Mato Grosso é diferencial para o Brasil

Publicado em 13/09/2010 07:37
Para o diretor internacional da Pioneer, responsável pela América Latina e África, o brasileiro Daniel Glat, - que recebeu a comitiva mato-grossense na sede da multinacional em Des Moines, Iowa, - Mato Grosso é diferencial para o Brasil, seja pela organização de seus produtores, seja pelo seu potencial produtivo. Porém, ele dá um puxão de orelha: “Enquanto o produtor estiver plantando milho para PEP e Pepro, o endividamento no Estado não terá fim. A ideia de produzir etanol, a partir do milho, já estava caindo de tão madura”.

A decisão de estreitar pesquisas no Estado sobre esta nova fonte energética está em rumo pela Aprosoja/MT. Elogiando a estratégia mato-grossense, Glat reforça a urgência em se produzir o etanol. “Um terço da produção de milho nos Estados Unidos vai pro etanol, para produção de 45 bilhões de litros. Enquanto isso, há um contingente de consumo de 4 bilhões de pessoas na Ásia e de 1 bilhão na África. “A oportunidade está aí”.

Glat lembra que em 2000 a política de subsídios norte-americana atingiu o pico ao ofertar US$ 30 bilhões. Em 2009 passou US$ 10 bilhões. “O norte-americano dá de dez a zero em organização política agrícola. Se hoje eles têm apenas US$ 10 bilhões em subsídios é porque não precisam de mais, porque se precisar de mais, há lobby suficiente para atender ao pleito”.

Para o produtor Dirceu Comiran, de Campos de Júlio, que está desenvolvendo as pesquisas de etanol de milho, essa oportunidade pode ser uma das inúmeras que o produtor brasileiro tem e não usa como forma de reduzir os custos de produção.

O diretor da Aprosoja/MT, Ricardo Arioli, diz que o etanol de milho surge em um momento em que o zoneamento da cana-de-açúcar inibe a expansão de canaviais nas principais regiões produtoras do Estado. CUSTO – Ao contrário do que imagina o senso comum, o custo de produção por hectare plantado é maior nos Estados Unidos quando comparado aos investimentos realizados em Mato Grosso. Levantamento realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) revela que no Estado o custo médio total fica 12% abaixo do verificado em Illinois, R$ 1,07 mil por hectare, contra R$ 1,22 mil, respectivamente. Como explica Arioli, o custo de mão-de-obra pesa muito nos Estados Unidos. “Essa diferença prova nossa eficiência da porteira para dentro e nossa deficiência porta afora”.

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Diário de Cuiabá

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1 comentário

  • Ricardo Barbosa Rio de Janeiro - RJ

    Ótima notícia para os matogrossenses e seus negócios rurais!

    Obrigado!

    Ricardo

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