Café: Com indefinição sobre floradas no BR, mercado se mantém volátil em NY

Publicado em 19/08/2014 09:32 e atualizado em 19/08/2014 11:58

Na manhã desta terça-feira (19), os futuros do café arábica operam em campo misto na Bolsa de Nova Iorque. Por volta das 9h30 (horário de Brasília), o vencimento setembro era negociado a 189 centavos de dólar por libra-peso, com alta de 10 pontos. Já os vencimentos dezembro/14 e março/15 trabalhavam em campo negativo, caindo 15 e 50 pontos, valendo 191,15 e 195,25 cents, respectivamente.

O mercado continua operando com intensa volatilidade diante das informações que chegam sobre a safra brasileira que nesse momento está sendo colhida e também sobre as incertezas referentes à temporada 2015. 

Os efeitos efetivos das floradas fora de época que vêm sendo registradas principalmente nos estados de São Paulo e Minas Gerais ainda não são conhecidos e acabam acentuando a falta de uma direção definida para as cotações. 

Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:

Café: Em NY, arábica termina sessão com cotações estáveis

Por Jhonatas Simião

Em meio ao cenário de volatilidade nas últimas semanas as cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam esta segunda-feira (18) com números próximos da estabilidade. O vencimento setembro fechou em 188,90 centavos de dólar por libra-peso, com uma ligeira alta de 15 pontos. Os contratos com entrega para dezembro encerraram em 193,10cents/libra-peso, caindo 5 pontos. Os contratos com entrega para março/2015 e maio/2015 ficaram estáveis, com 196,80 e 198,80 cents/libra-peso, respectivamente.

O dia não teve grandes novidades, segundo o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes. Durante a sessão, os futuros do arábica oscilaram entre altas e baixas, porém, com movimentos pouco expressivos, sem exibir uma tendência bem definida. Essa falta de direção reflete, segundo o analista, as incertezassobre a produção brasileira.

 “Não tem razão específica para o fechamento estável em NY hoje. O mercado teve altas e baixas durante todo o dia, mas no geral foi um dia mais calmo”, afirma. O mercado físico também fechou estável.

O cenário de volatilidade, que já vem se repetindo há algumas semanas, não deve ser modificado nos próximos dias. Segundo o Presidente Cooxupé, Carlos Paulino, apenas em setembro, quando a safra chegar ao fim, é que o mercado terá uma definição mais clara.

Fechamento da última semana

A última semana foi de muitas oscilações na Bolsa de Nova Iorque, mas apresentou balanço positivo. Os contratos de café com vencimento em setembro próximo ganharam 790 pontos no período. As informações são do balanço semanal do Escritório Carvalhaes.

Segundo o relatório, continua a incerteza sobre o tamanho da safra brasileira deste ano e do próximo em meio à apreensão pela seca e os reflexos na produção, isso, somado aos recentes acontecimentos políticos, turvou ainda mais o cenário econômico, adicionando novas incertezas aos mercados.

“Não nos lembramos de outra entrada de safra de café como esta. Estamos em agosto, com um inverno quente, a colheita brasileira de café está chegando ao final e não existe a menor pressão vendedora. Estamos em meio a uma seca que os experientes agrônomos brasileiros informam não terem registrosde outra semelhante e nossos estoques de passagem devem ser os menores de nossalonga história de produtores”, avaliou Carvalhaes.

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Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • victor angelo p ferreira victorvapf nepomuceno - MG

    Não existe indefinição nenhuma do mercado. O que acontece é que os especuladores jogam os valores para baixo, mas os produtores com orientação das cooperativas não vendem o café a estes preços...Ninguém é mais otário não! Chega de exploração dos que ficam mamando nos escritórios de Nova Yorque a espera de darem o bote e faturar as nossas custas...Café não é SOJA não que dá adoidado e 100% mecanizado...Café é uma cultura que mais emprega no pais e de colheita dificílima, ainda mais este ano que esta seca destruidora...Antigamente não tinhamos os defensores da lavoura, mesmo assim os preços eram extremamente coerentes e compensadores...Acho que tem muita gente atravessando num mercado que outrora era simples, ágil e efetivo!

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