Safra de grãos poderá dar espaço para cana e café no RS, diz pesquisa
Em menos de dez anos, quem viajar ao interior do Estado poderá ter a impressão de já ter visto a paisagem em férias no Nordeste. No lugar dos intermináveis campos de soja, começarão a surgir barreiras de canaviais. À beira da estrada, colunas de cultivares com folhas compridas, apontando para baixo, denunciarão: ali vai dar mandioca. Galpões outrora usados como abatedouros passarão a dar espaço para fazendas de café ou algodão.
Impensável? Não. Ao menos é o que indica artigo escrito por dois cientistas brasileiros e publicado na revista Environment and Development Economics, da Universidade de Cambridge. O artigo aponta que o aquecimento global já afeta a agricultura no país, e, em breve, culturas que dependem de clima ameno para se desenvolver decrescerão no Rio Grande do Sul.
A conclusão é de que no Sul, no Sudeste e no Centro-Oeste a produção de milho, soja e arroz se reduzirá em área e produtividade até 2020, em razão de alta temperatura e acúmulo de gases na atmosfera.
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