Com inveja do Paraguai — MST continua em busca de cadáveres e invade fazenda no Pará; 12 pessoas ficaram feridas
Escrevi ontem que há extremistas no Brasil fascinados com os confrontos entre invasores de terra e policiais, que resultaram na morte de 17 pessoas no Paraguai e podem custar o mandato do presidente Fernando Lugo, que merece perdê-lo por ter sido tolerante com táticas de guerrilha em seu país. Pois bem: militantes do MST decidiram invadir anteontem de manhã a fazenda Cedro, que fica em Eldorado do Carajás, no Pará. No confronto entre invasores e seguranças da propriedade, 12 pessoas ficaram feridas. A Cedro pertence à Agropecuária Santa Bárbara, do grupo Opportunity, de Daniel Dantas.
Reproduzo trecho de reportagem de Guilherme Voitch, no Globo, e volto em seguida:
O MST acusa os seguranças da fazenda de terem atacado os militantes, que faziam um manifestação pacífica, com mais de mil famílias, em frente à sede da propriedade. Os sem-terra protestavam contra o uso abusivo de agrotóxicos. “Fomos recebido com muitos tiros por parte da escolta armada. Há muitos feridos”, declarou o dirigente do MST Charles Trocatte. Depois do ataque, os militantes fecharam a BR-155, km 55, ao lado da fazenda. Durante a tarde, a rodovia foi liberada.
Já a Agropecuária Santa Bárbara, em nota, dá outra versão. Segundo a empresa, cerca de 300 integrantes do MST invadiram a propriedade. “Com muita violência, o grupo, fortemente armado e enfurecido, destruiu parte da propriedade e causou pânico nos funcionários e prestadores de serviços presentes. Os invasores chegaram atirando e destruindo a propriedade, aterrorizando os funcionários — que fugiram desesperados. Eram 300 invasores enfurecidos e apenas seis seguranças para proteger as vidas dos funcionários e de si próprios e à propriedade”, diz a empresa, por meio de nota. De acordo com a Agropecuária, os militantes também estavam armados e a “polícia vai esclarecer” de onde vieram os disparos.
Voltei
Em quem acreditar? É preciso apurar tudo direitinho. O que é certo é que nós vimos ontem, na invasão do estande da CNA, na “Rio+20″, como o MST é pacífico, não é mesmo? Pois bem. Vejam este filme. Volto depois.
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=jEXpkAd6oFo
A fazenda de que trata a reportagem é a Santa Isabel, que também pertence à Agropecuária Santa Bárbara. A propriedade foi destruída em novembro de 2009. Escrevi, então, um post cujo título é MST e o terrorismo oficializado. Infelizmente, a reportagem de Valteno de Oliveira, da Band, pecou só por excesso de otimismo. Os vândalos que invadiram a fazenda Cutrale, por exemplo, a que ele se refere, não foram nem sequer processados. A denúncia foi rejeitada pela Justiça.
Como se nota, o MST continua em busca de cadáveres. Ontem, depois de depredar o estande da CNA, uma líder do movimento chamou a ação de pacífica porque, segundo disse, não houve feridos. Eis a regra: deixe o MST entrar e botar pra quebrar, sem resistência, e tudo termina em paz, como a gente vê no filme acima e nas fotos que encerram este post.
Em 1996, na mesma região de Eldorado do Carajás, no Pará, 19 militantes sem-terra morreram em confronto com a polícia. Eles bloqueavam uma estrada num protesto. A Polícia Militar foi chamada a intervir, e a tragédia se deu. Há 16 anos os extremistas tentam repetir confronto parecido, com as mesmas consequências. O sangue dos inocentes úteis, afinal, serve para irrigar a causa.
Vejam duas fotos de instalações da fazenda Cedro, depois da passagem do MST. Foram publicadas no Estadão de hoje:
Abaixo, imagens da “luta pacífica” do MST na fazenda Santa Isabel, em 2009. Ele não mudaram nem de tática nem de prática.

Um trabalhador que nem é do partido nem é ligado a "movimento social" recebe uma "lição" de militância dos invasores
Post publicado originalmente às 3h48
Por Reinaldo Azevedo
(+ comentários de Reinaldo Azevedo, no www.veja.com.br)
3 comentários
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diogo grosmann Bom Jesus - PI
Isso é oque os sem terra dizem ser uma manifestação pacifica."isso ta mais pra uma tropa de sem vergonha",porque manifestar é um direito de todos, mas destruir o patrimônio alheio é vagabundagem que deveria ser punido severamente pelas autoridades publicas,eu queria ver oque eles iam achar se eu invadisse a casa deles e acabace com tudo que eles levaram uma vida pra construir.porque quem produz um pé de mandioca sabe quanto isso custa e não faz isso com as coisas dos outros.isso ta mais pra uma quadrinha.eu acho isso uma vergonha para nos eles ficarem impunis destruindo nossas coisas.
Elieser de Almeida Maracaju - MS
Concordo plenamente com o Sr Jorge Casarin, e uma vergonha as nossas leis e politicos, e esse povo do MST querem um pedaço de terra pra que. Aqui na nossa região salvo uma minoria, so pegam um lote pra comer as custas do governo e depois vender a maioria não quer trabalhar essa e a verdade.
jorge casarin Santo Ângelo - RS
Falar oque, o PT é o governo e a lei é cega pra bandidagem, só tem lei pro homem de respeito e honesto, infelismente as imagens falam mais que mil palavras é indignante, revoltante, que voltem os militares o botem ordem e respeito neste país ou logo a bandidagem vai tomar conta, e chega de falar.