Preço do frango vivo recua a um só tempo em São Paulo e Minas Gerais

Publicado em 27/04/2011 09:38
Ruim na Quaresma, pior depois dela. Artificialmente sustentado nas últimas semanas, ontem o frango vivo enfrentou condições piores que as observadas no período de abstinência do consumo de carnes. Perdeu cinco centavos em São Paulo e em Minas Gerais, praças nas quais passou a ser negociado por, respectivamente, R$1,75/kg e R$1,80/kg.

Supostamente, a mesma situação que afetou os ovos – paralisação do trabalho no “macro-feriadão” – atingiu também o frango vivo. Diariamente (e considerando-se que a maioria dos abatedouros avícolas opera de segunda a sexta-feira) vêm sendo abatidas no Brasil, em média, de 20 a 25 milhões de cabeças de frango. Assim, o não funcionamento dos abatedouros na quinta e sexta-feira significou o represamento de 40 a 50 milhões de aves vivas – 8%-10% dos abates mensais.

Em anos anteriores (quando o feriado da Semana Santa se resumiu à sexta-feira), a paralisação por um dia sempre foi contornada com a antecipação dos abates, procedimento que não ocorreu neste ano, porque a oferta de aves vivas já vinha sendo considerada excessiva. Pois some-se a essa situação a oferta adicional de dois dias de abate (o que significa que na segunda e terça-feira dobraram as ofertas diárias) e, ainda, a recessão típica de todo o final de mês e tem-se o exato panorama do mercado do frango nesta última semana de abril.

A consequência principal é que, enfrentando um custo de produção sem dúvida maior que o de 50 dias atrás, o produtor recebe no momento valor quase 17% menor. Isso em São Paulo, porque em Minas Gerais a queda já chega a 20%.

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AviSite

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