Gene do café que confere resistência à seca é identificado

Publicado em 28/08/2012 11:01
Um grupo de pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) mapeou completamente o genoma do café. O trabalho, que teve início em 2007, visa identificar cada um dos 30 mil genes da planta. Um desses genes, segundo os cientistas, possui forte resistência à seca.

Testes em laboratório mostraram que uma planta-modelo conseguiu resistir até 40 dias sem água, enquanto que as outras plantas que não receberam o gene morreram após 15 dias. Essa descoberta pode garantir a produtividade agrícola durante os períodos de estiagem no país.

O próximo passo é testar esse gene em outros cultivos, como cana-de-açúcar, milho, soja, arroz e trigo. Segundo Eduardo Romano, pesquisador de Recursos Genéticos e Biotecnologia e um dos responsáveis pelo estudo, a análise do gene está voltada especialmente para as regiões brasileiras mais castigadas pela estiagem, como o sertão nordestino. “A transgenia tem o potencial de expressar essa característica em outras espécies e, assim, manter a produtividade mesmo na ausência de condições favoráveis”, diz.

O cultivo de plantas resistentes à seca pode ser sustentável do ponto de vista ambiental, social e econômico. A atividade agrícola, responsável por 70% do uso de água doce do planeta, pode reduzir o uso deste recurso natural e preservar o meio ambiente com esse tipo de planta geneticamente modificada. No âmbito social e econômico, de acordo com Romano, “uma série de culturas mantém produtividade à base de irrigação, com menos necessidade de água, os custos vão diminuir também”, explica.
Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Fonte:
Agência Brasil

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário