Café: mercado dispara em NY, com altas de mais de 1000 pontos

Publicado em 19/02/2014 09:02 e atualizado em 19/02/2014 14:55

 As cotações do café em Nova Iorque atingem os maiores patamares dos últimos 16 meses com altas de mais de 1000 pontos nesta quarta-feira (19). Por volta das 14h40 (Brasília)  os contratos para março/14 já registravam alta de 1195 pontos negociados a 164,60 centavos de dólar por libra peso. O vencimento maio/14 trabalhava a 166,90 centavos de dólar por libra peso, com 1205 pontos positivos e o setembro/14 ganhava 1240 pontos com negócios a 170,60 centavos de dólar por libra peso. As cotações do café arábica na bolsa de Nova Iorque iniciaram a sessão desta quarta-feira(19) com um movimento de realização de lucros mas logo inverteram de lado.

O clima no Brasil continua sendo  mesmo a principal razão para as altas nas cotações nesta quarta-feira(19) . As agências internacionais destacam que as chuvas nas regiões produtoras do país vão ficar 75% abaixo da média nos próximos cinco dias, aprofundando o déficit hídrico nas lavouras . Além disso, o mercado continua repercutindo as informações de que as últimas chuvas sobre o cinturão cafeeiro brasileiro não foram suficientes para atenuar o problema provocado pelas altas temperaturas sobre as lavouras e principalmente, que as perdas nos cafezais já seriam irreversíveis. 

Em entrevista ao site Notícias Agrícolas, o pesquisador do Pró Café , Roberto Santinato, informou que as chuvas dos últimos dias ajudam mas não recuperam as perdas provocados pela seca prolongada nos cafezais brasileiros. Na região de cerrado, por exemplo, mesmo as lavouras irrigadas sofreram com as altas temperaturas e para a safra deste ano as perdas já estão entre 15 e 20%. Já para 2015, só um volume de chuvas bem distribuídas de pelo menos 500 mm nos próximos dois meses será capaz de recuperar a produção nas lavouras. 

E para completar o cenário que dá suporte às altas, o mercado registra desde o início do ano um movimento comprador muito forte. De acordo com o Superintendente Comercial da Cooxupé, Lúcio Dias, o último inverno no hemisfério norte registrou uma alta de cerca de 2% no consumo de café em relação ao inverno passado" o que mostra uma demanda aquecida pelo produto no mercado internacional. Ele também destacou que as consequências do clima seco e das altas temperaturas no Brasil não foram levantadas e que novas previsões sobre mais um período sem chuvas no país dariam suporte ao movimento de alta. 

 

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Fonte:
Notícias Agrícolas

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