Bahia terá papel fundamental na segurança alimentar do mundo
Publicado em 27/09/2012 14:48
500 líderes da agropecuária mundial discutiram em São Paulo como aumentar a produção.
“A Bahia, com sua diversidade e potencial de expansão na produção agropecuária terá um papel fundamental na segurança alimentar do mundo” afirmou o secretário da Agricultura da Bahia e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Agricultura (Conseagri), engenheiro agrônomo Eduardo Salles, ao discutir em São Paulo, com mais de 600 líderes mundiais o futuro da agropecuária e o desafio da produção de alimentos. De acordo com ele, o Brasil é o grande celeiro do mundo, atraindo as atenções internacionais e tem potencial para aumentar a produção agropecuária.
Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) revelam que a população mundial crescerá 13% até 2030, passando de sete bilhões para oito bilhões. O número é ainda mais desafiador para as próximas décadas. A previsão é que em 2050 o número de habitantes chegue em 10 bilhões. Com este crescimento, a busca por alimentos se tornaria acirrada e o agronegócio teria um papel fundamental para o desenvolvimento humano.
Investir para aumentar a produção de alimentos, utilizar novas tecnologias e reduzir o impacto do uso excessivo de recursos naturais foram os principais focos do Global Agribusiness Fórum, encerrado nessa quarta-feira (26) em São Paulo. Especialistas e representantes de diversos países elaboraram o documento Consenso do Agronegócio, com temas e propostas discutidas no evento, para planejar o crescimento do agronegócio mundial.
Uma das principais questões discutidas no evento foi a capacidade de produção alimentar, que segundo o presidente do conselho Holding J&F, Henrique Meirelles, não é suficiente para toda a população. “Esse é o principal desafio que temos no agronegócio”, diz Meirelles.
Meirelles afirmou também que o crescimento da população mundial se deve ao fato do aumento da renda per capita das famílias e que o consumo de carne na China chega a quase 85 quilos per capita ao ano, podendo chegar em mais de 110 quilos em até 2030. Ele ressalta também a importância de suprir outras necessidades do ser humano. “Com este crescimento o ser humano também vai precisar de água, terra e energia” explicou Meirelles.
O presidente do Grupo JBS, Wesley Batista, projeta que o Brasil precisa dobrar sua produção até 2030 para poder comportar o crescimento populacional. Uma das avaliações feitas por ele, a comparação entre Brasil e Estados Unidas revela um dado alarmante. “Os Estados Unidos produzem 11,5 milhões de toneladas de carne por ano, enquanto o Brasil tem o dobro do rebanho dos EUA e produz apensas 9 milhões” ressaltou Wesley.
O evento contou com a presença de diversas autoridades como Al Gore, ganhador do Nobel da Paz, ex-vice-presidente dos Estados Unidos e ativista ambiental, Lawrence Summers, ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos, ex-chefe do Conselho de Economia da Casa Branca, e ex-reitor da Harvard University, Bruce Babcock, diretor do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Agricultura da Universidade Estadual de Iowa; John Pearce, especialista mundial em mecanização agrícola; e José Manuel Silva-Rodriguez, diretor da Comissão de Agricultura e Desenvolvimento Rural da União Europeia.
Entre os participantes brasileiros, destaque para Kátia Abreu, senadora (PSD-TO) e presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); Reinhold Stephanes, deputado federal e ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Luis Carlos Correa Carvalho, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag); Mônika Bergamaschi, secretária de Agricultura de São Paulo; Delfim Neto, economista, professor e ex-ministro da Agricultura e da Fazenda; José Goldemberg, físico, especialista em energia, ex-secretário de Ciência e Tecnologia e do Meio Ambiente; Flávio Lucas de Menezes Silva, membro do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, e João Sampaio Filho, presidente do Conselho Superior do Agronegócio (COSAG) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).
Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Sec. Agricultura da BA
0 comentário

Fávaro classifica ação dos EUA como "indecente" e afirma que Brasil está diversificando mercados

CNA divulga nota sobre tarifa anunciada por Trump

Abag: Tarifas adicionais dos EUA para produtos brasileiros

Tarifas dos EUA sobre o BR rompem cadeias importantes do agronegócio global e setores esperam diplomacia do governo brasileiro

Brasil tem poucas saídas para as tarifas de Trump, mas sente menos impacto

Preços do café e do suco de laranja nos EUA podem subir com tarifas de Trump sobre Brasil