Setores de carnes e leite protestam em São Paulo nesta quarta-feira (27) contra decreto do ICMS

Publicado em 27/01/2021 11:58 e atualizado em 27/01/2021 14:01
Categorias tiveram majoração mantida no decreto do governador João Doria, mesmo após ter havido recuo para alguns setores, depois de mobilização do agronegócio

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Na manhã desta quarta-feira (27) representantes dos setores do leite e de carnes, especificamente frigoríficos e cadeia distribuitora (atacado e varejo), fizeram carreata em São Paulo em protesto à manutenção das taxas do ICMS, após decreto do governador do Estado, João Doria, publicado no último dia 15, revisando a taxação. 

 

 

 

A mudança na lei foi feita pelo governador após mobilização do setor do agronegócio paulista, que teve isenções para o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Entretanto, o setor do leite e das carnes ficou de fora deste recuo do Governo do Estado. 

Por volta das 8h da manhã desta quarta-feira (27), conforme informações do sócio-diretor do Frigorífico Cowpig, Renato Sebastiani, cerca de 1260 caminhões saíram de três pontos da cidade de São Paulo (Tamboré, Anhanguera e Pacaembu) com destino ao Palácio dos Bandeirantes e à Secretaria da Fazenda. 

Protesto contra o ICMS 27/01

Antes do dia 15 de janeiro, quando o decreto foi modificado, os frigoríficos de São Paulo tinham débito de 7% na venda para qualquer cliente e como recebiam 7% de crédito outorgado sobre a venda, o imposto a recolher ficava zerado. Após esta data, os frigoríficos paulistas continuaram com o débito de 7% na venda para clientes do regime normal e 13,3% sobre o regime do simples e o crédito outorgado sobre a venda passou para 5,6%. Nesse caso para empresas do regime normal (RPA) o valor de imposto para os frigoríficos paulistas ficou em 1,4% sobre o faturamento e para empresas do SIMPLES ficou em 7,7%.

Para o leite, conforme explica a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP) a carga tributária foi aumentada em diferentes etapas da cadeia produtiva. A saída do produto cru e pasteurizado, que era isenta, passará a ser tributada em 4,14%. O crédito outorgado à indústria na aquisição do leite produzido em São Paulo, instrumento para manter a competitividade do setor que tinha sido reduzido para 9%, foi restabelecido em 12%.

 

O QUE DIZ O GOVERNO DE SP

"Desde o ano passado, o Governo de São Paulo dialoga com o setor sobre a redução de benefícios fiscais. Como resultado destas conversas, em dezembro concedeu o benefício de crédito outorgado para carne e frango. O protesto de hoje é uma manifestação de caráter político, incentivada por setores ligados ao bolsonarismo, que buscam não o diálogo, mas o desgaste do governo paulista.

Em São Paulo os frigoríficos já contam com o benefício de redução de base de cálculo, que faz com que o setor pague imposto muito menor que a alíquota padrão, de 18%. A carga tributária é de 11,2% nas vendas para consumidor final e 7% nas demais vendas dentro do estado, como para açougues e supermercados, por exemplo.

Por determinação do governador João Doria, não haverá redução de benefícios fiscais para produtos da cesta básica de alimentos e de remédios, insumos agropecuários usados na produção de alimentos e para medicamentos genéricos. Foi criada uma força-tarefa das secretarias da Fazenda; Projetos, Orçamento e Gestão; Desenvolvimento Econômico; e Agricultura, que está dedicada para aplicar a determinação do Governador para revogar as mudanças no ICMS de insumos agropecuários para a produção de alimentos e de medicamentos genéricos. Foram feitas as alterações necessárias para acomodar as mudanças nas medidas de redução de benefícios fiscais."

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Tags:
Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Osler Desouzart Sao Paulo - SP

    Traíra (Dória) e ainda tem a coragem de dizer que os protestos são políticos. Nunca mais vai se eleger para nada...

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    • GERALDO JOSE DO AMARAL GENTILE Ibaiti, Parana, Brasil - PR

      Luiz Luiz....tenha um pouco de pena de nós, pobres agricultores da mão calosa do cabo da enxada. Fique uns 3 meses sem nos visitar. Tire férias. Descanse. Não volte. Faça este pequeno favor para a humanidade.

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    • Hilario Bussolaro Cascavel - PR

      Infelizmente falta no nosso governo pessoas mais ligada ao dia a dia da roça aquele que passa a seca a chuva as pedras os ventos os problemas com os bancos 9s seguros as estradas o transporte o armazenamento dos grãos em fim o dia a dia acho que seria muito importante para sanar de vez os problemas que mais atinge o agro no Brasil os grande manda fazer e sempre estão lá no topo mas não olham pra baixo como deve olhar

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    • Augusto dos Santos Morais Caxias - RS

      Sr. Hilário, concordo que deva haver mudança, mas temos que colocar um Militar na agricultura. Um Militar à altura do nosso Ministro da Saúde e do Estadista Bolsonaro.

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