muito tempo esse feijão. O feijão carioca também vai perdendo sua cor e perde comercialização nesse sentido”, alertou Amilcar Marques, técnico agrícola da Emater.
O preço mínimo fixado pela Conab para a saca de 60 quilos de feijão é de R$ 80.
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Telmo Heinen Formosa - GO
Estes plantadores de feijão deveriam se orientar com os horticultores, plantadores de batatinha, alho, cebola e japoneses em geraL etc.. porque estão adotando uma solução derivada desta maldita COMPAIXÃO brasileira em vez da racionalidade. Resquicios dos antepassados europeus que enfrentaram guerras escassez de alimentos. Hoje em dia tem que ser PROFISSIONAL ou vai cair fora do mercado.