Mau desempenho da economia brasileira faz dólar ampliar alta e chegar perto de 2,80 reais

Publicado em 09/02/2015 14:56
em veja.com + Josias de Souza, do UOL

Mau desempenho da economia faz dólar ampliar alta e chegar perto de 2,80 reais

 

 

No exterior, alta do dólar era puxada por preocupações com China e Grécia. Aqui, pelo péssimo desempenho da economia (Foto: Getty Images)

No exterior, alta do dólar era puxada por preocupações com China e Grécia. Aqui, pelo péssimo desempenho da economia (Foto: Getty Images)

Expectativa de crescimento zero para a economia brasileira em 2015 é um dos fatores ligados à forte busca pela moeda americana

De VEJA.com

O dólar dispara frente ao real nesta segunda-feira. Após abrir o pregão em alta de 0,27%, a moeda americana chegou a ser negociada 2,7929 reais na venda, alta de 0,53% no fim da manhã. Por volta de 12h50, ela estava sendo vendida por 2,7914.

Na sexta-feira, o dólar havia fechado a 2,77 reais, maior valor em dez anos, desde 10 de dezembro de 2004.

Internamente, o foco continuava nos riscos crescentes de crescimento negativo da economia brasileira, com inflação alta. A insatisfação com a escolha de Aldemir Bendini para a presidência da Petrobrastambém ajudou a pressionar a busca por dólares, moeda considerada mais segura.

A pesquisa Focus, do Banco Central [que consulta as estimativas de cem instituições do mercado financeiro], trouxe piora nas projeções das instituições para a inflação e para o Produto Interno Bruto (PIB).

Pela primeira vez, a mediana das projeções do mercado financeiro para a atividade brasileira deste ano ficou em zero, ante uma ligeira expansão de 0,03% no levantamento da semana passada. Para 2016, a expectativa de 1,50% foi mantida.

Já a mediana das previsões para o IPCA (inflação) deste ano subiu de 7,01% para 7,15%. Para o final de 2016, a projeção foi mantida em 5,60%.

No exterior, as preocupações eram renovadas com China e Grécia.

O primeiro-ministro grego de esquerda, Alexis Tsipras, insistiu domingo que Atenas não vai pedir uma prorrogação do atual programa de resgate do país aos credores internacionais, mas sim um empréstimo-ponte, podendo deixar as partes envolvidas incapazes de chegar a um acordo de curto prazo, o que trouxe de volta o temor em relação à permanência ou não do país na zona do euro.

[O resgate da Grécia feito pela União Europeia e bancos privados custou mais de 220 bilhões de dólares.]

Na China, a balança comercial registrou superávit recorde em janeiro, mas as exportações caíram 3,3% ante estimativa de alta de 4,0% e as importações recuaram 19,9% ante previsão de queda de 3,3%. [As preocupações com a China, grande motor do mundo, voltam-se para uma expectativa de menor crescimento, o que impactaria fortemente um grande número de países que exportam para o gigante asiático.]

Ações

Na BM&FBovespa, o Ibovespa opera com volatilidade. O principal índice da bolsa de valores brasileira chegou a cair 0,76% (48.423 pontos) no meio da manhã, mas, por volta de 12h50, operava em sua máxima do pregão, alta de 0,51% (49.043 pontos).

(Com Estadão Conteúdo)

 

A vida em Cuba: falta de produtos básicos, salários miseráveis, casas apodrecendo — e vigilância constante sobre as pessoas

(Foto: Mises.org.br)

Em Havana, os cidadãos cubanos são observados por câmeras a todo momento para que não façam nada que possa melhorar suas condições de vida. Boa parte das casas está em decomposição, caindo aos pedaços  (Foto: Mises.org.br)

RUM COM COCA-COLA — RELATOS DE UMA VIAGEM A CUBA

Artigo de Paulo Moura*

Em 1924, Trotsky e Stalin divergiram sobre os destinos da Revolução Russa. Trotsky defendia a necessidade de implantar o socialismo em todo o mundo. Stalin defendia a viabilidade do socialismo num só país.

A Rússia vivia as dificuldades dos primeiros anos da revolução. Para estimular a economia, Lenin defendeu “dar um passo atrás para, depois, dar dois passos à frente”. A Nova Política Econômica (NEP) restabeleceu a livre inciativa e a pequena propriedade para estimular o crescimento da economia para, depois, “avançar” com a estatização total.

Com o fim da URSS, que importava açúcar a preços superiores aos de mercado (hoje, Cuba importa açúcar), os cubanos enfrentaram tempos difíceis. O regime rendeu-se à “NEP” de forma envergonhada. Por isso, a escassez reina. Charutos, rum e turismo é o que Cuba vende. E agora, acabou-se o petróleo venezuelano grátis. A esperança vem dos EUA.

O Estado emprega 7 milhões de “oficiales” num país de 11 milhões de habitantes. Mesmo nas empresas mistas (51% do governo e 49% do investidor), os funcionários são públicos. O salário, em pesos, dura uma semana para compras nos armazéns do Estado.

Um cubano precisa de vinte e cinco pesos para comprar um CUC (peso conversível equivalente ao Euro). Os trabalhadores do tabaco recebem parte do salário em folhas de fumo. Fabricam charutos piratas para vender aos turistas alegando serem produto de cooperativas. Agricultores e pescadores desviam produtos para vender em CUCs no mercado paralelo.

Uma obra exequível em um ano de trabalho consome até cinco anos sob essas condições. Todos fazem corpo mole e precisam sair às ruas a partir das 14h para trabalhos autônomos pagos em CUCs, caso contrário falta o que comer. Quem não consegue passa fome e pede comida, roupas e sabonete aos turistas.

Os serviços aos turistas são os mais rentáveis. Ao sair dos hotéis, você é abordado por pessoas que indicam restaurantes. Esse serviço é pago em comida pelos donos dos “paladares” (restaurantes familiares, antes clandestinos e agora legalizados). O nome tem origem numa novela, na qual o personagem de Regina Duarte tinha um restaurante chamado “Paladar”.

Os táxis são “ótimo” negócio. Há táxis “rentados” ao Estado e táxis privados. Quem arrenda o carro paga vinte e sete CUCs por dia ao governo. Mas o governo proíbe o taxista privado de fazer ponto. Se for flagrado (há câmeras por toda Havana) “parqueado” em frente aos hotéis, o taxista paga quinhentos CUCs de multa. “Esses caras dão um passo adiante e dois para trás”, ironizou nosso taxista, lembrando Lenin.

O governo cobra dez por cento ao ano de imposto desses capitalistas. Não há taxímetro ou caixa registradora nos restaurantes, pequenos mercados, bancas de artesanato ou salões de beleza. O leão socialista define uma média do que imagina ser o faturamento do pagador de impostos. Se for “subdeclarante”, o empreendedor cubano conhecerá suas garras. Todos pagam um pouco mais do que a média oficial.

Não se veem cubanos obesos em Havana. O povo está acostumado a comer pouco e a passar muitas horas sem comer. Pagamos almoço a um taxista. Arroz, feijão, salada; peixe, frango ou porco e um refrigerante. Carne de vaca não há. Um legítimo PF por quinze CUCs. “Com essa refeição posso passar três dias sem almoçar”, disse ele.

Nos resorts de Varadero há cubanos “bem nutridos”. Os funcionários fazem as refeições nos hotéis. Maquiagem, roupas e calçados de melhor qualidade doados pelos turistas fazem a diferença visual entre cubanos de Havana e Varadero. Cubanos de Havana não podem se mudar para Varadero para comer e vestir melhor. O governo não deixa. Somente moradores próximos podem trabalhar nos hotéis.

O povo cubano vive amontoado em casas em decomposição. Três gerações sob o mesmo teto. Caminhões pipa abastecem suas caixas d’água. Água também é produto escasso.

Os táxis são inacessíveis para quem não ganha em CUCs. Os cubanos vivem na rua e nas praças e só vão para casa dormir. Caminham muito pela cidade pois o transporte coletivo é precário, escasso e lotado. Em Havana, são ônibus velhos. Fora de Havana, o transporte faz-se em caçambas de caminhões com bancos de madeira e cobertos com lona.

*Paulo Moura, professor universitário, é cientista social, consultor de comunicação e marketing político em campanhas eleitorais e analista político e de pesquisas de opinião e de mercado

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Voando alto

A casa do operador

A casa do operador

Zwi Skornicki, o operador do estaleiro sul-coreano Keppel Fels, como lembrou Elio Gaspari ontem, guarda uma extensa memória do setor e de suas relações com a Petrobras.

Zwi começou sua carreira como engenheiro na Odebrecht e voou alto. É dono de umaparadisíaca casa em Angra dos Reis de dezenove quartos. Para chegar até a casa, usa seu próprio helicóptero.

Que tal?

Que tal?

Por Lauro Jardim

Exemplo de gentileza

Neri:

Neri: “a pedido”, não

A gentileza não é o forte da turma que habita o Palácio do Planalto.

Marcelo Neri, que na semana passada perdeu o seu cargo de ministro para Mangabeira Unger,  foi protagonista de uma “retificação” incomum que o governo mandou fazer no Diário Oficial da União de sexta-feira passada.

Diz o DOU:

- No decreto de exoneração de Marcelo Neri do cargo de Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, onde se lê: “exonerar, a pedido,”, leia-se: “exonerar”.

“Exonerar a pedido”, como até os tijolos do Palácio do Planalto sabem. é uma maneira gentil de o governo dizer que o servidor precisa sair. Mandar retificar a exoneração de um ministro que nunca criou problemas para o governo é inusitado.

Por Lauro Jardim

 

Lula insinuou durante festa do PT que julgamento do petrolão será político (por Josias de Souza, do UOL)

Em sua primeira manifestação pública sobre a Operação Lava Jato, Lula comparou o petrolão ao mensalão. Fez isso para insinuar que o novo escândalo terá um julgamento político. “Estamos assistindo à repetição de um filme com final conhecido”, disse ele na festa de 35 anos do PT.

Eis o roteiro do filme que Lula antevê: “Pessoas são acusadas por meio da imprensa, com base em vazamentos seletivos de uma investigação à qual somente alguns têm acesso. Não há contraditório, não há direito de defesa. E quando o caso chegar às instâncias finais da Justiça, certamente o julgamento já foi feito pela imprensa, os condenados já foram punidos. Restará apenas executar a sentença, como nós já vimos nesse país.”

Em abril de 2014, numa entrevista à emissora portuguesa RTP, Lula afirmara que o julgamento do mensalão pelo STF “teve praticamente 80% de decisão política e 20% de decisões jurídicas.” Acrescentara que “não houve mensalão” e que “o processo foi um massacre que visava destruir o PT.”

Lula fez a analogia entre os dois escândalos que enodoam a Era petista num discurso escrito. Ao explicar à plateia que o ouvia num auditório de Belo Horizonte por que desistira de falar de improviso, o morubixaba do PT desancou a Polícia Federal e saiu em defesa do tesoureiro do PT João Vaccari Neto, que havia sido recolhido em casa na véspera, para prestar depoimento.

“Não tenho por hábito ler discurso num encontro do PT”, disse Lula. “Mas eu ontem fiquei indignado. Então, tomei muito cuidado para não repassar aqui, nessa festa de 35 anos, a indignação. Seria muito mais simples a Polícia Federal ter convidado nosso tesoureiro para se apresentar do que ir buscá-lo em casa.” Lula se absteve de recordar que os agentes federais foram à residência de Vaccari por ordem da Justiça. Executavam um mandado judicial de condução coercitiva do investigado.

Lula reiterou a comparação entre os escândalos: “Estão repetindo o mesmo ritual que eu vejo nesse Brasil desde 2005, quando começaram as denúncias que eles chamaram de mensalão. Toda quinta-feira começam a sair boatos. Na sexta-feira sai a denúncia, é publicado pelas revistas. Sai na televisão no sábado. No domingo, o massacre pela imprensa. E na segunda-feira começa um outro assunto, para na outra semana começar tudo outra vez. É um ritual. Está se repetindo.”

De fato, repete-se agora um filme velho, uma ficção estrelada por Lula. Tem um enredo fantástico, rodado num país imaginário. Um enredo bem brasileiro. Nele, um gigantesco caso de corrupção é sucedido por outro muito maior. Os suspeitos são sempre operadores amigos, correlegionários petistas, aliados políticos e servidores nomeados sob Lula. Que “não sabia de nada”. Em vez de condenar os assaltos, o ficcionista ataca os investigadores, os procuradores, os repórteres e os magistrados que ousam desvirtuar sua fábula.

Para Lula, “o critério adotado pela mídia brasileira é o da criminalização do Partido dos Trabalhadores, desde que nós chegamos no poder. Eles trabalham com a convicção de que é preciso criminalizar o nosso partido. Não importa que seja verdade ou não. O que interessa é a construção da versão, para se construir uma narrativa. Então, eu pensei: se eu for falar tudo o que eu penso, vai ser muito ruim, porque vai parecer que eu estou aqui falando com o fígado. E eu não quero prejudicar o meu fígado aos 66 anos de idade.”

Ao falar sobre a Petrobras, Lula acionou o fígado quase septuagenário para borrifar bílis na oposição. “Nossos adversários não se incomodam que essa campanha já tenha causado enormes prejuízos à Petrobras e ao país. O que eles querem, na verdade, é criminalizar o PT, paralisar o governo e continuar desgastando o nosso partido.” Nesse trecho do discurso, o patrono de Dilma flertou com a modéstia e com o egoísmo.

Lula foi modesto ao desconsiderar que “os enormes prejuízos à Petrobras” decorrem de uma realização 100% sua. A estatal desceu ao balcão no seu primeiro mandato, sob olhares inertes de Dilma, então presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Sobrevieram os crimes, a paralisia e o desgaste. Lula foi egoísta ao sonegar à oposição o direito de se opor. É como se desejasse exercer o monopólio da oposição a si mesmo.

A alturas tantas, Lula declarou que foi o PSDB que “tentou destruir a Petrobras” durante a gestão FHC. “E o nosso governo que a resgatou, retomou os investimentos que levaram à descoberta do pré-sal, e fizeram da Petrobras a maior produtora mundial de petróleo entre as empresas de capital aberto”, exagerou, esquecendo-se de mencionar que, na missão de resgate da Petrobras, o petismo portou-se como um São Jorge que foi salvar a donzela e acabou casando-se com o dragão.

Lula prosseguiu: “A verdade está nos autos da investigação, mas não está nos jornais nem na tevê… Havia corrupção nos contratos que a Petrobras assinou com empresas estrangeiras no tempo deles. Isso nunca foi e nem será investigado.” Referia-se ao trecho do depoimento do ex-gerente de Serviços da Petrobras, o delator Pedro Barusco, em que ele contou ter começado a receber propinas de uma empresa holandesa entre 1997 e 1998, ainda sob FHC. Lula só soube disso porque as autoridades investigam e os jornais noticiam.

Um dia depois da divulgação do depoimento em que o delator Barusco estimou em até US$ 200 milhões as propinas repassadas à tesouraria do PT, Lula inocentou integralmente a legenda: “A verdade é que apesar de todo o alarido, não há nenhuma prova contra o nosso partido nesse processo. Nenhuma doação ilegal, nenhum desvio para o partido. Nada. O que eles querem é criminalizar o dinheiro legal que o PT usou nas suas campanhas.”

Como que receoso de queimar a mão, Lula afastou-a ligeiramente das labaredas: “Se algo de concreto vier a ser encontrado, se alguém tiver traído a nossa confiança, que seja julgado e punido dentro da lei, porque o PT, ao contrário dos nossos adversários, não compactua e nem compactuará com a impunidade de quem quer que seja.” Hã, hã…

Convidada a fechar a noite de discursos, Dilma ecoou Lula num ponto. Ela também enxerga pendores golpistas na oposição. “Os que são inconformados com o resultado das urnas só têm medo de uma coisa: a mobilização da sociedade em defesa das instituições e em repúdio a qualquer tentativa de golpe contra a manifesta vontade popular.”

Dilma exibiu o muque de sua língua: os golpistas “têm medo da democracia, nós temos força. Nós temos força porque estamos juntos para enfrentar e vencer a ação dos que buscam retrocesso. Temos força para resistir ao oportunismo e ao golpismo, inclusive quando ele se manifesta de forma dissimulada. […] Estamos juntos para vencer aqueles que tentam forçar catástrofes e flertam com a aventura.'' Por ora, a descrição se encaixa como luva nos delatores que suam seus dedos-duros para obter favores da Justiça. Uma aventura nova, que não foi vivenciada na apuração do mensalão.

(por Josias de Souza, do UOL)

Dilma Rousseff virou uma gestora hemorrágica

Tomada pela mais recente pesquisa do Datafolha, Dilma Rousseff converteu-se numa presidente hemorrágica. A maioria dos brasileiros acha que ela sabia da corrupção na Petrobras (77%) e permitiu que a roubalheira corresse solta (52%). Metade do país a enxerga como falsa (54%), indecisa (50%) e até desonesta (47%).

Faltam três anos e 326 dias para o término da atual administração. Em tese, Dilma dispõe de tempo para recuperar-se. Mas precisa admitir a sangria o quanto antes. Do contrário, as horas mais preciosas do seu mandato serão as mais rápidas.

Ao discursar na festa dos 35 anos do PT, Dilma disse coisas assim: “Nunca antes na história do nosso país ninguém combateu com tamanha firmeza e obstinação a corrupção e a impunidade como nós.” Quer dizer: continua tentando fazer a plateia de idiota. A diferença é que já não encontra material. Devagarinho, mesmo as almas mais ingênuas vão se dando conta de que os corruptos da Petrobras não desceram de Marte.

As expectativas em relação à economia são nefastas. A grossa maioria crê em alta da inflação (81%) e do desemprego (60%). De cada dez brasileiros, seis avaliam que Dilma mentiu durante a campanha eleitoral. Dos 60% que a consideram mentirosa, 46% acham que ela disse mais mentiras do que verdades. Para 14% ela só pronunciou lorotas. Contra esse pano de fundo, é natural que o alarme da impopularidade toque um mês e meio depois da posse.

Desde dezembro, a taxa de aprovação de Dilma despencou de 42% para 23%. Está abaixo dos 30% amealhados por ela em junho de 2013, mês em que as ruas roncaram. A taxa de rejeição saltou de 24% para 44%. Coisa jamais vista, conformedemonstrado pelo repórter Fernando Rodrigues.

No gogó, Dilma continua sendo a gerente mais maravilhosa que Dilma já viu. Mas daquela candidata que o marqueteiro João Santana levou à vitrine sobrou pouco. E os esqueletos que muitos ignoravam saíram do porão. Dilma mudou muito. E não deixou o endereço.

Do ponto de vista econômico, a aura de Dilma tem novo dono: Joaquim Levy. Do ponto de vista político, madame é refém de Renan Calheiros e Eduardo Cunha. Do punhal de Levy, a nação ainda não viu nem a ponta. Dos planos do PMDB, o país ignora tramas que nem te digo e armadilhas que vou te contar!

Na celebração do aniversário do PT, Lula comparou a um câncer o ajuste que Dilma dizia aos eleitores que não faria. “Eu aprendi essa lição. Não tem nada pior do que fazer a quimioterapia que eu fiz. Depois, não teve nada mais desagradável do que 33 sessões de radioterapia na minha garganta. E eu tomava. Era disciplinado. E fazia porque era necessário para eu poder estar aqui, bonitão, falando com vocês.”

Lula prosseguiu: “A companheira Dilma teve que tomar algumas medidas que eram necessárias. […] Nem sempre é aquilo que vocês querem. Mas vocês têm que pensar que, de vez em quando, a gente tem que parar, tomar fôlego e seguir a caminhada.” Voltando-se para Dilma, exortou: “Faça o que tiver que fazer, porque um erro desastroso nosso quem vai sofrer é o povo humilde desse país.”

O patrono de Dilma fez uma analogia entre 2015 e 2003: “Houve medidas duras para corrigir os muitos problemas que herdamos. E você estava conosco, já em 2003, tomando essas medidas duras.” A diferença é que, nessa época, Lula atribuía o purgante à “herança maldita” deixada por FHC. Hoje, Dilma administra uma ruína 100% petista. Fica evidente que a história de sua última campanha é uma fábula, só que muito mais mentirosa.

(por Josias de Souza, do UOL).

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