Produção sustentável de carne será cada vez mais exigida

Publicado em 05/10/2010 09:42 e atualizado em 05/10/2010 10:22
Membros da Comissão da FAMASUL participaram do XVIII Congresso Mundial da Carne, na Argentina.
A produção sustentável de carne, que gere menos danos ao meio ambiente, terá uma cobrança cada vez maior dos consumidores, tanto no mercado externo quanto no ambiente doméstico dos principais países produtores. Este foi o tema central das discussões que marcaram o XVIII Congresso Mundial da Carne, realizado na semana passada em Buenos Aires, na Argentina. Neste cenário, o presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, avalia que o Brasil, segundo produtor e principal exportador mundial, terá plenas condições de assumir papel protagonista para suprir a demanda nos próximos anos. Segundo ele, o País já vem atendendo a esta exigência sem desmatar novas áreas e adotando práticas como a integração lavoura-pecuária e o manejo de pastagens, que contribuíram para redução da emissão de gases poluentes pelo rebanho bovino, nos últimos anos.

“Enquanto há países que reduziram sua produção ou que não dispõem de mais áreas, nós temos capacidade de aumentar nossa produção sem derrubar uma árvore sequer. Prova disso é que o desmatamento e a emissão de gases nocivos ao meio ambiente vêm caindo, enquanto a produção de carne cresceu nos últimos anos. Tudo está baseado em argumentos científicos e não em informações de ONGs ambientalistas”, justifica Nogueira, que esteve no evento. Desta forma, reforça, o País consegue responder a demanda internacional, pois é o principal exportador mundial, e suprir o mercado interno, que consome mais de 80% da produção de carne. Antenor Nogueira ressalta, no entanto, que além de continuar produzindo de forma sustentável, o país precisa resolver questões sanitárias, como a erradicação da febre aftosa. “Há estados importante do Norte e do Nordeste que precisam ser incluídos neste cenário de exportação para responder ao aquecimento da demanda”, enfatiza.

Campo Grande sedia próxima edição do evento

Uma comissão da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso do Sul (Famasul), também esteve na capital argentina. A entidade foi a principal responsável por trazer o próximo Congresso Mundial da Carne para Campo Grande, capital do estado, em junho de 2011. Segundo o presidente da entidade, Eduardo Riedel, que liderou a delegação sul mato-grossense, o estado também tem se engajado em atender as exigências do mercado consumidor a partir da produção sustentável. “O Brasil é um dos atores principais em todas essas análises, tanto na produção sustentável como no consumo”, avalia. Quem também integrou a comitiva foi o vice-presidente de Finanças da CNA, Ademar Silva Júnior.

Para Antenor Nogueira, a realização do próximo congresso em Campo Grande será uma oportunidade de evidenciar ao mercado externo a eficácia do sistema produtivo da pecuária nacional. “O Brasil é um grande produtor com condições de dar a resposta que o mercado busca, porque o custo mais baixo de produção dá competitividade à carne produzida no País”, destaca.

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CNA

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