Café continua em alta, mas contratos mais próximos voltam abaixo dos US$ 2
Os futuros do café arábica continuam positivos na Bolsa de Nova York nesta sexta-feira (7), porém, os vencimentos mais próximos já perderam o patamar dos US$ 2,00 que recuperaram na manhã de hoje, depois do fechamento negativo da sessão anterior, em função de uma realização de lucros. Por volta das 15h37 (horário de Brasília), os principais vencimentos registravam ganhos um pouco acima dos 100 pontos.
Os contratos com entrega maio tiveram leve queda à tarde, e foram para 196,80 centavos de dólar por libra-peso, registrando alta de 125 pontos. Já o vencimento julho, que chegou a atingir 203,00 centavos de dólar por libra-peso no melhor momento da sessão, era negociado a 198,85 cents por volta das 15h38. No entanto, os vencimentos mais longos já superavam esse preço e o dezembro/14, por exemplo, valia 202,35 centavos de dólar por libra-peso e operava com ganhos de 115 pontos.
Para o presidente da Cocatrel (Cooperativa dos Cafeicultores Três Pontas-MG), a volatilidade do mercado é preocupante, pois não traz segurança para os cafeicultores. “Queremos estabilidade e que nossa atividade tenha rendimento, para que possamos educar nossos filhos... Não queremos café nem a US$ 1 e nem a US$ 3”. As grandes altas e quedas, segundo Francisco, não são saudáveis para a atividade.
O presidente da Cocatrel diz ainda que cafeicultores de Minas Gerais já esperam uma perda muito grande nos grãos, por conta da estiagem. “Quem anda pelas lavouras aqui sabe do estrago que foi feito”. Um fator que intensificou ainda mais os efeitos da seca, segundo Francisco, foi que as lavouras não estavam bem tratadas, já que os cafeicultores não dispunham de dinheiro para os tratos.
O mercado de café continua atento ao desenvolvimento do clima no Brasil e também às perdas causadas pela severa estiagem que atingiu importantes regiões produtoras de dezembro de 2013 até meados de fevereiro deste ano. Em alguns locais de produção, principalmente em Minas Gerais, as chuvas começaram a voltar, porém, os impactos sentidos anteriormente pela seca causaram prejuízos irreversíveis.
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