Petrolão – A lista de Paulo Roberto: esquema corrupto lotado na Petrobras distribuiu propina durante os governos Lula e Dilma; c

Publicado em 06/09/2014 20:33 e atualizado em 08/09/2014 18:02
Por Reinaldo Azevedo, de veja.com + Ricardo Setti e Rodrigo Constantino

Petrolão – A lista de Paulo Roberto: esquema corrupto lotado na Petrobras distribuiu propina durante os governos Lula e Dilma; compra de Pasadena foi fraudulenta; Lula sabia de tudo. Eduardo Campos era um dos beneficiários. E Dilma? Pois é…

Paulo Roberto conta como funcionava o propinoduto que atuava na Petrobras e dá os nomes

Paulo Roberto conta como funcionava o propinoduto que atuava na Petrobras e dá os nomes

Entre 2004 e 2012, Paulo Roberto Costa foi diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras. Ocupou, portanto, esse cargo, em sete dos oito anos do governo Lula e em quase dois do governo Dilma. Ao longo desse tempo, comandou o que pode ser chamado de “Petrolão” — ou o mensalão da Petrobras. As empreiteiras que faziam negócio com a estatal pagavam propina ao esquema e o dinheiro era repassado a políticos. A quais? Paulo Roberto já entregou à Polícia Federal e ao Ministério Público, num acordo de delação premiada, os nomes de três governadores, de um ministro de estado, de um ex-ministro, de seis senadores, de 25 deputados e de um secretário de finanças de um partido. Segundo o engenheiro, Lula sempre soube de tudo. E, até onde se pode perceber por seu depoimento, talvez a presidente Dilma — que era a chefona da área de energia do governo Lula e presidente do Conselho da Petrobras — não vivesse na ignorância. Paulo Roberto diz que a compra da refinaria de Pasadena foi, sim, fraudulenta e serviu para alimentar o esquema.

Paulo Roberto começou a prestar seu depoimento no dia 29 de agosto. Já gravou 42 horas de conversa. E, tudo indica, está apenas no começo. O Ministério Público Federal e o STF acompanham a operação, já que a denúncia envolve uma penca de autoridades com direito a foro especial. O esquema que ele denuncia é gigantesco. Ainda voltaremos muitas vezes a esse tema. Mas notem como é ridícula toda aquela conversa sobre financiamento público de campanha. Ainda que isso existisse, o mecanismo não serviria para impedir que máquinas criminosas se instalassem em estatais. Se o Brasil quer acabar com boa parte da roubalheira, deve começar privatizando as empresas públicas. Quais? Todas!

VEJA teve acesso a parte do depoimento de Paulo Roberto e traz reportagens exclusivas na edição desta semana, com a lista dos nomes citados por Paulo Roberto. Entre eles, estão cabeças coroadas da política brasileira, como o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, que morreu num acidente aéreo no dia 13 de agosto, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), e Sérgio Cabral, ex-governador do Rio (PMDB). Paulo Roberto acusa ainda Edison Lobão, atual ministro das Minas e Energia, e atinge o coração do Congresso: estão em sua lista os presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

PT, PMDB e PP seriam os três beneficiários do esquema, que teria também como contemplados os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Romero Jucá (PMDB-RR), e os deputados João Pizzolatti (PP-SC) e Candido Vaccarezza (PT-SP), que já havia aparecido como um dos políticos envolvidos com o doleiro Alberto Youssef, que era quem viabilizava as operações de distribuição de dinheiro. Mas há muitos outros, como vocês poderão constatar nas reportagens de VEJA, como Mário Negromonte, ex-ministro das Cidades, do PP da Bahia.

O esquema começou no governo dele, que, segundo Paulo Roberto, sabia de tudo...

O esquema começou no governo dele, que, segundo Paulo Roberto, sabia de tudo…

...e continuou no governo dela. Será que não sabia? O engenheiro está magoado a presidente...

…e continuou no governo dela. Será que não sabia? O engenheiro está magoado com a presidente…

Lula e Dilma não quiseram se pronunciar a respeito. Os demais negam envolvimento com Paulo Roberto. Alves, o presidente da Câmara, chega a dizer ao repudiar a acusação: “A Petrobras é petista”. Que o PT estivesse no centro do esquema, isso parece inegável. Um dos nomes da lista feita pelo engenheiro é João Vaccari Neto, o homem que cuida do dinheiro do PT. É secretário de Finanças do partido. Ele é, vejam a ironia da coisa, o substituto de Delúbio Soares. Não é a primeira vez que seu nome frequenta o rol de envolvidos em escândalos.

Paulo Roberto tem noção da gravidade de suas acusações. Tanto é que, quando ainda hesitava em fazer a delação premiada, cravou a frase: “Se eu falar, não vai ter eleição”.

E por que falou? A interlocutores, ele diz que não quer acabar como Marcos Valério, que ficará por muitos anos na cadeia, enquanto os chefões políticos do mensalão já se preparam para viver dias felizes fora do xadrez. O homem também está muito magoado com a presidente Dilma. Até agora, ele não fez nenhuma acusação direta à candidata do PT à reeleição — Lula não escapou —, mas deixa claro que ela foi, sim, politicamente beneficiada pelo propinoduto, que mantinha feliz a base aliada.

Qual vai ser o desdobramento político disso? Vamos ver. Uma coisa é certa: as revelações de Paulo Roberto atingem em cheio as duas candidatas que lideram a disputa pela Presidência da República: Dilma, por razões óbvias, e Marina, por razões menos óbvias, mas ainda assim evidentes. Ela é a atual candidata do PSB à Presidência. Confirmadas as acusações de Paulo Roberto, é de se supor que o esquema ajudou a financiar as ambições políticas de Campos, de que ela se tornou a herdeira.

A situação de Dilma, obviamente, é mais grave: afinal, ela era a czarina do setor energético, ao qual pertence a Petrobras. Presidia também o seu conselho. Deu um empregão para Nestor Cerveró, o homem que ajudou a viabilizar a compra de Pasadena, que Paulo Roberto agora diz ter sido fraudulenta. O chefão das finanças de seu partido é um dos implicados no esquema.

Paulo Roberto ainda está preso. Ele se comprometeu a abrir mão dos bens que acumulou em razão do esquema fraudulento e a pagar uma multa. As pessoas que atuam na investigação têm agora de confrontar suas informações com outras provas colhidas, com o objetivo de verificar se suas informações são procedentes. Se forem e se ele realmente ajudar a desbaratar um esquema de falcatruas bilionárias, pode até ganhar a liberdade.

A República treme.

Por Reinaldo Azevedo

O QUE ELES DIZEM SOBRE O PETROLÃO 1 – Marina: citação do nome de Campos seria só “ilação”…

Na VEJA.com:
Em campanha em Brumado, cidade baiana a 555 quilômetros ao sul de Salvador, Marina Silva classificou de “ilação” a citação ao ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, morto em 13 de agosto, no depoimento de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras, que aceitou negociar os termos de um acordo de delação premiada com a Justiça.

Segundo Marina, “o fato de haver um investimento da Petrobras em Pernambuco não dá o direito, a quem quer que seja, de colocar Campos na lista dos que cometeram irregularidades” na estatal. “Todo o Brasil aguarda as investigações dos desmandos da Petrobras, que estão ameaçando o futuro da empresa e do pré-sal”, disse Marina. Para ela, o governo deve explicar a má governança na Petrobras, “levando a empresa que foi sempre exitosa e respeitada dentro e fora do Brasil a quase uma total falência.”

Marina ainda ironizou os recentes ataques de Dilma Rousseff (PT), presidente da República e candidata à reeleição, que critica a suposta falta de prioridade que Marina dá à exploração de petróleo. “Quem está ameaçando o pré-sal não somos nós. Vamos manter a exploração no pré-sal e usar os recursos para a saúde e educação. Quem ameaça o pré-sal é a corrupção que está assolando a Petrobras.”

O candidato a vice-presidência na chapa de Marina, Beto Albuquerque, também defendeu Campos das acusações. “Repudio as ilações e a vilania que estão tentando fazer contra Eduardo Campos depois que ele morreu. Quando ele estava vivo, não tinham coragem de enfrentá-lo. Agora, começam a levantar acusações, como se ele pudesse se defender.”

Por meio de comunicado, a assessoria do PSB afirmou que não se manifestará sobre a menção a Campos no depoimento do ex-diretor da Petrobras. Dentro do partido, a avaliação é a de que Paulo Roberto Costa não apresentou provas concretas contra o ex-governador de Pernambuco. “Apenas jogaram no ar o nome de uma pessoa que já morreu, é um absurdo”, comentou um auxiliar.

Até o momento, Costa afirmou que três governadores, seis senadores, um ministro de Estado e pelo menos 25 deputados federais embolsaram ou tiraram proveito de parte do dinheiro roubado dos cofres da Petrobras. Entre os nomes elencados por Costa estão os ex-governadores Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, Campos, de Pernambuco, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, além do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Os nomes das autoridades com foro privilegiado já foram encaminhados ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, responsável por levar o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Por Reinaldo Azevedo

O QUE ELES DIZEM SOBRE O PETROLÃO 2 – Dilma: depoimento de Paulo Roberto Costa é só “especulação”

 Por Felipe Frazão, na VEJA.com:
A presidente-candidata Dilma Rousseff chamou de “especulação” as revelações de distribuição de propina a parlamentares e aliados do governo federal, detalhados com exclusividade na edição de VEJA deste fim de semana. Em ato de campanha em São Paulo, ela afirmou que “tomará as providências cabíveis” sobre o depoimento do ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, que aceitou negociar os termos de um acordo de delação premiada com a Justiça.

“Acredito que precisamos ter dados oficiais dessa questão. A própria revista que anuncia este fato diz que o processo está criptografado, guardado dentro de um cofre e que irá para o Supremo. Eu gostarei de saber direitinho quais são as informações prestadas nessas condições e te asseguro que tomarei as providências cabíveis. Não com base em especulação. Eu quero as informações. Acho que elas são essenciais e são devidas ao governo, porque, caso contrário, a gente não pode tomar medidas efetivas”, disse Dilma.

Até o momento, Costa afirmou que três governadores, seis senadores, um ministro de Estado e pelo menos 25 deputados federais embolsaram ou tiraram proveito de parte do dinheiro roubado dos cofres da Petrobras. Entre os nomes elencados por Costa estão os ex-governadores Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, Eduardo Campos, de Pernambuco, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, além do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Os nomes das autoridades com foro privilegiado já foram encaminhados ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, responsável por levar o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A equipe da campanha de Dilma à reeleição, assim como a de seus principais rivais, Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB), passaram a noite desta sexta-feira discutindo o impacto das denúncias de corrupção. Entre aliados de Dilma, a avaliação é a de que, por envolver aliados diretos do governo federal, parlamentares alinhados ao Palácio do Planalto e até um ministro de Estado, as revelações do ex-diretor da Petrobras causarão danos à campanha da presidente-candidata.

Por Reinaldo Azevedo

O QUE ELES DIZEM SOBRE O PETROLÃO 3 – Aécio: “É mensalão 2″!

Por Laryssa Borges, de Brasília, e Bruna Fasano, na VEJA.com:
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou neste sábado que as revelações de distribuição de propina a parlamentares e aliados do governo federal, detalhados com exclusividade na edição de VEJA deste fim de semana, equivalem a um novo mensalão, até então o maior esquema de corrupção desde a redemocratização. “O Brasil acordou hoje perplexo com as mais graves denúncias de corrupção na nossa história recente. Está aí o mensalão 2. É o governo do PT patrocinando o assalto às nossas empresas públicas para a manutenção do seu projeto de poder”, disse Aécio em um vídeo publicado em seu canal de campanha no YouTube.

Ao participar de ato público na cidade de Presidente Prudente, em São Paulo, Aécio afirmou que a presidente Dilma Rousseff, que já ocupou o Ministério de Minas e Energia e foi presidente do Conselho de Administração da estatal, não pode alegar que desconhece o megaesquema de corrupção na Petrobras. A tese do “eu não sabia” foi utilizada pelo ex-presidente Lula para tentar se desvincular do escândalo do mensalão. “A atual presidente da República controlou com mão de ferro essa empresa ao longo dos últimos 12 anos. Foi ministra de Minas e Energia e presidente do Conselho da Petrobras. Foi ministra da Casa Civil. É inadmissível ela alegar desconhecimento sobre isso, a exemplo do que fez seu antecessor com o mensalão”, declarou o candidato.

“Durante os últimos 9 anos, o mensalão continuou a existir nesse governo. Agora ele é financiado pela principal empresa pública do país, a Petrobras. Poucas vezes na história deste país assistimos a tanta desfaçatez. É algo extremamente vergonhoso”, afirmou ele em Presidente Prudente.

Até o momento, o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou, em um acordo de delação premiada, que três governadores, seis senadores, um ministro de Estado e pelo menos 25 deputados federais embolsaram ou tiraram proveito de parte do dinheiro roubado dos cofres da estatal. Entre os nomes elencados por Costa estão os ex-governadores Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, Eduardo Campos, de Pernambuco, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, além do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Os nomes das autoridades com foro privilegiado já foram encaminhados ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, responsável por levar o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Em vídeo postado na internet, Aécio Neves cobrou investigações profundas sobre o caso. No Congresso Nacional, a oposição vai pressionar por uma convocação extraordinária da CPI mista da Petrobras para analisar as novas denúncias. “É fundamental que essas investigações possam ir ainda mais a fundo para que os verdadeiros responsáveis pelo assalto às empresas brasileiras sejam punidos de forma exemplar. Estamos disputando essas eleições contra um grupo que utiliza dinheiro sujo da corrupção para manter-se no poder. Por isso eu acredito que chegou a hora, de forma definitiva, de darmos um basta nisso e tirarmos o PT do poder”, afirmou Aécio Neves no vídeo em que comenta a reportagem de VEJA.

Além da campanha do tucano, as equipes da petista Dilma Rousseff e da ex-senadora Marina Silva passaram a noite desta sexta-feira em reuniões internas para analisar os efeitos das denúncias de corrupção. Eduardo Campos, citado por Costa, era o cabeça de chapa de Marina Silva antes de morrer em um acidente aéreo no dia 13 de agosto e, por isso, o partido avalia ser inevitável que as acusações respinguem na nova candidata. No bunker petista, o ministro da Comunicação Social, Thomas Traumann, acompanha de perto os desdobramentos do caso e também entre aliados de Dilma a avaliação é a de que, por envolver aliados diretos do governo federal, parlamentares alinhados ao Palácio do Planalto e até um ministro de Estado, as revelações do homem-bomba da Petrobras causará danos à campanha da presidente-candidata.

Por Reinaldo Azevedo

 

PETROLÃO: Escândalo bate forte em Dilma e pode ser grande (e última) chance de Aécio

candidatos a presidente da república

Dilma, que reagiu de forma discreta às revelações, pode sofrer forte impacto negativo; a corrupção na Petrobras pode ser a grande chance de Aécio; Marina não está isenta de problemas (Fotos: VEJA)

COMO A DELAÇÃO DE COSTA IMPACTA A CAMPANHA PRESIDENCIAL

Denúncias atingem o governo em cheio e também podem prejudicar candidatura de Marina Silva. Tucanos veem chance de reação

Por Gabriel Castro, de Brasília, para VEJA.com

As quatro últimas semanas antes do primeiro turno da eleição presidencial devem ser ainda mais movimentadas depois que Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras, firmou um acordo de delação premiada.

Conforme revelou VEJA nesta semana, ele citou os políticos beneficiados pelo esquema de corrupção na estatal em depoimento à Polícia Federal. A investigação sobre o escândalo da Petrobras pode alterar o panorama justamente quando a campanha entrava no momento de consolidação dos votos.

Em acordos de delação premiada, o depoente se compromete a não omitir qualquer informação relevante de que dispuser. E precisa sustentar as acusações que faz. Disso depende o abatimento da pena a que ele será submetido.

Evidentemente, os políticos citados nominalmente por Costa como beneficiários do esquema devem ser os mais afetados: isso inclui o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB), que disputa o governo do Rio Grande do Norte.

Mas a crise se coloca, sobretudo, no caminho da reeleição da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT. Paulo Roberto Costa foi nomeado para o cargo na Petrobras por Lula, em 2004, e ficou no cargo até 2012 – já no governo atual, portanto. Além disso, o tesoureiro do PT, João Vaccari, é citado pelo ex-diretor como uma das pessoas que captaram dinheiro no esquema. Praticamente todos os citados no escândalo são aliados da presidente.

A revelação de detalhes sobre os desvios em escala industrial pode atingir a popularidade de Dilma. Eles são a confirmação de que a crise na Petrobras não é fruto de acidente ou deslize, mas resultado de uma política consciente de loteamento de cargos-chave da administração da companhia.

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Como Paulo Roberto Costa também mencionou o nome do ex-governador Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco e candidato à presidência morto em 13 de agosto, entre os envolvidos no esquema, a campanha de Marina Silva pode ser afetada. No mínimo, a candidata do PSB deve ficar impossibilitada de explorar o caso eleitoralmente.

Ao tucano Aécio Neves, o episódio se desenha como uma oportunidade – talvez a última – de reagir nas pesquisas de intenção de voto. É nisso que os tucanos apostam agora.

Já na manhã deste sábado, os três candidatos demonstraram como pretendem lidar com o caso. Aécio Neves divulgou um vídeo em que chama o episódio de ‘mensalão 2’. Dilma adotou um discurso cauteloso: “Eu gostarei de saber direitinho quais são as informações prestadas nessas condições e te asseguro que tomarei as providências cabíveis”, disse a candidata. Marina Silva tratou de se desvincular do episódio e deve deixar que o partido responda os questionamentos sobre o escândalo.

O professor João Paulo Peixoto, do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília, acredita que o PSDB pode se beneficiar das revelações.

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Petroduto: o novo mensalão do PT

A Petrobras pode atrasar a construção de oleodutos e refinarias, mas não perde tempo na hora de construir um enorme duto para desvio de recursos públicos. A Veja não é odiada pelos que adoram mamatas à toa.

A revista trouxe três “furos” de uma só vez na edição desta semana, que já vem memorável, como diz a Carta ao Leitor, lançando luz onde habitam os seres das sombras. É jornalismo de verdade, independente, investigativo, que cumpre o verdadeiro papel da imprensa livre. Segue um trecho da reportagem de capa:

Petroduto

Ao lado das bombásticas revelações do ex-diretor Paulo Roberto Costa, que mostra como um novo escândalo maior do que o mensalão pode vir à tona, temos a compra de um milionário apartamento na zona sul carioca por uma offshore uruguaia criada apenas para esse intuito, beneficiando o ex-diretor Cerveró, que viveu nos últimos 5 anos no luxuoso endereço de R$ 7,5 milhões.

E temos, ainda, as revelações de uma ameaça feita pelo suposto advogado de grandes empreiteiras envolvidas na máfia montada dentro da estatal, à contadora do doleiro Alberto Youssef, Meire Poza. Ela gravou a conversa e não se deixou intimidar, já tendo pedido proteção policial.

A República treme! Duas testemunhas-chave resolveram abrir a boca e revelar o que sabem. Muitos nomes graúdos estão envolvidos. Foi assim que a Itália conseguiu desinfetar um pouco sua política, tomada pelo crime organizado, pelas famosas máfias. Que o mesmo ocorra no Brasil, pois não suportamos mais esses ratos corroendo nossas instituições!

Em tempo: nunca antes na história deste país o slogan nacionalista “o petróleo é nosso” deixou tão claro a quem, afinal, referia-se o tal do “nosso”. Agora sabemos: não é do povo brasileiro; ele pertence à turma de mafiosos incrustados no estado e liderados, hoje, pelo PT.

Rodrigo Constantino

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Fonte:
Blog Reinaldo Azevedo (VEJA)

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1 comentário

  • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

    Sr. João Olivi, é interessante ver o mundo passar e, ter tempo de matutar sobre as janelas dos acontecimentos.

    O senhor veja este “causo” da PETROBRAS, não é nem mais uma janela, mas uma paisagem, pois os fatos ligados a ela extrapolam qualquer juízo simplório, normal à maioria dos cidadãos brasileiros.

    O meu gene literato, que carrega muitos defeitos, vê o último fato, no caso a delação premiada do meu xará Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal; o primeiro de uma sequência de eventos devastadores e, faz uma analogia.

    Os meteorologistas usam o alfabeto para nominar os furacões ou tufões que se formam no hemisfério Norte, em cada estação climática. Neste hemisfério não temos ocorrências desta natureza, mas, no caso, pode-se nominar o primeiro evento devastador na política brasileira como “Costa” e, o segundo “Youssef”, bem os próximos são incógnitos, vai depender se também vão participar do instrumento de delação.

    No caso do “mensalão”, foram algumas centenas de milhares de reais locupletados; o núcleo político ficou alguns meses, “fechado no xilindró”.

    Neste caso o “banco central da propina”, segundo levantamentos preliminares, lavou uma dezena de bilhares de reais, penso que os “locupletadores” vão ser contemplados com umas férias mais extensas no xilindró.

    AH! NÃO VALE APLICAR O “ESCOBARISMO” * !!

    (*) O narcotraficante colombiano, Pablo Escobar negociou um acordo com o governo colombiano onde ele seria preso por uma sentença de cinco anos. Para cumprir a pena, mandou construir uma luxuosa prisão particular, que foi chamada de “La Catedral”.

    Nada de construção e/ou reforma de penitenciaria para receber “os ilustres”.

    ....”E VAMOS EM FRENTE” ! ! !....

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