Cenário internacional mantém expectativa de bons preços para o arroz

Publicado em 17/07/2012 14:47 e atualizado em 17/07/2012 15:29
Variáveis internas e externas indicam para um bom segundo semestre.
Na última semana duas boas notícias chegaram à cadeia produtiva do arroz, e mantiveram a tendência de preços firmes: a prorrogação do vencimento das parcelas de custeio da safra 2012/13 para outubro e um aumento de 64% sobre os volumes do cereal exportados no mesmo período no ano passado. Pois esta semana começa com mais duas boas notícias no cenário internacional: a Tailândia estenderá o seu programa de garantia de preços para cobrir a principal colheita de arroz em novembro, e manter elevadas as cotações internas. Assim, este país se manterá pouco competitivo e o Brasil poderá evoluir nas vendas externas. As exportações tailandesas caíram 45% nos seis primeiros meses de 2012 devido aos altos preços praticados internamente.
 
A Tailândia começou seu controverso programa de garantia de preços do arroz em outubro passado. O governo comprou 9,5 milhões de toneladas de arroz dos agricultores na segunda fase do programa até 09 de julho, enquanto cerca de 6,7 milhões de toneladas de arroz foram compradas em toda a fase inicial do programa. No mês passado, o governo disse que o sistema será mantido até que os preços para arroz branco alcancem US$ 800/t e arroz aromático US$ 1.200/t.
           
Ao comentar a notícia do site www.arroz.com, o vice-presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Daire Coutinho, disse acreditar que esta informação desfaz uma grande dúvida do mercado internacional sobre o comportamento da Tailândia, que já foi a maior exportadora mundial, no segundo semestre. “Por isso, os preços mundiais devem seguir firmes, trazendo boas perspectivas para as vendas do Brasil, já que o câmbio vem ajudando”, afirma.
 
A outra notícia que pode refletir no bolso dos arrozeiros gaúchos são os danos climáticos no Sul e no Sudeste da Ásia, as principais regiões de produção mundial do cereal. O déficit de chuva nos países produtores de arroz no sul e sudeste da Ásia está se tornando uma séria ameaça para a colheita deste ano. De acordo com os últimos relatórios, foram afetados severamente os cultivos de Java, da Indonésia e do Paquistão. Neste País, 50% da área plantada na região de Sindh, conhecida como o celeiro de arroz do País, com cultivo de 2,2 milhões de hectares foi afetada por escassez de água. O País cultiva 2,8 milhões/ha.
 
Na Índia, os temores de seca estão se confirmando, com um déficit de 25% nas precipitações. “As informações internacionais mostram uma tendência de oferta menor e preços mais altos para o segundo semestre do ano em todo o mundo. Aqui não será diferente, pois apesar da expectativa da transição para um fenômeno ‘El Niño’, os mananciais seguem com um déficit hídrico recorde para o dimensionamento da próxima safra”, destaca Renato Rocha.
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Fonte:
Federarroz

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