Associtrus afirma ter sido excluída da s negociações para formação do Consecitrus

Publicado em 29/10/2012 08:45
Consecitrus, “Garantizado, la garantia soy jo!”
Ao contrário do que foi divulgado, a Associtrus não saiu das negociações para formação do Consecitrus, mas foi excluída pelas indústrias, pois a intenção era impor aos citricultores o conseCitrusBR, preparado sem nenhuma transparência pela indústria. 

Depois de quase uma década negando-se a discutir o assunto, repentinamente, em 2009, a indústria processadora de citros criou a CitrusBR tendo como prioridade absoluta a elaboração do Consecitrus. 

Fomos então contatados pelo presidente da CitrusBR, que nos informou da intenção da indústria de nos oferecer o Consecitrus e para isto seria contratada a MBagro. Respondemos que não queríamos aderir a uma proposta, mas construir democraticamente uma proposta que, entre outras coisas, assegurasse transparência nas informações e uma distribuição da renda proporcional aos investimentos, custos e riscos de cada um dos elos da cadeia produtiva. 

Assinamos em outubro de 2010 uma carta de intenções comprometendo-nos a participar da elaboração do Consecitrus. O propósito era trabalhar os aspectos técnicos, que prevíamos ser a etapa mais difícil do processo, para depois elaborarmos o estatuto. Contratamos assessoria técnica para, através de reuniões semanais, elaborarmos a proposta. Após quatro reuniões, os trabalhos foram suspensos sob o pretexto de aguardar uma atualização da planilha de custos de produção da laranja pela CONAB. 

A indústria passou então a priorizar o estatuto e, em agosto de 2011, convidou a Associtrus para uma reunião, tentando coagi-la a comprometer-se a assinar o estatuto, mesmo sem conhecer o que viria a ser o seu teor. Argumentamos que essa exigência descabida equivaleria a dar uma procuração à indústria para impor o estatuto aos parceiros e lembramos que já nos havíamos comprometido formalmente a participar da elaboração do Consecitrus. 

A proposta de “consecitrus” apresentada ao CADE distorce totalmente os números e é altamente lesiva aos interesses dos produtores, tendo como único objetivo resolver as pendências do cartel junto ao CADE. 

O Consecitrus defendido pela Associtrus e pela FAESP tem como base o Consecana. No Consecana há uma metodologia e atuação de instituições independentes que asseguram a transparência das informações para a definição da remuneração do produtor. 

Vamos apresentar ao CADE, nos próximos dias, uma proposta que atenda aos interesses dos citricultores. Orientamos os produtores a não se submeterem às pressões da indústria para que aceitem os contratos, que já estão sendo impostos, com base no produto dos porões do cartel ao qual eles deram o nome e a marca “Consecitrus”. 
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Fonte:
Associtrus

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