Lula admitiu no dia da criação do Bolsa Família: foi idéia de um governador tucano! Mais: as políticas já existiam!

Publicado em 05/10/2010 18:02 e atualizado em 04/03/2020 18:48

RECONSTRUINDO A VERDADE - Lula admitiu no dia da criação do Bolsa Família: foi idéia de um governador tucano! Mais: as políticas já existiam!

Vocês já sabem que o Bolsa Família foi criado pelo governo FHC — os programas unificados sob essa rubrica tinham outro nome. Quem dizia que isso deixava o assistido preguiçoso era Lula. Segundo ele, o cara perdia a vontade de “plantar macaxeira”, como afirmou em abril de 2003 (leia post a respeito aqui).  Se você quiser matar saudades de ver Lula a dizer que programas sociais despolitizam os pobres e os fazem pensar “com o estômago, não com a cabeça”, clique aqui.

Agora vejam este vídeo. É histórico!

Como perceberam, é a solenidade de lançamento do Bolsa Família. Transcrevo trecho da fala do presidente:
“Vou lembrar aqui o governador Marconi Perillo. E afaço aqui justiça: além de ser o estado que mais tem essa política de renda, foi o companheiro que, na primeira reunião que tivemos de governador, SUGERIU  A IDÉIA DA UNIFICAÇÃO DAS POLÍTICAS SOCIAIS DESSE PAÍS”

Está tudo aí. O Bolsa Família foi a unificação das políticas sociais que já existiam. E a idéia foi do então governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, que disputa de novo o cargo.

O PSDB ou o DEM jamais disseram que o Bolsa Família é esmola. Marina chegou a atribuir tal afirmação a oposicionistas em pergunta feita a Serra em um dos debates. E não diriam porque foram eles que criaram os programas, depois unificados. Agora se sabe que também a unificação foi idéia de um governador do PSDB — hoje não muito apreciado por Lula porque foi uma das autoridades que confirmaram tê-lo advertido da existência do mensalão.

Por que os tucanos nunca conseguiram usar essas coisa a seu favor? É o que eu também me pergunto.

Por Reinaldo Azevedo

Sobre “verdades irrelevantes” e “mentiras relevantes”. Ou: a força-tarefa para preservar Dilma de si mesma chega à imprensa

Prepara-se uma verdadeira força-tarefa — que pretende, acreditem!, ser, antes de tudo, ética!!! — para tentar preservar a petista Dilma Rousseff de si mesma e de suas próprias opiniões. E a imprensa, especialmente a escrita, será o principal campo de operações — e, dali, para a Internet. O grito de guerra já foi dado pelo colunista Elio Gaspari numa notinha curta no domingo. Já chego lá. Ontem, nas suas aparições na TV, a candidata do PT à Presidência fez questão de declarar que é a favor da vida, o que, convenham, é, em sim, uma afirmação estupenda. O contrário, por óbvio, corresponderia a alinhar-se com a morte.

Todos entenderam por que ela fez isso. O PT está convicto de que uma parcela do eleitorado, ao saber, primeiro pela Internet, o que Dilma realmente pensava sobre o aborto, desembarcou de sua candidatura. A informação, de fato, circulou antes na rede, embora as suas declarações mais enfáticas em favor da descriminação e da legalização do aborto tenham sido dadas a um jornal — a Folha — e a uma revista, a Marie Claire. Gaspari, evocando pruridos éticos e apelando até à memória de Ruth Cardoso, chamou esse debate de baixaria. É? Coisa do andar de cima moral é fazer dossiê contra a mulher de um ex-presidente que era um exemplo de correção, não é mesmo?

Ao falar em Ruth, o colunista está atribuindo a “operação” ao PSDB, o que é falso como nota de R$ 3. Ele é o “Nosso Guia” de muitos epígonos na profissão; outros o seguirão na ladainha, acusando o debate de ser “conservador”, “reacionário”, “baixaria”, “irrelevante”. Digamos que estivéssemos mesmo diante de uma irrelevância (para mim e para outros cristãos, não é!!!), cabe a pergunta: quer dizer que esses setores da imprensa pretendem censurar uma VERDADE IRRELEVANTE sobre Dilma, mas jamais censuraram as MENTIRAS RELEVANTES que os petistas contam sobre o governo FHC, por exemplo?Que diabo de critério ético é esse?

Quando a campanha do PT diz que Lula assumiu o governo “com a inflação fora do controle”, o que é uma mentira estúpida, qual a reação? “Ah, política é assim mesmo; o PSDB que responda!” Algum pito na companheira quando sugere que o Brasil vivia um verdadeiro caos social na gestão tucana, que não se importaria com os pobres? Nada! Silêncio sepulcral. Alguém deu algum pito em Aloizio Mercadante por causa de sua campanha bucéfala contra a suposta “aprovação automática” em São Paulo? NADA!!!

ATENÇÃO PARA AS FRASES: PARA ESSA GENTE, AS VERDADES DITAS SOBRE DILMA SÃO REACIONÁRIAS; JÁ AS MENTIRAS DITAS SOBRE OS TUCANOS SÃO PROGRESSISTAS.

E, agora, em nome da ética, esses decorosos vêm acusar “baixaria” e cobrar “debate elevado”? Que tipo de sublime elevação pode haver numa máquina de propaganda que constrói todo o seu edifício retórico numa mentira, a saber: “O Brasil vivia nas trevas e de lá foi resgatado pelo PT, ignorando a óbvia continuidade do governo”. NEM MESMO A IDÉIA DE UNIFICAR OS PROGRAMAS SOCIAIS É DE LULA! ELE PRÓPRIO ADMITE EM VÍDEO QUE A IDÉIA LHE FOI DADA POR UM GOVERNADOR TUCANO (ver posts abaixo).

Está em curso uma operação para blindar Dilma Rousseff. O PT tem todo o direito de tentar. E alguns colunistas têm o direito, claro!,de entrar na corrente de propaganda. E eu tenho o direito de chamá-los por seus respectivos nomes. Não foi o PSDB que levou Dilma Rousseff a dar aquelas entrevistas. Ela o fez porque quis e porque considerava, até abril do ano passado, que aquilo era o certo. Demonstrou-o, diga-se, em atos, quando sua pasta deu o “ok” ao decreto que continha o Programa Nacional dos Direitos Humanos, em que o aborto aparece como um “direito humano”, o que certamente assombraria o mundo.

Dilma, agora, se diz “a favor da vida”. Muito bem! Só pode estar se referindo ao aborto. Em sua afirmação, pois, está contida a idéia de que defender a descriminação é estar contra a vida — de onde se deduz, e estou num exercício puramente lógico, que ela era contra a vida ao menos até abril de 2009, quando falou à revista Marie Claire.

De súbito, vejo alguns coleguinhas muito preocupados com “propostas”. E dizem: “Ah, esse negócio de aborto não tem importância. Por que não discutimos o Brasil?” Muito bem! Comecemos, então, por não mentir sobre o Brasil que o PT herdou e que deixará como herança. Eu topo deixar de lado essa suposta “verdade irrelevante” se os petistas pararem com suas “mentiras relevantes”. Vejam que é uma troca que evidencia a minha generosidade: com ironia, digo queeu até abriria mão do direito de dizer essa verdade sobre eles se eles cumprissem a obrigação de não dizer mentiras sobre os outros.

Por Reinaldo Azevedo

PT estuda tirar aborto de programa para estancar queda de Dilma entre religiosos

No Estadão:
Acuado pela perda de votos de evangélicos na reta final do primeiro turno, o PT ensaia deixar de lado a defesa programática da descriminalização do aborto e já planeja retirar a proposta do programa do partido, aprovado em congresso. A medida deve ser discutida em reunião da Executiva do PT, como forma de responder aos rumores contra a candidata à Presidência, Dilma Rousseff, apontados como o principal motivo para o crescimento de Marina Silva (PV), contrária à legalização do aborto, e a consequente ida da disputa presidencial ao segundo turno.

O primeiro contra-ataque partiu do secretário de Comunicação do PT, André Vargas. “O Brasil verdadeiramente cristão não votará em quem introduziu a pílula do dia seguinte, que na prática estimula milhões de abortos: Serra”, disse em seu Twitter. A pílula do dia seguinte é um dos métodos contraceptivos criticado pela Igreja Católica e distribuída pelo Ministério de Saúde. Diferentemente do que Vargas sugere, sua adoção foi decidida antes de o tucano José Serra, rival de Dilma no segundo turno, ser titular da pasta.

O secretário de Comunicação do PT defende ainda o isolamento da ala do partido pró-legalização. “Agora é hora de envolver mais dirigentes na campanha. Foi um erro ser pautado internamente por algumas feministas. Eu e outros fomos contra”. Um dos coordenadores da campanha de Dilma, José Eduardo Cardozo, reconhece que a resolução do PT, pró-descriminalização do aborto, não é unânime no partido e não é a posição de Dilma.

Antes de ser candidata, Dilma defendia abertamente a descriminalização da prática -o fez, por exemplo, em sabatina na Folha em 2007 e em entrevista em 2009 à revista “Marie Claire”.
Depois, ao longo da campanha, disse que pessoalmente era contra a proposta. Hoje, diz que repassará a discussão ao Congresso.
O tema se tornou tão incômodo que ontem, ao “Jornal Nacional”, Dilma o citou mesmo sem ter sido questionada (ela teve um minuto e meio para “dar uma mensagem aos eleitores”). “Eu tenho uma proposta de valores. Um princípio nosso de valorizar a vida em todas as suas dimensões”.

A senadora eleita Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmou que a defesa da descriminalização do aborto pode até ser defendida por algumas alas do partido, mas pode “custar a Presidência da República”. Aqui

Por Reinaldo Azevedo

O aborto, os petistas, a lógica do “você também” e as mentiras

Os petistas, quando flagrados numa ilegalidade ou numa posição considerada incômoda, têm uma primeira e imediata resposta: “Você também!”

Dilma, como se sabe, era favorável à descriminação e/ou legalização do aborto — defendeu as duas coisas, que, no caso, resultam em uma só — até abril de 2009. Já era a pré-candidata de Lula à Presidência, sem nenhuma dúvida. Aí resolveu descrever um arco para não atracar no cais. Ao perceber que a tese não é muito popular entre os brasileiros, embora seja uma resolução aprovada pelo congresso do PT, que todo militante (ela é uma) tem a obrigação de defender, começou a se dedicar à arte da “engrolação”, um neologismo a que recorro, a partir de um quase arcaísmo: o verbo ENGROLAR.

Pois bem. Os petistas, na rede, agora decidiram acusar Serra de suas coisas: a) de ter aprovado a pílula do dia seguinte; b) de ter aprovado o aborto em caso de estupro.

Duas mentiras:
1) A pílula do dia seguinte é anterior à gestão de Serra no Ministério da Saúde;
b) o Código Penal não pune o aborto em caso de estupro e risco de morte da mãe desde 1940. Serra não era nem um feto ainda. Nasceu em 1942! A norma técnica para o aborto em caso de estupro buscou apenas ordenar, no ambiente da Saúde, o que a lei não punia, protegendo a mulher. Mas atenção! Dois dos procedimentos necessários eram estes:

1) “Informação à mulher - ou a seu representante legal -, de que ela poderá ser responsabilizada criminalmente caso as declarações constantes no Boletim de Ocorrência Policial (BOP) forem falsas.
2) Cópia do Boletim de Ocorrência Policial.

Em 2004, Humberto Costa, primeiro ministro da Saúde do governo Lula, baixou nova norma dispensando o boletim de ocorrência:
“O Código Penal não exige qualquer documento para a prática do abortamento nesses casos e a mulher violentada sexualmente não tem o dever legal de noticiar o fato à polícia. Deve-se orientá-la a tomar as providências policiais e judiciais cabíveis, mas, caso ela não o faça, não lhe pode ser negado o abortamento”.

Estes são os fatos no detalhe:
a) Serra não autorizou a chamada pílula do dia seguinte;
b) a legislação não pune o aborto em caso de risco de morte da mãe e de estupro desde 1940. O PT gosta de culpar Serra de muita coisa. Mas parece difícil responsabilizá-lo por uma lei cuja vigência antecede o seu próprio nascimento em dois anos, não é mesmo?

Por Reinaldo Azevedo

Investigação desmente o servidor petista Gilberto Souza Amarante: ele violou, sim, dados de Eduardo Jorge, diz Receita Federal

Por Leandro Colon, no Estadão:
Investigação da Receita Federal desmente o servidor petista Gilberto Souza Amarante, lotado em Formiga (MG), e afirma que ele acessou intencionalmente, sem motivação funcional, o banco de dados fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, em 3 de abril de 2009. “Os indícios encontrados não remetem a um acesso equivocado, mas sim a uma consulta direcionada”, diz relatório assinado pela corregedoria na última quinta-feira. Em cima disso, foi pedida a abertura de um processo disciplinar contra o funcionário.

A apuração da Receita, obtida pelo Estado, contradiz a versão de Amarante de que abriu os dados de Eduardo Jorge por “confusão”. Filiado ao PT desde 2001, ele alegou que buscava um “homônimo” do dirigente tucano. Mas corregedoria descarta essa possibilidade. Segundo a investigação, o servidor violou os dados do tucano e, em 41 segundos, abriu informações, inclusive, sobre as empresas de Eduardo Jorge, acessando cerca de 10 páginas cadastrais. “Disso se conclui inicialmente que Gilberto Souza Amarante realizou pesquisa direcionada ao CPF ou ao nome de Eduardo Jorge Caldas Pereira”, afirma o relatório da Receita.

De acordo com a investigação, ficou “caracterizada a plausibilidade das denúncias, bem como por não se comprovar, nessa fase da investigação, motivação funcional para realização de tais acessos”. A corregedoria diz que não há nenhum documento ou elemento na Receita em Formiga que justifique a abertura dos dados do tucano.

O resultado da apuração da Receita contraria ainda o discurso da presidenciável Dilma Rousseff (PT) em reunião ontem com governadores e senadores eleitos. Segundo gravação do ‘Blog do Noblat’, Dilma elencou a quebra do sigilo fiscal de tucanos como um dos fatores de sua não vitória no primeiro turno. Mas, segundo ela, “ficou caracterizado que havia uma situação em que se tratava de um esquema de corrupção específico da Receita”.

Dilma tentou referir-se ao caso das violações de Mauá e Santo André, em que a Receita e a Polícia Federal buscam descaracterizar o caráter político das quebras fiscais. Agora, em Minas Gerais, a investigação já aponta para um direcionamento, por parte de um filiado ao PT, no acesso aos dados de Eduardo Jorge.

O servidor Gilberto Souza Amarante declarou à Receita que não se lembra os motivos que o levaram a abrir os dados do vice-tucano. No mês passado, ele afirmou que buscava um homônimo. A investigação mostra o contrário. “Caso isso ocorresse, teria sido registrado como acesso todos os contribuintes que possuem tal denominação (Eduardo Jorge)”, diz o relatório da Receita.

A corregedoria diz que, além do vice-presidente do PSDB, apenas um outro Eduardo Jorge, também morador em Brasília, teve seus dados acessados. Mas, neste caso, o servidor não ficou um segundo sequer com a tela aberta. Logo em seguida, o petista acessou as informações do dirigente tucano por 41 segundos.

Por Reinaldo Azevedo

Ah, bom! Petistas atribuem queda em São Paulo ao caso Erenice

Por Malu Delgado, no Estadão:

Ainda tentando superar a ressaca provocada pela derrota eleitoral em São Paulo, dirigentes petistas que coordenaram as campanhas ao governo estadual e à Presidência discutiram ontem as razões que levaram a sigla a perder no Estado porcentual significativo de votos na reta final. O PT avalia que esse diagnóstico é fundamental para evitar a repetição de erros no segundo turno.

O candidato derrotado ao governo do Estado, Aloizio Mercadante, participou do encontro, no diretório estadual do PT. A avaliação preliminar de parte dos petistas é que os escândalos sobre tráfico de influência na Casa Civil, envolvendo a ex-ministra Erenice Guerra, demoveram prováveis eleitores de votar no PT. Dirigentes do partido acreditam que o escândalo ressuscitou entre a classe média paulista mais conservadora (que é distinta da classe média do chamado pós-Lula) os fantasmas da crise petista de 2005 e 2006.

O PT já tinha pesquisas qualitativas, na reta final da campanha, que apontavam que a crise do mensalão era um fantasma que estava latente. As inserções do PSDB que vinculavam Dilma ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, por exemplo, acenderam a luz vermelha na campanha petista. A associação entre Dirceu e Dilma, mostravam as pesquisas qualitativas, tiveram resultado negativo para o PT.

“Eles bateram onde sabiam que teriam uma resposta rápida”, afirmou o presidente do PT de São Paulo, Edinho Silva. Para ele, o caso Erenice “ressuscitou a crise de 2005 e 2006″. Em avaliação feita por parte do PT, o caso Erenice despertou a desconfiança de eleitores que estavam dispostos a dar uma segunda chance ao partido, mas ficaram desanimados ao ver petistas novamente mergulhados em escândalos, avaliam coordenadores das campanhas.

Segundo dirigentes da sigla, a retomada dessa desconfiança no partido pode explicar a migração em massa de votos desta classe média para Marina Silva (PV), além de ter ajudado o tucano José Serra a consolidar seu eleitorado. Esse movimento também teria retirado, segundo Edinho Silva, votos de Mercadante na disputa estadual. Aqui

Por Reinaldo Azevedo

COMENTÁRIO DE ETHAN EDWARDS, do Blog de Augusto Nunes

As vitórias são de Lula. As derrotas pertencem aos que de alguma maneira frustraram os desejos do Chefe. Alguma novidade? Nenhuma. Há décadas o lulopetismo funciona assim.

Domingos Dutra, Manoel da Conceição, Patrus Ananias, Fernando Pimentel, Ciro Gomes, Dilma Rousseff, Aloizio Mercadante… – pais de família, velhos militantes, cidadãos que deveriam merecer alguma consideração pelos serviços prestados à Causa, são tratados pelo Chefe a pontapés e não ousam proferir uma palavra, já nem digo de revolta, mas de descontentamento. Baixam a cerviz, oferecem-na para novos golpes, ansiosos para serem humilhados uma vez mais. Ah, doce privilégio: ser escolhido antes de qualquer outro para ser chicoteado pelo Chefe. E que Chefe!

Que Causa justifica uma destruição tão radical do amor-próprio? Que ideologia exige de um professor universitário, alguém que passou vinte anos ou mais atrás dos livros, prostrar-se aos pés de um analfabeto e oferecer-lhe servidão incondicional?

As relações entre Lula e os políticos petistas deveriam nos ensinar algo. O problema mais grave do lulopetismo não está no modelo político (antidemocrático) que deseja implantar. Está no tipo de cidadão que almeja fabricar. Um país de servos. Um país de sombras. Um país de homens desfibrados cuja alma pertence ao Chefe. E essa é uma ditadura da qual um povo nunca mais se liberta.

Filhos de Erenice se calam em depoimento à PF em Brasília

Leiam o que informa a Folha Online. Volto em seguida:
Os filhos da ex-ministra Erenice Guerra, Israel e Saulo, se recusaram nesta terça-feira a prestar depoimento no inquérito que investiga tráfico de influência na Casa Civil. Segundo o advogado Marcelo Leal, eles não responderam a nenhuma pergunta feita pela Polícia Federal. A defesa entende que “existe um forte componente político” nas denúncias que envolvem a ex-ministra e braço direito da presidenciável petista, Dilma Rousseff.
(…)
“Eles permaneceram em silêncio. Nós entendemos que os fatos ainda não estão devidamente delineados, mas meus clientes são absolutamente inocentes, tenho certeza que isso será provado ao final do processo”, disse Leal.

Segundo a defesa, os dois filhos de Erenice, embora não tenham colaborado, esperam que o caso seja apurado da melhor forma possível para que seja comprovada a inocência deles. A PF não informou se irá ouvir Erenice nem se indiciou algum dos envolvidos.

Comento
“Caraca! Que dinheiro é esse?”

O dono do Brasil. Ou: A reunião ilegal no Palácio da Alvorada

Leiam o que vai abaixo. Volto em seguida:

PPS pedirá inquérito contra Lula por reunião na Alvorada

Por Gustavo Uribe, da Agência Estado:
O PPS anunciou no início da tarde desta terça-feira, 5, que irá ingressar nesta semana com representação no Ministério Público Eleitoral (MPE) pedindo a abertura de inquérito contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em decorrência de reunião promovida na manhã desta segunda no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente. O evento contou com a participação de governadores e senadores eleitos que fazem parte da base de apoio do governo. O objetivo foi discutir estratégias para a campanha da candidata do PT, Dilma Rousseff, no segundo turno.

Na representação, o PPS deve alegar que o presidente infringiu o artigo 73 da Lei Eleitoral Nº 9.504/2007, que veda o uso de imóveis públicos em benefício de candidatos. A sigla oposicionista argumenta ainda que a reunião foi feita em “pleno horário de expediente”. “É claramente a utilização de recursos dos cofres públicos para fins eleitorais, o que configura um crime eleitoral”, acusa o deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE).

O parlamentar estuda ainda ingressar com representações contra os governadores e senadores presentes no evento, pelo suposto uso de dinheiro público no deslocamento até Brasília, bem como na hospedagem na capital federal. Alguns políticos presentes participaram ontem de encontro com a candidata Dilma e pernoitaram no Distrito Federal.

Comento
O Palácio da Alvorada não é a “residência oficial” do presidente da República? É! E isso diz tudo. É uma “residência oficial” — trata-se, portanto, de um bem público. Lula pode e até deve promover encontros em sua “casa” para cuidar de assuntos do governo. Questões partidárias e eleitorais têm de ser tratadas na sede do PT, em hotéis etc  —  e fora do horário de expediente.

Aliás, todos os chefes de executivo e representantes dos poderes executivos estaduais e federal que compareceram à reunião estavam matando o trabalho e, pois, usando dinheiro público em favor de uma candidatura. E claro que esse comportamento é muito típico de Lula, o que não o torna legal — ao contrário: evidencia o vício da ilegalidade.

“Ah, Reinaldo, não sejamos hipócritas! Todos fazem assim. É que a gente não vê ou não fica sabendo!”. Pode ser. Mas, então, é uma justificativa a mais para punir o comportamento ilegal quando a gente vê e fica sabendo, certo?

Alguém contesta a lógica elementar da minha frase?

Por Reinaldo Azevedo
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Fonte:
Blog Reinaldo Azevedo (veja.com

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