Tempo: Semana começa com máximas próximas dos 40°C no Sul, Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste

Publicado em 17/12/2018 10:53

Imagem de satélite de todo o Brasil nesta segunda-feira (17) - Fonte: Inmet
Imagem de satélite de todo o Brasil nesta segunda-feira (17) - Fonte: Inmet

A semana começa com altas temperaturas e previsão de pancadas de chuva na maior parte do Brasil. Segundo previsão do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), áreas da região Sul, Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste devem ter máximas próximas dos 40°C nesta segunda-feira (17). Há possibilidade de recorde de temperatura.

Um experimento divulgado pelo pesquisador Dr. Luiz Tadeu Jordão, publicado em sua rede social, apurou que temperatura chegou a 78°C na superfície do solo às 14h50 no município de Nantes (SP), em um solo de textura arenosa com 16% de argila na camada 0-20 cm. O estudo aponta que são notórios os sinais de escaldadura causados pela alta temperatura e radiação solar nas plantas.

Resultado do experimento e lavouras sentindo altas temperaturas - Foto: Reprodução/Redes sociais
Resultado do experimento e lavouras sentindo altas temperaturas - Foto: Luiz Tadeu Jordão/ Reprodução Redes sociais

A região Centro-Oeste terá máxima de 37°C e mínima de 15°C. O dia fica nublado a encoberto com pancadas de chuva e trovoadas isoladas no Mato Grosso. Parcialmente nublado a nublado com pancadas de chuvas isoladas no Mato Grosso do Sul e possibilidade em Goiás. Parcialmente nublado a claro no Distrito Federal.

No Sudeste, as máximas podem chegar aos 38°C e mínimas ficam em 13°C. A previsão é de uma segunda-feira parcialmente nublada a nublada com pancadas de chuva e trovoadas em Minas Gerais e São Paulo. Claro a parcialmente nublado passando a nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas no Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Em áreas da região Nordeste, as máximas chegam aos 37°C e mínimas aos 16°C. Será uma segunda Nublada a encoberta com pancadas de chuva e trovoadas isoladas no Maranhão, Piauí, norte e sul do Ceará, no Rio Grande do Norte, leste da Paraíba e de Pernambuco. Também pode chover em Alagoas, Sergipe, Sul e Peste da Bahia.

Veja o mapa com a previsão de precipitação acumulada para até 72 horas (17/12 a 20/12) em todo o Brasil:

Mapa com a previsão de temperatura máxima para até 72 horas (17/12 a 20/12) em todo o Brasil - Fonte: Inmet
Fonte: Inmet

Segundo o modelo Cosmo do Inmet, a região do Matopiba seguirá pelos próximos dias sem volumes expressivos previstos. "Em toda essa região do Matopiba, uma estiagem deve se prolongar na segunda quinzena de dezembro e primeira semana de janeiro e pode até se prolongar à frente", disse Francisco de Assis Diniz, diretor do Inmet em entrevista ao Notícias Agrícolas.

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Veja o mapa com a previsão de precipitação acumulada para até 174 horas (18/12 a 24/12) em todo o Brasil:

Mapa com a previsão de precipitação acumulada para até 174 horas (18/12 a 24/12) em todo o Brasil - Fonte: Inmet
Fonte: Inmet

No Sul, região onde são registrados os principais relatos de danos na soja da safra 2018/19 por conta do calor e baixos volumes de chuva, as máximas chegam aos 37°C e as mínimas em 15°C. O dia será nublado a encoberto com pancadas de chuva e trovoadas isoladas em toda região. O modelo Cosmo ainda não mostra chuvas volumosas no Paraná.

De acordo com o modelo Cosmo, as chuvas no Sul nesta segunda-feira vêm em forma de tempestades em áreas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No RS, há alerta de chuva entre 30 e 60 milímetros por hora ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos (60-100 Km/h), e queda de granizo. Há riscos na cidade e no campo com a condição.

Veja o mapa das áreas com previsão de tempestade nesta 2ª feira:

Mapa das áreas com previsão de tempestade nesta 2ª feira - Fonte: Inmet
Fonte: Inmet

Aviso para as áreas: Campanha, Encosta Do Sudeste, Serra Do Sudeste, Depressão Central, Litoral Gaúcho

Em áreas mais ao Norte do Rio Grande do Sul e em partes de Santa Catarina, as chuvas também serão fortes. São esperadas tempestades entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, ventos intensos (40-60 Km/h), e queda de granizo. Baixo risco de corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de galhos de árvores e de alagamentos.

Veja o mapa das áreas com previsão de tempestade nesta 2ª feira:

Mapa das áreas com previsão de tempestade nesta 2ª feira - Fonte: Inmet
Fonte: Inmet

Aviso para as áreas: Planalto Norte Catarinense, Oeste Catarinense, Vale Do Itajai, Grande Florianópolis, Planalto Sul Catarinense, Litoral Sul Catarinense, Encosta Superior Do Nordeste, Campos De Cima Da Serra, Litoral Gaúcho, Meio-Oeste Catarinense

Cidades paranaenses devem voltar a ter chuvas, mas os volumes ainda serão baixos. Apenas na semana do Natal, segundo o modelo Cosmo, é que precipitações com maiores acumulados devem voltar ao estado. O Paraná é o segundo maior produtor de soja do Brasil e algumas cidades estavam sem receber chuvas há mais de 20 dias, de acordo com produtores.

Veja o mapa de precipitação acumulada nos últimos 15 dias em todo o Brasil:

Mapa de precipitação acumulada nos últimos 15 dias em todo o Brasil - Fonte: Inmet
Fonte: Inmet

Em entrevista ao Notícias Agrícolas na última semana, Luiz Renato Lazinski, meteorologista do Inmet, disse que um bloqueio atmosférico impedia o avanço de frentes frias pelo país. Com isso, a condição de tempo mais seco e quente ainda agravava a situação das lavouras nos estados do Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

"Nós estamos com um período de mais de 20, 30 dias em algumas áreas sem chuvas, desde meados de novembro. Aquele pessoal que plantou soja muito cedo, algumas áreas do Oeste e do Norte do Paraná, por exemplo, a soja já começa a florescer pega uma fase crítica", disse Lazinski.

Veja o mapa das áreas com a água disponível no solo em todo o Brasil:

Mapa das áreas com a água disponível no solo em todo o Brasil - Fonte: Climatempo
Fonte: Climatempo

Ainda segundo o Inmet, nesta segunda-feira, também há alerta de baixa umidade em áreas de Goiás.

Falta de chuvas em Quatro Pontes (PR). Envio de Leandro Becker
Falta de chuvas em Quatro Pontes (PR). Envio de Leandro Becker

Perdas no milho devido à falta de chuvas em Quatro Pontes (PR). Envio de Leandro Becker
Perdas no milho devido à falta de chuvas em Quatro Pontes (PR). Envio de Leandro Becker​

Perdas irreparáveis na soja devido à falta de chuvas em Quatro Pontes (PR). Envio de Leandro Becker
Perdas irreparáveis na soja devido à falta de chuvas em Quatro Pontes (PR). Envio de Leandro Becker​

Perdas na soja devido à falta de chuvas em Quatro Pontes (PR). Envio de Leandro Becker
Perdas na soja devido à falta de chuvas em Quatro Pontes (PR). Envio de Leandro Becker​

Áreas de soja na Fazenda Dois Irmãos, região de Ponta Porã (MS). Envio de João Pedro Roma
Áreas de soja na Fazenda Dois Irmãos, região de Ponta Porã (MS). Envio de João Pedro Roma​

Encerramento de plantio em Pântano Grande (RS). Envio de Anderson
Encerramento de plantio em Pântano Grande (RS). Envio de Anderson​

Lavouras em Rio Verde (GO). Envio de Alex Zamonaro
Lavouras em Rio Verde (GO). Envio de Alex Zamonaro​

Lavouras em Rio Verde (GO). Envio de Alex Zamonaro
Lavouras em Rio Verde (GO). Envio de Alex Zamonaro​

Soja Pioneer 95R51 na região de Quatro Irmãos (RS). Envio de Tarlis Gorrosterrazu
Soja Pioneer 95R51 na região de Quatro Irmãos (RS). Envio de Tarlis Gorrosterrazu

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Carlos Massayuki Sekine Ubiratã - PR

    Por aqui tivemos pancadas de chuva no final de semana que variaram de 2 a 110 mm dentro do município. As precipitações amenizaram um pouco a situação, mas as perdas já são grandes. O período sem chuva não foi muito longo (duas ou três semanas dependendo da localidade), mas o que realmente afetou a soja foram as altas temperaturas e a baixa umidade relativa do ar. As lavouras não suportaram o calor e desfolharam ou simplesmente secaram antes da hora. As lavouras por aqui já estão todas com as entrelinhas fechadas e a temperatura no solo não chega a extremos como na reportagem, porém um fator que talvez tenha contribuído para a morte das plantas é a base genética argentina da maioria das variedades que plantamos hoje. Parece que não aguentam temperaturas muito altas. Já vi isso acontecer em safras passadas, mas no mês de janeiro, quando as lavouras já estavam mais adiantadas. A diferença nesta safra é que o calor chegou mais cedo.

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    • António josé tondato Candido Mota - SP

      Aqui no Valeparanapanema (SP), o quadro é semelhante ao de Ubiratã (PR).., as chuvas voltaram de maneira muito irregular.. o agricultor não teve a sorte dessas precipitações, o prejuízo já é fato, as temperaturas não baixam e soja - em estado de granação - já perde folhas e potencial produtivo..., a esperança é que as previsões que falam de chuvas nesse final de semana se concretizem... Regiões do MS e norte do Paraná estão nessa mesma situação.

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