Café: NY eleva ganhos da sessão anterior com seca persistente no Brasil

Publicado em 07/10/2014 10:53 e atualizado em 07/10/2014 13:46

Na manhã desta terça-feira (7), a Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica opera em leve alta após registrar máximas de mais de mil pontos nos principais contratos durante a sessão anterior. Por volta das 13h44, o contrato dezembro/14 registrava 222,85 cents de dólar por libra peso com alta de 205 pontos, o março/15 anotava 226,50 cents/lb com valorização de 205 pontos. O maio/15 trabalhava com 228,20 cents/lb e 210 pontos positivos e o julho/15 tinha alta de 215 pontos operando com 228,95 cents de dólar por libra peso.

Na sessão do dia anterior, o mercado fechou em alta no maior patamar registrado em dois anos e meio devido a seca que persiste nas principais regiões produtoras de café. Os preços mais que dobraram este ano à medida que a falta de chuva reduziu a oferta do Brasil para este e para o próximo ano.

As previsões climáticas apontam chuvas a partir do dia 15 de outubro. Entretanto, precipitações regulares só devem ser registradas na região Sul de Minas no final do mês.

Veja como fechou o mercado na segunda-feira:

Café: NY dispara com máximas de dois anos e meio com seca no Brasil

Por Jhonatas Simião

A Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica encerrou as cotações sesta segunda-feira (6) com alta expressiva de mais de mil pontos em todos os contratos, ampliando ainda mais os ganhos da sessão anterior. O contrato dezembro/14 registrou 220,80 cents de dólar por libra peso com alta de 1430 pontos, o março/15 anotou 224,45 cents/lb com valorização de 1415 pontos. O maio/15 fechou o dia cotado a 226,10 cents/lb e 1405 pontos positivos e o contrato com vencimento em julho/15 encerrou com 226,80 cents/lb e 1370 pontos de alta. Durante o dia, as cotações atingiram as máximas mais altas em dois anos e meio.

De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o dia foi de emoções nas alturas motivada pela seca que se agrava a cada dia nas principais regiões produtoras de café. “As cotações desde as primeiras operações testaram limites de alta inimagináveis e assim, a semana começou, pegando a maioria dos envolvidos de surpresa ante o forte quadro mercadológico especulativo”, afirma. 

Além disso, segundo agências de notícias, a valorização do real ante o dólar também ajuda a sustentar os futuros do café, pois desencoraja as exportações do Brasil. Os preços do café mais do que dobraram este ano à medida que a falta de chuva reduziu a oferta do Brasil para este e para o próximo ano.

Segundo o analista, as previsões climáticas trouxeram informações que já tiram o sono de muitos do setor com a possibilidade de safra ainda menor em 2015. “A previsão de que o mês de outubro, no cinturão produtivo do Sudeste do Brasil, deverá ser tão seco como foi o setembro, literalmente, colocou fogo nas cotações já que este novo período de estiagem que as lavouras enfrentarão, será com certeza, a pá de cal, que a safra 2015 não precisava, nestas alturas dos acontecimentos”, diz.

Segundo o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, as previsões climáticas apontam volta de chuvas a partir do dia 15 de outubro. No entanto, as precipitações devem ser regulares no final do mês.

>> Clique aqui e veja as previsões climáticas para os próximos dias

Na região de Espírito Santo do Pinhal-MG a quebra da safra atual é de 35% a 40%. Segundo o engenheiro agrônomo da Coopinhal, Celso Scanavachi, a expectativa era receber de 120 a 125 mil sacas. No entanto, a cooperativa recebeu até o momento apenas cerca de 70 mil.

A perspectiva para a próxima safra é que os números sejam ainda menores. “Nós já sabemos que a próxima safra será baixa porque a lavoura vem com crescimento de ramo deficitário”, diz Scanavachi. Sem chuvas, os cafeicultores também não conseguem realizar adubação nas plantas. O agrônomo acredita que a safra de 2015 seja 20% menor que a atual.

>> Café: Cooperativas quantificam perdas da safra 2014/15

Mercado interno

O dia no mercado foi marcado por preços firmes e ofertas com os altos preços registrados. No entanto, o comprador preferiu esperar os próximos dias para ver se o mercado mantém os valores.

O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, estava cotado na sexta-feira (3) a R$ 501,20/saca de 60 kg com alta de 0,85%.

O cereja descascado na cidade de Espírito Santo do Pinhal-SP teve alta de 5,45% em relação à sessão anterior e está cotado a R$ 580,00 a saca de 60 kg. Em Poços de Caldas-MG, o café arábica tipo 4/5 teve alta de 8,37% e está valendo R$ 518,00.

Na BM&FBovespa, tipo 4/5 registra alta

O café arábica tipo 4/5 registrou alta acima de 5% nos principais contratos. O vencimento dezembro/14 encerrou cotado US$ 252,50 a saca de 60 kg com alta de 5,65%, o março/15 finalizou a sessão com US$ 257,00 e valorização de 3,84%. O setembro/15 anotou US$ 271,00 a saca e 7,11% de valorização. No tipo 6/7, não houve negócios na sessão de hoje.

Londres registra alta com expectativa de queda de safra no Brasil e Vietnã

O café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe), encerrou a sessão com preços mais altos em relação à sessão anterior. A alta do café arábica na Bolsa de Nova York e a expectativa de queda de safra no Vietnã exerceram pressão durante a sessão. O vencimento novembro/14 finalizou o dia cotado a US$ 2.165 por tonelada e alta de US$ 85 a tonelada e o janeiro/15 anotou US$ 2.177 por tonelada e valorização de US$ 84 em relação à sessão anterior, quando os preços permaneceram quase estáveis.

 

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário