Falta de chuva atrasa plantio de grãos na Bahia, Maranhão e Piauí

Publicado em 07/11/2014 15:06
Falta de chuva atrasa plantio de grãos na Bahia, Maranhão e Piauí Plantio da soja no oeste baiano está 4% atrasado em relação aos últimos cinco anos

A safra de grãos no interior do Nordeste já deveria estar mais adiantada, porém a falta de chuvas intensas e generalizadas, atrasou o plantio de grãos na região. Em Luis Eduardo Magalhães, por exemplo, a média de chuvas para novembro é de 213mm, mas nos primeiros sete dias do mês o acumulado foi de apenas 7mm. Esse valor deveria ser de cerca de 50mm neste período na cidade baiana.
 
Essa falta de chuvas reflete no andamento da semeadura. Até o momento a Bahia plantou apenas 3% da área de soja, sendo que a média dos últimos cinco anos no Estado é de 7%. No Maranhão e Piauí também há um atraso, foi plantado pelas 1% da oleaginosa e no mesmo período do ano passado esses Estados haviam plantado 3% de toda a área.
 
O plantio do milho também está atrasado. Na Bahia a semeadura chegava a 3% em 2013 e nesse ano não passa de 1%, mesmo valor plantado no Maranhão, onde no ano passado o valor era de 2%.
 
A previsão para os próximos 10 dias ainda é de tempo seco na região, portanto a umidade do solo não deve se recuperar e as condições de plantio seguem desfavoráveis. “Na maior parte do Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia não há expectativa de chuva até o dia 20 de novembro”, explica o meteorologista da Somar Meteorologia, Celso Oliveira.
 
Para as áreas produtoras de milho, soja e algodão da região do Mapitoba(Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), normalmente existem problemas na instalação das lavouras, já que as chuvas começam mais tarde. Além disso, durante todo o ciclo das plantas há riscos associados à má distribuição das chuvas, a exemplo do que já se observou nas duas últimas safras.
 
“Porém, o aparente problema do atraso do plantio, indiretamente contribui para reduzir o risco de estiagens prolongadas entre janeiro e fevereiro. Quando as lavouras são instaladas mais tarde, o regime de chuvas associado às frentes frias vai de encontro à contribuição de chuvas associadas à Zona de Convergência Intertropical, proveniente do Atlântico e algo que ocorre a partir de fevereiro”, afirma o climatologista Paulo Etchichury.

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Fonte:
Somar Meteorologia

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