Café tem dia de queda forte e preço em Nova York volta ao patamar visto em novembro/21
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O mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta terça-feira (15) com forte recuo na Bolsa de Nova York (ICE Future US). As cotações que já iniciaram o dia com baixas acima dos 300 pontos, encerram o oregão com desvalorização de 3,50%, o equivalente a mais de 700 pontos no exterior.
Maio/22 teve queda de 765 pontos, cotado por 211,15 cents/lbp, julho/22 teve queda de 755 pontos, valendo 210,80 cents/lbp, setembro/22 registrou baixa de 745 pontos, cotado por 209,75 cents/lbp e dezembro/22 teve queda de 730 pontos, valendo 207,50 cents/lbp.
O café tipo arábica caiu para uma nova baixa de quatro meses, ainda pressionado com os conflitos entre Rússia e Ucrânia. Sem cessar-fogo, as incertezas em relação ao consumo aumentam a cada dia, além dos problemas com a logística e com a oferta de fertilizantes que se agravam a cada dia. No Brasil, a Fundação Procafé orienta os produtores a realização de uma análise do solo e foliar no parque cafeeiro para tentar mitigar os danos na produção.
De acordo com Fernando Maximiliano, analista de mercado da StoneX Brasil, os fundamentos para o mercado de café continuam sólidos, sem grandes mudanças com o preço pressionado pela incerteza em relação ao consumo da bebida no Leste Europeu. Rússia e Ucrânia consomem juntos cerca de 6 milhões de sacas de café por ano, o que traz bastante preocupação para o consumo de modo geral, mas principalmente para o setor exportador e indústria de café tipo sulúvel no Brasil.
Segundo informações da agência Reuters, os comerciantes de café estão se esforçando para redirecionar os embarques antes destinados à Rússia e à Ucrânia, à medida que os fluxos comerciais para os dois países entram em colapso devido às sanções ocidentais impostas a Moscou e à decisão de Kiev de fechar seus portos. A Rússia e a Ucrânia juntas respondem por quase 4% do consumo global de café.
Na Bolsa de Londres o café tipo conilon também teve um dia de desvalorização. Maio/22 recuou US$ 34 por toneladas, valendo US$ 2081, julho/22 teve baixa de US$ 28 por tonelada, cotado por US$ 2053, setembro/22 teve queda de US$ 29 por tonelada, valendo US$ 2046 e novembro/22 registrou baixa de US$ 29 por tonelada, cotado por US$ 2041.
No Brasil, o mercado que já estava travado com o produtor aguardando por novos patamares de preços, teve um dia de baixa nas principais comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 3,05% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.270,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 4,55%, cotado por R$ 1.260,00, Patrocínio/MG registrou queda de 2,30%, valendo R$ 1.275,00, Campos Gerais/MG teve queda de 3,03%, valendo R$ 1.278,00 e Franca/SP teve queda de 3,82%, valendo R$ 1.260,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 2,90% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.340,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 2,92%, valendo R$ 1.330,00, Patrocínio/MG teve queda de 2,20%, valendo R$ 1.335,00 e Campos Gerais/MG teve queda de 2,90%, negociado por R$ 1.338,00.
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