Suíno Vivo: Mercado encerra a semana com altas em SP e RS, enquanto SC e MT registram quedas de preços

Publicado em 16/09/2016 18:35

Nesta sexta-feira (16), o mercado de suíno vivo encerra semana de forma mista nas principais praças de comercialização. Porém, o cenário de preços ainda reflete a demanda enfraquecida no mercado interno, apesar de esboçar reação em algumas regiões.

O analista da Safras & Mercado, Allan Maia, explica que a demanda ficou abaixo das expectativas dos frigoríficos nesta quinzena, por isso, o mercado registrou pouca movimentação de preços nesta semana. Em algumas regiões, como em São Paulo, houve alguma melhora nos últimos dias.

Segundo informações divulgadas pela APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos), em Holambra (SP) foram comercializados 700 animais a R$ R$ 77,00 a R$ 78,00 a arroba, após registrar negócios abaixo deste valor na região.

Já o boletim semanal do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) aponta que o mercado tem registrado enfraquecimento também no atacado, justamente no período em que o consumo tende a ser maior. “Mesmo em início de mês, as vendas do produto no atacado nacional ainda não reagiram conforme o esperado por agentes do setor consultados pelo Cepea”, informa o boletim do Centro.

Diante das incertezas do mercado, os custos de produção seguem como motivo de atenção. “O alto custo segue como maior preocupação do suinocultor brasileiro e reajustes nas cotações são necessários para a recuperação da margem operacional da atividade”, explica Allan Maia.

Apesar disto, os dados da Embrapa Suíno e Aves de agosto tiveram leve redução, devido ao avança da colheita de milho da segunda safra. O ICPSuíno/Embrapa caiu 0,46% em comparação ao levantamento de julho, com 246,70 pontos. No acumulado do ano, a alta nos custos de produção já atingem 19,87% e nos últimos 12 meses, 28,73%.

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Preços

Nesta semana, o mercado teve comportamento distinto, segundo aponta o levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes. Em São Paulo houve a maior alta na semana, de 1,22%. A bolsa de suínos do estado definiu negócios em R$ 75 a 75/@ na segunda feira, o que equivale a R$ 4,00 e R$ 4,16 pelo quilo do vivo.

No Rio Grande do Sul, o cenário também foi de altas – com acréscimo de 0,78% – com o preço médio para os produtores independentes a R$ 3,90/kg, segundo pesquisa realizada pela ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul). Em entrevista o Notícias Agrícolas, o presidente da ACSURS, Valdecir Folador, explica que apesar da recuperação de preços, as cotações ainda estão abaixo dos custos de produção do estado.

Além disto, a média estadual para a saca de milho tem registrado redução nas últimas semanas, mas muito acima dos patamares praticados em 2015. Com isso, o presidente explica que apesar dos preços para o cereal começarem a ceder, o impacto dessa redução só deve surgir para os animais abatidos no final do ano.

» Assista a entrevista na íntegra com o presidente da ACSURS, Valdecir Folador

Já em Santa Catarina as cotações fecharam em R$ 3,80/kg, com recuo de 6,17%, após semanas de estabilidade no mercado. Segundo informações divulgadas pela ACCS (Associação dos Criadores de Suínos), a baixa procura pela proteína foi um dos principais fatores que propiciou as quedas nesta semana.

Para o presidente da ACCS, Losivânio de Lorenzi, a diferença significativa nos preços demonstra as dificuldades que o setor tem enfrentado com as dificuldades econômicas. “Isso mostra que o consumo interno ainda não melhorou, fazendo com que os preços permaneçam retraídos”, relata.

IBGE

Nesta semana, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou dados recordes de abate de suínos, que atingiu maior número desde o início da série iniciada em 1997 no segundo trimestre de 2016. Foram abatidas 10,46 milhões de cabeças, com alta de 3,9% ao primeiro trimestre do ano e 8,0% em relação ao mesmo período de 2015.

“Os principais aumentos ocorreram em Santa Catarina (+189,29 mil cabeças), Rio Grande do Sul (+137,43 mil cabeças), Minas Gerais (+115,83 mil cabeças), Mato Grosso (+96,43 mil cabeças) e Paraná (+87,42 mil cabeças)”, informa o Instituto.

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Exportações

Já os embarques de carne suína in natura seguem registrando dados positivos em setembro, segundo dados divulgados Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Em 6 dias úteis foram exportados 24,3 mil toneladas, com média diária de 4,1 mil toneladas.

Em relação aos embarques por dia em julho de agosto há um acréscimo de 62,1% e em comparação ao ano passado subiu 88,5%. Já em receita, as exportações chegam a US$ 54,6 milhões, com a tonelada em US$ 2.245,6.

» Acesse as cotações na íntegra para o suíno vivo

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Por:
Sandy Quintans
Fonte:
Notícias Agrícolas

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