Lula critica o governo Dilma a interlocutores “dazelite”. O Barba adoraria voltar, mas não vai!
Lula critica o governo Dilma a interlocutores “dazelite”. O Barba adoraria voltar, mas não vai!
O Barba, bem mais jovem, e o seu umbigo: não é de hoje que ele é o centro do mundo
O Apedeuta anda criticando o governo Dilma em conversa com interlocutores. Primeira pergunta: ele quer voltar? A segunda: há a possibilidade de ser ele o candidato do PT? A terceira: as críticas fazem sentido?
Pois é… Vou começar pela mais fácil.. Sim, Lula adoraria voltar. Eu diria até que, intimamente, ele não pensa em outra coisa. Mas sabe que isso é muito difícil — diria mesmo ser impossível hoje. Num cenário de catástrofe, não tenham dúvida de que o salvador da pátria se apresentaria.
Mas isso não está no horizonte. Ademais, Dilma não exibe números espetaculares segundo os institutos de pesquisa, mas é franca favorita à reeleição — e no primeiro turno, segundo os números de hoje. Talvez, lá no fundo do peito, nos seus desejos mais recônditos, mais profundos, o ex-presidente até torcesse para que ela despencasse e se mostrasse uma candidata de alto risco. Mas isso não aconteceu. Botá-la em escanteio seria visto como um gesto truculento e, na verdade, desnecessário.
Então sintetizo agora duas respostas numa só: querer, ah, isso ele quer muito. Mas não pode. Não tem como tirar Dilma do meio do caminho.
Lula virou uma espécie de psicanalista de alguns setores descontentes com o governo. Tem recebido uma verdadeira romaria — inclusive de alguns pesos pesados da economia — que lhe pedem para voltar. Desde José Rainha — um dissidente esquerdista do MST, que agora fundou seu próprio movimento — a alguns pesos pesados do PIB, a romaria dos que vão a Lula é grande.
E ele não se furta ao papel absurdo de presidente paralelo. Ouve as reclamações, tranquiliza o interlocutor, promete providências e, como se nota, deixa vazar críticas à sua sucessora. Lula, como sempre, está descumprindo uma promessa. Tinha anunciado que seria um ex-presidente discreto e silencioso, como nunca antes na história deste país, para usar um bordão seu. E, como nunca antes da história deste país, é um ex-presidente que tem ambição de continuar governando.
O chefão petista considera — a Folha de hoje traz uma reportagem a respeito — o governo Dilma centralizador demais e avalia que ela se afastou dos empresários. Acha a gestão pesada, lenta. Acredita também que a atual equipe econômica já deu o que tinha de dar — vale dizer: Guido Mantega. As suas críticas, afinal de contas, procedem?
Depende. Tomadas as coisas como são, a resposta é “sim”. Mas Dilma faz algo muito diferente, ou deixa de fazer alguma coisa, na comparação com o seu antecessor, o próprio Lula? A resposta é “não”. Então o que foi que mudou? A realidade internacional. Deem a Dilma a mesma economia mundial que Lula tinha, com a China crescendo em ritmo alucinante, com o preço das commodities primárias nas alturas, e ela se sairia melhor. Deem a Dilma um cenário de corrida do dinheiro para os países emergentes para fugir da crise americana e europeia, e ela se sairia melhor. Acontece que esses eventos não vão se repetir.
Dilma está pegando a fase final das “virtudes” do modelo lulista, ancorado no consumo. O déficit de US$ 11,591 bilhões nas contas externas em janeiro começou a ser fabricado no governo Lula. O rombo certo na balança comercial em 2014 — o primeiro em 13 anos — também começou a ser fabricado no lulismo. O papel cada vez mais modesto da indústria no PIB e um déficit de US$ 110 bilhões do setor no ano passado têm a digital indelével de… Lula!
Pergunte-se: que reforma estrutural importante ele encaminhou? O que efetivamente fez pelo investimento em infraestrutura? Em vez de privatizar aeroportos e estradas, por exemplo, passou oito anos demonizando as privatizações por motivos estritamente políticos, por proselitismo ideológico vigarista. A crise da Petrobras, para citar um caso emblemático, é uma das heranças malditas que Lula deixou para a sua sucessora.
O governo Dilma é, sim, a meu juízo, muito ruim — mas não é pior do que era o de Lula. O que mudou de modo importante foi a conjuntura internacional, e o PT não estava preparado para isso.
Encerro apontando a absoluta falta de pudor político de um ex-presidente da República que se dá ao desfrute de manter reuniões com empresários e de fazer vazar as suas críticas, constrangendo a sua sucessora. Ainda que Dilma não se elegesse nem síndica de prédio em 2010 sem o seu apoio, o fato é que ela é a atual presidente da República.
No fim de 2010, Lula afirmou que iria gastar seu tempo como ex-presidente cozinhando coelho em seu sítio, em Ribeirão Pires. Pelo visto, anda mais ocupado alugando a orelha para tubarões.
Por Reinaldo Azevedo
Dilma e as pesquisas: situação confortável com uma Copa do Mundo no meio do caminho
Duas pesquisas vieram a público neste fim de semana: no sábado, a do Ibope, com a avaliação do governo Dilma, e, no domingo, a do Datafolha, com simulações para a disputa presidencial. Dilma tem com o que se preocupar? Alguma preocupação sempre existe porque políticos tendem a gostar da unanimidade, o que é impossível. Antes dos protestos, iniciados em junho, a situação da presidente era, claro!, muito mais confortável, mas ela não foi a única a sofrer uma queda de popularidade.
Dilma não tem por que bater a cabeça na parede, não, embora exista, sim, um motivo de preocupação. Já explico. Não precisa ficar muito tensa porque, hoje, naquele que é o cenário mais provável da eleição, ela venceria no primeiro turno e com folga. Teria 47% dos votos, contra 17% do tucano Aécio Neves e 12% de Eduardo Campos, do PSB. É claro que esses números têm uma importância muito relativa. A presidente está na televisão todo dia; Aécio e Campos são bem menos conhecidos. Em tese ao menos, independentemente da qualidade da propaganda eleitoral, quando a campanha começar, eles têm mais a ganhar com a exposição do que ela (veja quadros, extraídos da edição da Folha).
Mas é evidente que os números para os adversários de Dilma não são bons. Aécio chegou a marcar 21% em outubro do ano passado, passou para 19% em novembro, e agora tem 17%, empatado com brancos e nulos, que chegam a 18%. Campos já chegou a 16%, caiu para 11% e agora está praticamente no mesmo lugar, com 12%. É bem verdade que Dilma, nesse levantamento, tem os mesmos 47% de novembro, mas a diferença é gigantesca.
A presidente vence em todas as simulações, menos em uma, que não vai acontecer. Já chego lá. Nem Marina Silva como a candidata do PSB tiraria de Dilma a vitória no primeiro turno: a presidente marcaria, nesse caso, 43%, contra 23% da ex-senadora — que já chegou a ter 29% em outubro de 2013. Nessa simulação, Aécio ficaria com 15%. Só para constar: em qualquer cenário, Lula também venceria no primeiro turno se fosse o candidato do PT: a sua melhor marca é 54%.
Existiria, hoje, alguma hipótese de haver segundo turno? Sim, mas só num cenário impossível, em que Marina Silva fosse a candidata do PSB, e o ministro Joaquim Barbosa, do STF, entrasse na disputa. Nesse caso, Marina teria 17%; Barbosa, 14%, Aécio, 12%, e Dilma 40% — ou seja, seus adversários somariam 43%. Mas isso é coisa da Carochinha. Não vai acontecer. O candidato do PSB será Campos, e o ministro Joaquim Barbosa vai continuar no Supremo.
Dilma pode, então, nadar de braçada? Não é bem assim. A eleição ainda está longe, e há motivos para alguns cuidados. Segundo pesquisa Ibope, caiu de 43% para 39% os que acham seu governo bom ou ótimo — no Datafolha, são 41%. No Ibope, saltou de 21% em dezembro para 24% agora os que o consideram ruim ou péssimo — no Datafolha, são 21%. Esses números são ainda confortáveis, mas estão muito longe daqueles 57% a 60% de ótimo e bom que ela chegou a ter antes de junho. Tudo indica que não há mais tempo nem motivos para que a presidente recupere aquele patamar que a tornava inatingível. E há o fator Copa, de que falarei agora (veja quadros: o primeiro publicado pelo Estadão, e o segundo, pela Folha).
Copa do Mundo
A Copa do Mundo se transformou na variável do imponderável. Uma coisa é certa: sem ela, a situação de Dilma seria mais confortável. Aliás, quando o Brasil se lançou nessa aventura, ninguém imaginou que pudesse ser uma fonte permanente de dor de cabeça. Ao contrário: Lula apostou no evento como uma espécie de consagração da era petista.
A pesquisa do Ibope aponta, por exemplo, que é muito estreita a margem dos que acham que a Copa trará mais benefícios do que prejuízos: 43% contra 40%. Segundo o levantamento, 58% ainda apoiam a realização do torneio no Brasil, mas amplos 38% pensam que seria melhor que acontecesse em outro país. No Nordeste, o placar é amplamente favorável à realização do evento: 72% a 25%; na região Sudeste, no entanto, é de 49% a 46%.
Ora, as manifestações que hoje rendem dor de cabeça ao Planalto estão ancoradas justamente nos protestos contra o torneio. Ainda que seja uma simplificação, pegou a tese de que a realização da disputa no Brasil consome dinheiro que deveria estar sendo canalizado para serviços públicos precários, como saúde e educação.
O governo terá nas mãos uma operação de risco. Se tudo sair mais ou menos nos conformes, é possível que a grandiosidade do evento acabe mitigando as críticas e o descontentamento. Eventuais escorregões e trapalhadas, por outro lado, servirão para alimentar o sentimento de que a Copa do Mundo implicou um enorme desperdício de dinheiro púbico, sem ganhos para a população. O acontecimento pensado por Lula para ser a apoteose petista é hoje, em suma, a principal fonte de preocupação da candidata Dilma Rousseff. Pode ser a pedra do meio do caminho.
Por Reinaldo Azevedo
Baderna do MST em Brasília foi financiada pelo BNDES e pela Caixa Econômica Federal
Ai, ai… Lá vamos nós. Na sexta-feira, escrevi aqui um post intitulado: “Gilberto Carvalho 1 – Ele planta a baderna, e a Polícia Militar de SP impõe a ordem a pedido do governo federal”. No texto, lembro que Gilberto Carvalho e seus tentáculos no governo sãos os interlocutores e, em certa medida, os organizadores dos chamados “movimentos de sem teto”, entre outros ditos “movimentos sociais”. Em São Paulo, essa gente invadiu um conjunto habitacional do “Minha Casa Minha Vida”, em Itaquera, e a Caixa Econômica Federal recorreu à Justiça para ter de volta os imóveis. O juiz determinou a reintegração de posse, e lá foi a pobre Polícia Militar de São Paulo executar o serviço. A mesma PM que é alvo permanente do subjornalismo pistoleiro, financiado, entre outros, pela… Caixa Econômica Federal!
Muito bem! Meu texto foi publicado na sexta, certo? Nesta segunda, reportagem de Eduardo Bresciani, no Estadão, informa:
“A Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fecharam contratos sem licitação de R$ 200 mil e R$ 350 mil, respectivamente, com entidade ligada ao Movimento dos Sem Terra para evento realizado no 6.º Congresso Nacional do MST. O evento, há duas semanas, terminou em conflito com a Polícia Militar na Praça dos Três Poderes que deixou 32 feridos, sendo 30 policiais. Houve, ainda, uma tentativa de invasão do Supremo Tribunal Federal.”
Retomo
Sim, vocês entenderam direito. A pancadaria na Praça dos Três Poderes, a tentativa de invasão do Supremo e a clara e explícita agressão à Polícia Militar tinham patrocínio: BNDES e Caixa Econômica Federal, aquela mesma que havia entrado com o pedido de reintegração de posse de imóveis invadidos. Em síntese: a CEF promove invasões e recorre à Justiça contra invasões.
Entenderam como funciona a coisa? A CEF financia o vale-tudo do MST, mas recorre à Justiça para ter de volta os imóveis do “Minha Casa Minha Vida” quando a variante urbana do movimento invade o que acha que lhe pertence.
É um acinte e um deboche. Pior: os patrocínios nem são dados diretamente ao MST porque, como vocês devem saber, esse movimento não tem existência legal. Stédile criou associações culturais, cooperativas e grupos de fachada que recebem o dinheiro oficial. É uma estratégia. O MST, então, que não existe legalmente, promove a pancadaria, e essas entidades, que pegam a grana do povo, não podem ser responsabilizadas.
No caso de Brasília, o dinheiro foi dado para uma tal “Associação Brasil Popular” (Abrapo) para a realização de uma certa “Mostra Nacional de Cultura Camponesa” — cultura camponesa, diga-se, que é uma ficção, não existe. Pergunte o que um gaúcho dos pampas tem em comum com um vaqueiro do agreste do Ceará ou de Pernambuco. Nada: em certa medida, nem a língua é a mesma.
Sim, claro!, no dia seguinte à pauleira, Dilma Rousseff recebeu em palácio os líderes do MST, e Gilberto Carvalho participou da solenidade de abertura do seu 6º Congresso.
Por Reinaldo Azevedo
Apoio a protestos cai a seu menor nível desde junho
Caiu brutalmente o apoio da população aos protestos. Nem poderia ser diferente. Aliás, esses que vão às manifestações para promover depredações e arruaça, ainda que digam estar protestando contra o governo, são, na prática, seus maiores aliados. A cada vez que há um confronto violento, Gilberto Carvalho deve fazer uma oração. A violência é um bom modo de manter a população afastada das ruas. Não estou sugerindo, não, que o PT infiltre baderneiros só para provocar confusão. Seria uma burrice fazer isso. É que esses que se dizem ou se comportam como black blocs são primitivos e idiotas demais para entender como funciona a política.
Segundo pesquisa Datafolha, publicada pela Folha nesta segunda, apenas 52% apoiam os protestos. Esse índice chegou a ser de 81% no fim de junho. Por outro lado, saltaram de 15% em junho para 42% agora os que se opõem às manifestações. Quando os eventos são associados à Copa do Mundo, a adesão é ainda menor: 63% são contrários a manifestações durante a disputa, contra 32% que acham que têm mais é de ir para a rua (veja quadro publicado pela Folha).
Sim, os números ainda são preocupantes para um governo que tem a obrigação de garantir a segurança de um acontecimento gigantesco. Como já afirmei aqui, essa é a principal pedra que Dilma tem no meio do caminho.
A pesquisa Datafolha traz um dado interessante: 72% dos entrevistados que têm curso superior dão seu apoio aos protestos, que cai para 37% entre os que só têm o ensino fundamental. Mundo afora, e não é diferente no Brasil, as camadas mais instruídas da sociedade e também as de maior renda tendem a ser mais críticas a governos e suas iniciativas porque lidam com uma massa maior de informações.
Ocorre que, no regime democrático, governos são eleitos pelas maiorias — e ninguém ainda inventou um sistema melhor do que esse. É claro que Dilma se sente um pouco aliviada ao perceber que a rejeição à Copa do Mundo não se alastrou, não ainda, de maneira importante, entre os mais pobres e menos instruídos — que formam, justamente, a maioria do país.
Uma coisa se pode afirmar com absoluta certeza: se os protestos tivessem se conduzido com respeito às regras da ordem democrática, haveria muito mais gente na rua. A entrada em cena dos black blocs e o clima de tolerância com o vale-tudo fizeram em favor da desmobilização das ruas o que os petistas nunca conseguiriam realizar.
Os Marcelos Freixos e seus moleques amestrados são os maiores aliados, hoje, do governo Dilma.
Por Reinaldo Azevedo
Ibope: Aprovação do governo Dilma cai de 43% para 39%
Por Daniel Bramatti e José Roberto de Toledo, no Estadão Online:
A taxa de aprovação ao governo Dilma Rousseff caiu de 43% para 39% desde o início de dezembro, segundo pesquisa Ibope/Estadão feita entre os dias 13 e 17 deste mês. Após a onda de protestos de junho, o porcentual dos que consideram o governo ótimo ou bom caiu de 55% para 31% (julho), subiu para 38% (agosto), oscilou entre 37% e 39%(setembro a novembro), voltou a subir para 43% (dezembro) e agora baixou quatro pontos porcentuais.
O governo tem taxas mais baixas de aprovação entre o eleitorado com menos de 24 anos (35%), escolaridade superior (26%) e renda superior a cinco salários mínimos (34%). Em termos regionais, sua pior avaliação se concentra no Sudeste (33% de ótimo e bom) e no Norte/Centro Oeste (32%).
A aprovação é maior nos segmentos com mais de 55 anos (45%), escolaridade até a quarta série (50%) e renda de até um salário mínimo (49%). No Nordeste, a taxa chega a 51%. O levantamento revelou ainda que 58% da população é a favor da realização da Copa do Mundo no Brasil. Outros 38% são contra. Para 43%, o evento trará mais benefícios que prejuízos para o País, e 40% acham o contrário. O levantamento do Ibope foi feito em 141 municípios. Foram ouvidos 2.002 eleitores.
Como a margem de erro é de dois pontos porcentuais, a aprovação ao governo pode estar entre 37% e 41%. No levantamento anterior, de dezembro, poderia se situar entre 41% e 45%. A chance de a taxa ter sido de 41% na pesquisa anterior e na atual, porém, é de apenas 0,12%, segundo cálculos do Estadão Dados – por isso, pode-se afirmar com segurança que houve queda na avaliação positiva.
Por Reinaldo Azevedo
Banco usado por Maluf faz acordo e pagará US$ 20 milhões à prefeitura e ao governo de SP
Na VEJA.com:
O Deutsche Bank fechou um acordo com a prefeitura de São Paulo e com o Ministério Público Estadual (MPE) para o pagamento de 20 milhões de dólares (cerca de 47 milhões de reais) por ter movimentado valores depositados pelo ex-prefeito Paulo Maluf. As informações são do MPE. A promotoria, a Polícia Federal e a prefeitura tentam resgatar no exterior e no Brasil cerca de 340 milhões de dólares desviados da construção da Avenida Água Espraiada (atual Avenida Jornalista Roberto Marinho) e do Túnel Ayrton Senna.
O objetivo da instituição financeira é, de acordo com os promotores de São Paulo, “evitar qualquer discussão” sobre transações bancárias feitas pela família de Maluf entre 1996 e 2000. Familiares de Maluf teriam movimentado cerca de 200 milhões de dólares em contas de empresas de fachada (offshores) na Ilha de Jersey. Os investigadores constataram que, deste montante, 93 milhões de dólares foram posteriormente investidos na Eucatex, empresa da família Maluf, entre 1997 e 1998.
Dos 20 milhões de dólares, 18 milhões serão depositados no Tesouro Municipal; 1,5 milhão de dólares ficarão com o governo do Estado, e mais 300 mil dólares com o Fundo Estadual de Interesses Difusos. Os 200 mil dólares restantes pagarão custos de processos na Justiça relativos aos desvios nas obras, como perícias e inspeções judiciais.
O acordo prevê que a prefeitura invista os recursos na construção de creches, hospitais, escolas ou parques. A destinação final será definida, porém, pela prefeitura. O acordo deverá ser homologado pelo Conselho Superior do Ministério Público e pela 4ª Vara da Fazenda Pública, órgãos responsáveis pelo trâmite das ações.
Histórico
A Justiça paulista autorizou em 2004, 2009 e 2013 bloqueios que atingem cerca de 2 bilhões de dólares, em contas vinculadas à família Maluf. Em novembro de 2012, duas offshores controladas por filhos de Maluf foram condenados em Jersey a devolver cerca de 28 milhões de dólares à prefeitura – dos quais cerca de 5 milhões de dólares já foram repatriados para os cofres municipais.
Por Reinaldo Azevedo
Rombo nas contas externas: por enquanto, a melhor ideia de Mantega é culpar desaceleração da China e retomada da economia americana
O preço elevado das commodities primárias mascarava os desequilíbrios das contas externas brasileiras, e assim foi por muitos anos. Menos o país estava fazendo a coisa certa do que vivendo do crescimento econômico acelerado de estranhos — refiro-me à China. A crise americana e europeia tornava o país atraente para a entrada de certo capital, que decidiu se mandar.
Muito bem, a balança comercial era que segurava o rombo das contas externas, certo? No ano passado, já não fosse o truque com as plataformas da Petrobras, o Brasil já teria tido um déficit de, no mínimo, US$ 5,5 bilhões. Teria sido o primeiro em 12 anos. Em 2014, é certo como a luz do dia que haverá déficit — a menos que Guido Mantega tenha mais algumas plataformas escondidas no bolso do colete, mas terá de haver muitas… E se terá, então, o primeiro déficit em 13 anos.
Fiquem tranquilos que o governo… Que o governo nada! A turma perdeu a capacidade de ver o que vem pela frente — aliás, nunca teve; nossa sorte eram os outros. “Ah, o Brasil tem reservas a dar com pau…” À diferença dos diamantes, não são eternas. O fato é: hoje, mais saem dólares do que entram — e não é pouca coisa. Por enquanto, o governo Dilma não teve nenhuma ideia melhor do que culpar a desaceleração da China e a retomada do crescimento nos EUA.
Vamos ver o que ela propõe na campanha.
Leiam o que informa a VEJA.com:
Rombo nas contas externas tem novo recorde em janeiro, aponta BC
O Brasil registrou déficit recorde de 11,591 bilhões de dólares nas transações correntes de janeiro, influenciado, sobretudo, pelo fraco desempenho da balança comercial e pelas remessas de lucros e dividendos das empresas — cifra que não foi coberta pelos investimentos estrangeiros diretos (IED). No acumulado em 12 meses encerrados no mês passado, o rombo nas contas externas do país ficou em 3,67% do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central nesta sexta-feira. Economistas já previam elevado saldo negativo — de 11,7 bilhões de dólares. O déficit registrado no mês passado está levemente acima do apurado em janeiro de 2013, que foi de 11,3 bilhões de dólares.
O BC informou ainda que os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) no país somaram 5,098 bilhões de dólares no mês passado, melhor do que o esperado – de 4 bilhões de dólares -, mas insuficientes para cobrir integralmente o saldo negativo do mês.
O déficit nas transações correntes, que abrangem a importação e a exportação de bens e serviços e as transações unilaterais do Brasil com o exterior, foi impactado pelo déficit recorde de 4,058 bilhões de dólares na balança comercial em janeiro.
O BC informou ainda que as remessas de lucros e dividendos somaram 2,499 bilhões de dólares em janeiro, ante 2,068 bilhões em igual mês do ano passado. Pesaram também os gastos líquidos de brasileiros no exterior com viagens, que somaram 1,478 bilhão de dólares, ante 1,603 bilhão de dólares em igual mês do ano passado.
A trajetória das contas externas do país tem se deteriorado de maneira mais intensa desde meados de 2013. Esse fator, aliado à inflação e à deterioração fiscal, constitui a principal razão para a crescente desconfiança do investidor externo em relação ao Brasil. Analisando, sobretudo, as contas externas dos países emergentes, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano), divulgou um relatório há algumas semanas apontando quais países estavam em situação mais vulnerável em relação a possíveis turbulências causadas pela retirada dos estímulos. O Brasil foi citado pelo Fed como um dos mais vulneráveis.
Apesar da saída de capital registrada nos últimos meses (em 2013, o fluxo cambial ficou negativo em 12,261 bilhões de dólares), o BC verifica uma leve retomada da entrada de moeda estrangeira no país. Segundo relatório parcial do fluxo cambial de fevereiro, o BC informa que a entrada de dólares superou a saída em 318 milhões de dólares na primeira quinzena do mês. Os ingressos se deram, diz o BC, pela chamada conta financeira, que registra a entrada de investimentos estrangeiros diretos no país.
Por Reinaldo Azevedo
Pizzolato, que era só um peixe médio do mensalão, um pau-mandado, comprou três imóveis no litoral da Espanha; dois deles avaliados em R$ 3 milhões
Henrique Pizzolato é uma fonte permanente de desmoralização da mitologia inventada pelos petistas sobre o mensalão. Fico imaginando como devem se sentir os bananas que eventualmente tenham colaborado para a vaquinha dos mensaleiros… Por que digo isso? Reportagem da Folha informa que Pizzolato comprou três imóveis na Espanha: dois apartamentos de luxo e um de classe média.
Dois deles ficam no condomínio Urbanización Costa Quebrada, na cidade de Benalmádena, coladinhos ao mar. Foram unidos num só para o conforto de Pizzolato e Andrea, sua mulher. Cada apartamento padrão tem 140 metros quadrados e está estimado em 450 mil euros — R$ 1,5 milhão. Vale dizer: só nessa operação, o mensaleiro foragido gastou R$ 3 milhões. E pensar que José Dirceu, que era o chefe político dele, precisa pedir esmola paga pagar multa! Dá uma peninha, né?
O casal consta na lista de estrangeiros residentes na cidade desde 2010, mas o endereço fica num terceiro apartamento.
Uma coisa ao menos a gente sabe: se for extraditado para o país, ele não precisará fazer vaquinha, né?
Por Reinaldo Azevedo
1 comentário

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Integrante da equipe de transição de Bolsonaro é crítica severa do agronegócio
Maurício Carvalho Pinheiro São Paulo - SP
Pô ! Reinaldo ! Voce parece um tonto como todos os outros colunistas !
1) O PT nunca ganhou uma eleição para presidência no 1º turno ! Apesar dos institutos repetirem à exaustão em todas elas. Só o FHC ! 2) E tinham mais percentuais, por elas, do que agora, muito acima de 50% !! 3) As pesquisas só podem ser fajutas senão vejamos: 3.1 2.000 pessoas representam 0,0010.... % do espaço amostral que é de 190 milhões de brasileiros ! 3.2 Conforme a lei, os municípios a serem pesquisados devem ser sorteados "aleatóriamente" !!! Como pode dar sempre o mesmo resultado ??? 3.3 2.000 pessoas seriam 10% de 20.000 e esse número não valeria para afirmar nada, ainda mais para o país que tem 190 milhões (os 0,001....% lá de cima) 3.4 130 ou 180 municípios, que não são sorteados"alea tóriamente" como se vê, pelos constantes resulta dos das pesquisas encomendadas, são uma paupérri ma amostra que não serve para afirmar nada tam bem. 3.5 Vamos supor que fosse "sorteado aleatoriamente" o municipio de São Paulo; então teríamos 11 milhões de pessoas a serem entrevistadas e esses 2.000 representariam apenas 0,0181818 % ou 1/55 de 1% !!!! E os outros municípios sorteados ?? 3.6 Se sortearmos 141 municípios para entrevistarmos 2.000 pessoas, em média teríamos 14 entrevistas por cada um !! Esses números são risíveis para não dizer "safados". 3.7 Não existe 1 relatório detalhado por município, sequer, registrado ou juntado à pesquisa nos TRE ou TSE de nenhuma pesquisa. Procure ver !!! O Diretor do Datafolha disse sobre uma delas, que pelo modelo dela "não dava para detalhar" !!! Por que é mentirosa ???? 3.8 O que me parece é que os colunistas são analfas em pesquisas e porcentagem ou então são venais. Então pela teoria do absurdo, se um cara eleitor usa a camisa do Corinthians, então êle é petista, adora o safado, vota na Dilma, é pobre e recebe Bolsa Esmola. Fala sério, né !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! amostra, pois o país tem 5.536