Juiz Sérgio Moro recebe flores em S. Paulo; Lula toma cachacinha com Renan em Brasilia

Publicado em 15/05/2015 09:01
em veja.com (blogs de Lauro Jardim, Felipe Moura Brasil e Reinaldo Azevedo) + Fernando Rodrigues e Josias de Souza (UOL)

“Fora PT” e “Moro presidente”! É o juiz no lançamento de um livro em SP. 

Misto de herói nacional e de celebridade. Foi assim que o juiz Sérgio Moro foi recebido nesta quinta à noite, na Livraria Cultura, da Avenida Paulista, onde compareceu para prestigiar o lançamento do livro “Bem-Vindo ao Inferno”, escrito pelos jornalistas Cláudio Tognolli e Malu Magalhães. A obra conta a história de Vana Lopes, uma das vítimas do médico Roger Abdelmassih. O prefácio é assinado pela advogada Rosángela Moro, mulher do juiz.

Portando cartazes que traziam a expressão “Je suis Moro” (Eu sou Moro), cerca de cinquenta manifestantes gritavam “Fora PT”, “Moro presidente”, “É Sérgio Moro” e “Obrigado!”. Ele se disse satisfeito com a recepção, mas se negou a conceder entrevista: “O evento é sobre o lançamento do livro. Eu só vim prestigiar. A gente fica feliz, mas eu não quero tirar o foco do livro. Fico feliz, claro, mas esse trabalho não é só meu”,

Rosângela também comentou rapidamente a manifestação: “Nosso dia a dia continua normal. Vejo isso como uma manifestação de carinho das pessoas. Existem muitos outros ‘Sérgio Moro’ por aí que estão fazendo um bom trabalho”.

Por Reinaldo Azevedo

 

Sérgio Moro é ovacionado em noite de autógrafos

Moro e autor

Moro e Tognoli

Quem prende bandido ganha aplauso dos brasileiros decentes.

Quem prende petista… ah, aí ganha ovação, com hino nacional e tudo.

Sérgio Moro foi ovacionado em uma livraria de São Paulo durante sessão de autógrafos do livro “Bem-Vindo ao Inferno”, do jornalista Cláudio Julio Tognoli, cujo prefácio é assinado pela advogada Rosângela Moro, mulher do juiz federal responsável pela Operação Lava Jato.

Manifestantes que pediam o aprofundamento das investigações e o impeachment de Dilma Rousseff cantaram o hino e gritaram “Fora PT”.

Questionado por jornalistas, Moro disse que não se considera um herói, mas que “é importante ter o apoio da população”. “Eu fico feliz com essa recepção, mas não quero ser o foco da atenção”, completou.

Meses atrás, eu vi Joaquim Barbosa sair ovacionado do bar Jobi, no Leblon.

Agora é a vez de Moro.

O Brasil decente exalta quem deixa o PT de cócoras.

 
 

 

Moro

Sérgio Moro é recebido sob aplausos em SP

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

 

Renan e Lula: não houve apelo, só oferta

Renan LulaRenan Calheiros disse que a “terceirização” dominou sua conversa com Lula.

Eu acredito: a terceirização do STF para o PT.

A cinco dias da votação em plenário sobre a indicação do petista Luiz Edson Fachin para a Corte, Renan e Lula se reuniram, com a presença de Edison Lobão e Delcídio Amaral.

Renan e Edison são investigados pela Lava Jato.

Delcídio escapou por pouco.

Lula é o lobista internacional de uma empreiteira também investigada pela operação e está ele próprio ameaçado de ser denunciado na Justiça.

É melhor para todo mundo que o nome de Fachin seja aprovado pelos senadores, para que o STF possa melar ainda mais a Lava Jato.

O presidente do Senado diz que Lula “não fez” o apelo para a aprovação.

Eu não creio, de fato, em apelo. Só em oferta.

Faz tempo que Renan cria dificuldades para o governo por acreditar que o PT jogou o petrolão nas suas costas.

Faz tempo que a função de Lula, no exterior e no Brasil, é remover dificuldades para o avanço dos esquemas petistas.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

Sem medo de ser feliz

No almoço de ontem na residência oficial de Renan Calheiros, os senadores beberam vinho português. Lula preferiu cachaça.

Por Lauro Jardim

 

Lula endossa críticas que Renan dirige a Dilma, por Josias de Souza (UOL)

Em almoço na residência oficial da presidência do Senado, Lula ouviu críticas de Renan Calheiros à administração de Dilma Rousseff. Podendo defender a pupila, Lula preferiu endossar os reparos. Em essência, Renan disse que o governo padece de falta de rumo. Ele condena Dilma por chamar de ajuste fiscal um pacote que se limita a restringir benefícios trabalhistas, sem apresentar ao país uma estratégia para a retomada do crescimento.

Ecoando o interlocutor, Lula avaliou que Dilma se deixou enredar por uma agenda negativa, mergulhando o governo na inércia. O padrinho da presidente enxergava no programa de concessão à iniciativa privada de obras de infraestrutura uma perspectiva de virada de página. Lamentou a decisão de Dilma de adiar para junho o anúncio da reabertura da temporada de concessões.

A conversa entre Lula e o investigado Renan Calheiros foi tesmunhada pelo líder do governo, senador Delcídio amaral (PT-MS), e pelo também investigado senador Edison Lobão (PMDB-MA). À noite, Lula reuniu-se com Dilma, no Palácio da Alvorada. Os dois convertsa amiúde. Mas o criador vem se queixando de que a criatura já não ouve os seus conselhos como antes.

(por Josias de Souza - UOL)

STF reafirma poder de investigação criminal do MP

Na VEJA.com:


O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou no final da tarde de quinta-feira o poder de investigação criminal do Ministério Público. Com a decisão, procuradores e promotores podem continuar a conduzir investigações próprias na esfera penal e também auxiliarem apurações feitas pela polícia.

A discussão chegou à corte por um recurso de Minas Gerais no qual um ex-prefeito alegava que o Tribunal de Justiça local recebeu denúncia contra ele fundamentada apenas em investigação realizada pelo MP, sem participação da polícia. O julgamento teve início em 2012, mas ficou suspenso por um pedido de vista e foi concluído nesta tarde.

Por maioria, o plenário do STF reafirmou o poder de investigação dos procuradores, entendendo que a Constituição permite que a instituição realize investigações por meios próprios. Os ministros destacaram, no entanto, que em todos os casos devem ser respeitados os direitos e garantias fundamentais dos investigados e salientaram que a atuação do MP fica “sob permanente controle” da Justiça.

Em 2012, votaram três ministros hoje já aposentados: Ayres Britto, Cezar Peluso e Joaquim Barbosa. O julgamento foi duas vezes interrompido e retomado nesta quinta-feira. Foram favoráveis ao poder de investigação do MP os ministros Joaquim Barbosa, Luiz Fux, Celso de Mello, Gilmar Mendes, Rosa Weber e Cármen Lúcia. A ministra Rosa Weber destacou nesta quinta-feira que a investigação pelo Ministério Público não coloca em risco o devido processo legal.

Os ministros Cezar Peluso, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli entendiam que cabe à polícia investigar e que somente em casos excepcionais esse papel poderia ser desempenhado por promotores e procuradores. Marco Aurélio Mello foi contrário a qualquer investigação pelo MP.

Presente no julgamento, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que a intenção não é “estabelecer uma cisão entre MP e polícia”. “O MP pode contribuir com a investigação naquilo que lhe é próprio e não se nega que policia possa contribuir e muito naquilo que lhe é próprio também. Não se trata de estabelecer um jogo de uma instituição contra outra”, afirmou Janot.

O caso teve repercussão geral reconhecida e, portanto, a decisão se aplica a todos os demais processos semelhantes.

O PT e a natureza do escorpião. Ou: Por que o partido tem de ser banido do país

Parte do PT usou com a presidente Dilma Rousseff a tática própria de um partido de oposição, certo? Resolveu criar o fato consumado para obrigá-la a negociar. Refiro-me à aprovação de uma alternativa ao fator previdenciário, que é a fórmula 85/95: as mulheres se aposentam quando a soma de idade e tempo de contribuição chegar a 85, e os homens, 95. Para tanto, o tempo mínimo de contribuição tem de ser, respectivamente, de 30 e 35 anos. Quem quiser a aposentadoria antes, submete-se às atuais regras do fator. Em dez anos, calcula-se, o INSS teria um aumento de R$ 40 bilhões no rombo

Muito bem! Houve defecções em todas as bancadas governistas, mas, de significativo mesmo, contam-se os nove votos do PT e toda a bancada do sempre fiel PCdoB. Deram de ombros para o governo. O voto mais patético é o do deputado Carlos Zarattini (PT-SP), que é nada menos do que o relator da MP 664 e vice-líder do governo na Câmara. Ou por outra: entre as suas funções, está conseguir votos para o governo. Não só não se empenhou nisso como, ele próprio, votou contra.

Não há a menor chance de a alteração ser derrotada no Senado. Vai passar. Petistas da casa já disseram que não estão nem aí para Dilma: votarão “sim”. A presidente terá de vetar a alteração, com o risco de o veto ser derrubado, a menos que ela negocie uma alternativa. Negociar com quem? Com as centrais sindicais, muito especialmente com a CUT. Ora, não é isso o que começou a pregar Lula? Não é o que ele vem dizendo em encontros fechados com sindicalistas e com petistas? O homem já decidiu iniciar em junho andanças pelo país com o objetivo de, consta, unir as esquerdas e os movimentos sociais em defesa do PT.

Ou por outra: o partido de Dilma passou a empregar com ela a tática do fato consumado. Se o governo é uma bagunça na área política — e é —, obedecendo a vários comandos e, no fim das contas, a nenhum, a algaravia de orientações não é menor no PT. Dilma é hoje vítima da construção da candidatura de Lula em 2018 e do esforço do partido de se “religar” com as tais bases.

O fator previdenciário é um exemplo acabado do estelionato eleitoral petista. Ocorre que, quando as vacas andavam mais gordas, o assunto havia deixado de ser urgente. Agora… Explico-me: a fórmula foi criada no governo FHC. A Previdência está capenga, como sempre, mas só não quebrou em razão do dito-cujo. Quando aprovado, PT e CUT botaram a tropa na rua. Chegaram a inventar a canalhice de que FHC teria chamado os aposentados de “vagabundos”. Lula se elegeu em 2002, entre outras coisas, atacando a fórmula.

Pois é: o PT está no 13º ano de poder e não mexeu no fator previdenciário. É mais estelionatário do que burro. Com a maioria esmagadora que sempre mantiveram no Congresso, os petistas poderiam ter imposto o modelo que bem desejassem. Só que as contas iriam para o vinagre. O partido fazia o quê? Jogava o fator nas costas de FHC e se aproveitava de seus benefícios. Fez o mesmo com a Lei de Responsabilidade Fiscal e com as privatizações, às quais o partido também se opôs. Poderia, se quisesse, ter revertido tudo. Não o fez porque sabia ser bom para o país. FHC fez uma boa síntese no seu discurso de terça em Nova York: ele perdeu, sim, muitas vezes, a popularidade, mas não a credibilidade. Os petistas preferem ser populares…

Agora que a noite esfriou, que o dia não veio, que o bonde não veio, que o riso não veio, que não veio a utopia, que tudo acabou, que tudo fugiu, que tudo mofou… E agora, Dilma? E agora você? Cito, como boa parte de vocês deve ter percebido, o poema “José”, de Carlos Drummond de Andrade. Agora que o cobertor ou cobre os pés ou cobre a cabeça, agora o PT resolveu, instigado por Lula, lustrar as suas origens. E joga Dilma na fogueira. Houvesse um tantinho de dignidade, de honra, de decência, de vergonha na cara, o partido teria lutado nesta quarta como fera ferida contra a alteração do fator previdenciário: afinal, se ele foi mantido com as vacas gordas, por que seria alterado quando a crise é evidente?

Ocorre que, mais uma vez, fica evidente que o PT está pouco se lixando para o Brasil. O partido só pensa na própria sobrevivência. Se o país morrer primeiro, paciência! Mas aí a companheirada administraria o quê? Não interessa. Conhecem a fábula do sapo que dá carona a um escorpião na travessia do rio, certo de que não será picado porque, afinal, se isso acontecer, os dois morrerão? No meio do caminho, o batráquio sente a ferroada e, racionalista que era, se espanta antes do penúltimo suspiro: “Por que você fez isso? Nós dois vamos morrer”. Ao que responde o outro: “Não posso fazer nada, é a minha natureza”.

O PT tem a natureza do escorpião. Por isso deve ser banido do país por intermédio das urnas.

DILMA REUNE MINISTROS NO DOMINGO PARA CORTAR ATÉ 80 MILHÕES DO ORÇAMENTO (por FERNANDO RODRIGUES (UOL)

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O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que defende cortes acima de R$ 70 bilhões no Orçamento

Joaquim Levy defende o maior contingenciamento possível

Desidratação do ajuste no Congresso pressiona por corte maior

A presidente Dilma Rousseff convocou uma reunião com os ministros palacianos e da área econômica para domingo (17.mai.2015) para definir o tamanho do corte no Orçamento da União neste ano. A equipe dilmista tem opiniões distintas a respeito do valor a ser contingenciado dos gastos, que ficará no mínimo em R$ 60 bilhões. No limite máximo, pode chegar perto de R$ 80 bilhões.

O anúncio oficial dos cortes deve ser realizado no dia 21 de maio, quinta-feira que vem, segundo apurou o Blog. Como as decisões sobre o contingenciamento serão tomadas no domingo, os ministros terão alguns dias para comunicar a todos os colegas na Esplanada –e combinar um discurso unificado, que impeça reclamação pública por causa da redução das verbas.

O encontro dominical deve ser às 16h. Além da presidente e do vice, Michel Temer, devem participar os seguintes ministros: Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento), Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Secretaria de Comunicação da Presidência). Outros ainda podem ser chamados.

Na prática, o governo já tem adotado um arrocho das despesas para todos os setores da administração pública federal. Alguns casos se tornaram conhecidos em detalhes. Por exemplo, o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), a maior empresa pública de prestação de serviços em tecnologia da informação do Brasil, interrompeu pagamentos regulares aos seus fornecedores desde novembro do ano passado, 2014. Só faz pagamentos pontuais. Na semana passada, acumulava uma dívida de R$ 249 milhões em serviços e produtos recebidos, porém ainda não pagos (os dados são de 5.mai.2015).

Segundo o secretário-geral da ONG Contas Abertas, Gil Castello Branco, a execução orçamentária dos primeiros 4 meses de 2015 “já está projetando um corte para o ano todo de R$ 57,5 bilhões”.

No domingo, o que Dilma e seus ministros farão é um aperto ainda maior nos gastos do governo –considerado fundamental para o ajuste das contas públicas e para preparar o país para voltar a crescer a partir de 2016.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defende que o corte deva ser o maior possível, pois é incerta a qualidade das medidas de ajuste fiscal que ainda serão votadas pelo Congresso. No entendimento do titular da Fazenda, por precaução, o melhor é anunciar um contingenciamento grande das despesas neste momento de incertezas –seria uma sinalização ao mercado sobre a convicção do governo a respeito do tema.

Mais adiante, no final do ano, se a arrecadação de impostos melhorar e se os efeitos do ajuste aprovado pelo Congresso forem satisfatórios, Levy acredita que o governo terá então como revisar (e talvez reduzir) o tamanho do contingenciamento.

O exemplo de Levy

Levy:  sem jatinho da FAB

Levy: sem jatinho da FAB

 

Na tarde de ontem, sozinho, um dos dois homem mais poderosos do Brasil embarcava tranquilamente em Congonhas rumo a Brasília num voo da Avianca. Mais: Joaquim Levy, que chegara de Londres de manhã, carregava sua própria mala

Por Lauro Jardim

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Blogs de veja.com

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1 comentário

  • Érico Batista da Silva Soledade - RS

    Acho que o ministro da Fazenda, JOAQUIM LEVY, está dando um pequeno exemplo aos demais políticos que se acham os donos dos cargos, donos do dinheiro público... Joaquim Levy chegou de LONDRES, pegou voo comercial da Avianca para BRASILIA carregando a sua própria mala..., uma demonstração de austeridade... acho que o exemplo sempre deve partir de cima..., com o PT fosse o MANTEGA o ministro com certeza teria um jato da FAB esperando-o na porta..., mas, aos poucos as coisa vão mudando.

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