Garantia de renda é uma das principais preocupações dos arrozeiros gaúchos

Publicado em 18/02/2011 07:27
Com o aumento da produção do grão, a expectativa dos produtores é em relação ao preço.
Se o La Niña deixou o pasto seco e o gado magro, para o arroz os efeitos do fenômeno devem resultar em uma das maiores safras da história. A produtividade da lavoura no Rio Grande do Sul deve saltar de 6,4 toneladas por hectare da safra passada para uma média de 7,5 toneladas por hectare na atual. Com o aumento da produção do grão, a expectativa dos produtores é em relação ao preço.

É hora de virar o jogo e espantar o tempo ruim, acredita o chefe da sessão de política setorial do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Victor Hugo Kayser. Condições mínimas para o escoamento da safra foram anunciadas pelo governo federal e trouxeram relativo alívio ao produtor. A garantia da compra da saca a um preço mínimo de R$ 25,80, a aquisição pela União de 1,78 milhão de toneladas e o prêmio para escoamento do grão são os principais itens.

Na prática, no entanto, as medidas ainda não surtiram efeito. O presidente da Federação das Associações dos Arrozeiros do Estado (Federarroz), Renato Rocha, acrescenta que o segmento precisa de soluções imediatas. Na semana que vem, a diretoria da entidade terá uma reunião no Ministério da Agricultura para tratar do assunto. Entraves burocráticos estariam adiando o início das medidas.

Para o produtor de Uruguaiana Ariovaldo Ceratti, a lei de oferta e procura é paradoxal, e os produtores são castigados justamente quando fazem um bom trabalho – alcançam boa produtividade e têm o grão desvalorizado. É o sentimento que dá o tom da colheita para a maioria dos arrozeiros no Estado, que acreditam na mudança do jogo:

– Faz parte. Temos de fazer o trabalho com dedicação, o alimento tem energia vital e tudo o que é feito de maneira positiva se reflete na qualidade do grão. As medidas podem não ter sido totalmente compensatórias, mas ajudam – diz o produtor de arroz ecobiológico, que deve ter a produtividade em seus 800 hectares 20% maior este ano.

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Fonte:
Zero Hora

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2 comentários

  • Telmo Heinen Formosa - GO

    Meu "caro" José Miguel Duarte Raphaelli, a primeira atitude a ser tomada é fazer uma retumbante manifestação CONTRA o PEP (Arroz), a não ser que seja para exportação. Todo e qualquer outrro PEP prejudica os agricultores. Muitos problemas acontecem por pura ignorância dos agricultores e de suas lideranças. Quando há produto de sobra, só tem uma unica solução. Armazená-lo para o futuro e isto se faz com AGF (Aquisição do Governo Federal). O resto é conversa a não ser que seja, como disse, ajuda para exportação. Fora disso é malversação do dinheiro público, pena que até os promotores não entendam desta matéria, fazer uma denúncia é incômodo na certa!

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  • José Miguel Duarte Raphaelli Tapes - RS

    EM PRIMEIRO LUGAR ACHO PRECEDENTE ESTES ANÚNCIOS DE MEDIDAS PARA AJUDAR A ESCOAR A SAFRA, MAS OS PROBLEMAS SÃO MUITOS, O PEP NÃO CHEGA ATÉ O PRODUTOR, SÃO SOCORRIDOS OUTROS SEGUIMENTOS, QUE NÃO ESTÃO EM CRISE, PREÇO MÍNIMO, É RIDÍCULO BRIGAR POR UM PREÇO QUE NÃO COBRE CUSTOS, POR ENQUANTO É SÓ PAPO FURADO DE LIDERANÇAS QUE FAZEM DESTA DESGRAÇA SETORIAL, PALANQUE DE POLITICAGEM. CADÊ A RENDA PARA PAGAR A CARGA DO PASSADO? SE UM DESTES ENTUSIASMADOS ME PROVAR QUE PAGA CONTAS SEM RENDA, DOU A MÃO À PALMATÓRIA.

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